Este controverso faroeste, lançado há 55 anos, escapou por pouco de se tornar só para maiores
Evelyn Souza
Conquistada pela cultura pop, Evelyn adora assistir e discursar sobre filmes teens, de todas as gerações, e aqueles que quase ninguém ouviu falar. Além de ser dorameira e tentar usar seu coreano ínfimo em todas as oportunidades.

O faroeste é considerado um dos representantes mais controversos do gênero. Em 1970, o filme foi ameaçado com uma classificação etária de 18 anos nos Estados Unidos devido à sua forte representação de violência.

Da perspectiva atual, o gênero faroeste não é mais tão simples, especialmente porque, em muitos de seus representantes mais antigos, os soldados americanos são mostrados como heróis honrados. Quando é Preciso Ser Homem mudou essa tendência e, portanto, foi inicialmente recebido de forma controversa pela imprensa e pelo público quando foi lançado em 1970. Hoje, muitos consideram esta uma das obras mais incompreendidas e icônicas do gênero, embora ainda choque com suas representações extremas de violência.

Isso também causou discussões ao decidir sobre a classificação indicativa nos Estados Unidos. O filme foi lançado quase que exclusivamente para espectadores adultos.

Quando é Preciso Ser Homem deveria ser lançado apenas para adultos – e teve que cortar cenas brutais

Quando membros da tribo Cheyenne roubam um carro blindado, o recruta Honus (Peter Strauss) e suas tropas planejam um ataque de retaliação que se transforma em um banho de sangue horrível. O filme é dedicado à história real do Massacre de Sand Creek de 1864, no qual 133 Cheyenne e Arapaho foram mortos. A maioria das vítimas eram mulheres e crianças. A história foi ficcionalizada para o filme e é baseada no romance “Arrow in the Sun”, de T.V. Olsen, que foi lançado um ano antes do faroeste nos cinemas.

Como um soco no estômago: Um clássico implacavelmente brutal que mistura faroeste com filmes de guerra

O Massacre de Sand Creek foi mais tarde descrito por um juiz do Exército durante uma comissão de inquérito, de acordo com nosso parceiro Allociné, como "um massacre covarde realizado a sangue frio, o suficiente para cobrir seus perpetradores com desgraça, vergonha e indignação indeléveis no rosto de cada americano".

Dizem que, para as filmagens, o diretor Ralph Nelson usou, entre outras coisas, corpos amputados reais da Cidade do México, o que pretendia levar o horror mostrado a um novo nível. O filme teve que ser encurtado em 20 minutos para evitar uma classificação X, designada para longas na América do Norte apenas para adultos.

AVCO Embassy Pictures

O filme também pode ser lido como um comentário direto sobre a Guerra do Vietnã, que ocorreu durante o lançamento do longa e apresentou crimes de guerra semelhantes cometidos pelos americanos no Vietnã. Por esse motivo, entre outros, Soldier Blue, no original, se tornou um sucesso de bilheteria nos EUA, mas chocou a imprensa e o público ao mesmo tempo. De acordo com o Allociné, a atriz principal Candice Bergen explicou: "Este filme era um espelho da vida e os americanos não conseguiam suportar isso."

Infelizmente, o longa não encontra-se disponível no Brasil, mas o AdoroCinema te indica vários filmes bons para assistir.

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