
Que os besteiróis deixaram de existir ali no finalzinho dos anos 2000, isso todos sabem muito bem. Este tipo de humor que criou um subgênero da comédia perdeu espaço para outros estilos com as contínuas mudanças de tendência que o cinema passa ciclicamente.
Hoje é um verdadeiro desafio criar uma história que esteja de acordo com nossos avanços sociais no discurso, mas consiga fazer rir ao mesmo tempo que resguarda a essência do que vimos no passado.
O remake dessa comédia cult de terror é considerado "impossível de estrear", apesar de ter 92% de aprovação no Rotten TomatoesAinda assim, existem histórias que conseguem captar o subgênero e, melhor, são capazes de subverter o que havia de problemático para fazer uma sátira, como é o caso de The Blackening - Jogo Mortal.
Seguindo um caminho de terrir, o longa consegue rir de si mesmo enquanto faz o papel de criticar elementos comuns de filmes de terror. A divulgação do longa, por exemplo, já traz o humor ácido da narrativa com a frase "nós todos não podemos morrer primeiro", em referência a personagens negros que são comumente as primeiras vítimas em slashers.

Na trama, sete amigos negros viajam no fim de semana apenas para se encontrarem presos em uma cabana com um assassino que quer se vingar. Com uma enxurrada de acenos à cultura pop e à própria negritude como parte ativa do entretenimento, eles são testados sobre seus conhecimentos para permanecerem vivos.
Com 87% de aprovação da crítica especializada no Rotten Tomatoes, o longa é descrito da seguinte maneira: "Embora pudesse ser um pouco mais engraçado e assustador, The Blackening é uma sátira bem pensada que critica estereótipos raciais e de terror."
Para a audiência que deu 85% de aprovação ao filme, o projeto "é uma comédia de terror hilária, perfeita para assistir com um grupo grande de amigos."
Com pouco mais de 1 hora e meia, The Blackening acaba de desembarcar no catálogo da Netflix.