Ninguém entendeu o final desse filme, mas é um dos melhores de todos os tempos
Iris Dias
Amante dos filmes de fantasia e da Beyonce. Está sempre disposta a trocar tudo por uma sitcom ou uma maratona de Game Of Thrones.

Se há um final que conquistou seu lugar entre os mais enigmáticos, debatidos e alucinantes da sétima arte, é o dessa obra cult.

Há filmes que nos deixam sem palavras quando terminam. Mas não por causa de uma cena de ação espetacular ou de um final feliz inesperado, mas porque provoca uma expressão de "o que diabos eu acabei de ver?".

Essas são as histórias que terminam e, em vez de nos dar respostas, nos deixam com mais perguntas como: o que foi real? estava tudo na cabeça dele? Fomos enganados o tempo todo? Clássicos como A Origem, O Iluminado e Ilha do Medo não só se tornaram filmes imperdíveis, como também nos deram dores de cabeça com seus finais.

Top 10: Os finais mais cruéis (inesperados e chocantes) do cinema

Mas se há um final que conquistou seu lugar entre os mais enigmáticos, debatidos e alucinantes da sétima arte, é o de um filme que se tornou um clássico cult ao longo dos anos. Um filme que mistura crítica social, terror psicológico, sátira e muito, muito sangue. Não estamos falando de qualquer filme de terror, mas daquele que lançou Christian Bale à fama como uma das estrelas definitivas de Hollywood.

Este é Psicopata Americano, aquela obra perturbadora dirigida por Mary Harron e estrelada magistralmente por Bale, em um dos papéis mais arrepiantes de sua carreira. Este é um filme que parece a típica história de um homem rico e perturbado, mas se transforma em uma exploração conturbada de identidade, loucura e superficialidade, tudo em um ambiente repleto de excessos e homicídios.

Psicopata Americano
Psicopata Americano
Data de lançamento 22 de dezembro de 2000 | 1h 41min
Criador(es): Mary Harron
Com Christian Bale, Willem Dafoe, Jared Leto
Usuários
3,8
Assista agora em Telecine

Para quem ainda não viu, Psicopata Americano conta a história de Patrick Bateman (Bale), um executivo bem-sucedido de Wall Street com uma rotina perfeita, ternos impecáveis ​​e um gosto muito peculiar por Phil Collins, Huey Lewis e assassinatos. O filme nos leva pela mão através de seu mundo de violência elegante, festas regadas a cocaína, crises de ego e alucinações cada vez mais perturbadoras.

Mas é no ato final que tudo explode em uma grande nuvem de confusão e genialidade. Após uma onda de assassinatos (ou supostos assassinatos), Bateman parece ter chegado ao fundo do poço: ele confessa ao seu advogado por telefone, admitindo ter matado dezenas de pessoas, de moradores de rua a colegas.

Ele parece desesperado, chorando, implorando para ser punido, mas então, é confrontado pelo advogado que lhe diz que não, isso não é possível. Ele ainda menciona que uma de suas vítimas mais importantes ainda está viva e o viu em Londres recentemente.

Starz Entertainment

Então ele nunca matou ninguém? Era tudo fantasia? Bateman era apenas um cara com problemas mentais ou estamos diante de uma sociedade tão desumanizada que ninguém percebe ou se importa que haja um assassino entre eles?

Essa é a magia do final, porque eles não explicam isso para você. Não há narração nem corte final revelador. A mensagem não é se ele matou ou não, mas que nada do que ele faz, nem mesmo os atos mais extremos, tem impacto no mundo ao seu redor.

facebook Tweet
Links relacionados