Robert De Niro e Al Pacino fizeram parte do épico O Poderoso Chefão 2, mas, devido à estrutura narrativa, não compartilharam uma única cena. Levaria mais duas décadas até que os vencedores do Oscar, que desde então se tornaram estrelas ainda maiores, aparecessem juntos diante das câmeras pela primeira vez na obra-prima de gângster de Michael Mann, Fogo Contra Fogo.
Nenhum dos 170 minutos de duração do filme é desperdiçado. Afinal, muitas subtramas emocionantes se abrem, nas quais outras estrelas de primeira linha, incluindo Val Kilmer, Jon Voight e Natalie Portman, dão ainda mais peso à história geral.
Na trama do astuto ladrão Neil McCauley (De Niro), que quer cometer um último grande crime, e do policial Vincent Hanna (Pacino), que o persegue, há duas cenas centrais que fazem deste poderoso suspense um destaque absoluto...
Encontro dos Gigantes
Warner Bros.
Em Fogo Contra Fogo, Mann realmente brinca com o tão aguardado confronto entre Pacino e De Niro. Basicamente, eles não tiveram muito mais tempo de tela juntos aqui do que em O Poderoso Chefão 2.
Por muito tempo, as histórias dos dois protagonistas são contadas lado a lado, completamente iguais, de modo que você logo percebe que, embora os dois homens estejam em lados opostos da lei, na verdade não são tão diferentes assim. Não há uma simples pintura em preto e branco aqui. É difícil decidir por qual dos lados você deve torcer.
Um dos tiroteios mais impressionantes
E também não falta ação em Fogo Contra Fogo – o que fica ainda mais evidente no tiroteio de tirar o fôlego nas ruas de Los Angeles após um assalto a banco fracassado.
O que Mann libera aqui é, no verdadeiro sentido da palavra, uma força absoluta, incomparável em sua intensidade. O cineasta cria uma sensação imersiva e envolvente, em parte pela amplitude dinâmica da cena, mas sobretudo com a ajuda do design de som excepcional.
Em resumo: Fogo Contra Fogo, disponível na Netflix e no Disney+, é e continua sendo um dos melhores filmes de todos os tempos.