Não é Oppenheimer! Para Alfonso Cuarón, este indicado ao Oscar 2024 é o "filme mais importante do século"
Júlia Barbosa
Júlia Barbosa
Criada no palco, sempre foi movida pela arte. Defensora ferrenha de Crepúsculo e Ricardo Darín, fala pelos cotovelos sobre as histórias que vemos nas telas e nos bastidores.

Cineasta mexicano não poupou elogios ao drama premiado no Festival de Cannes.

Vencedor de dois Oscars de Melhor Diretor, entre outras estatuetas, Alfonso Cuarón é uma das maiores autoridades do cinema latino e mundial. Responsável por tesouros cinematográficos como Y tu mamá también, Roma e Gravidade, o cineasta mexicano fez questão de rasgar elogios a um dos nomes indicados pela Academia este ano, Jonathan Glazer com seu Zona de Interesse.

Em um painel especial no BFI Southbank, em Londres, que contava com a participação de ambos os diretores, Cuarón destacou que, ao seu ver, Zona de Interesse poderia ser considerado um marco na história do cinema: “É provavelmente o filme mais importante deste século, tanto em termos da sua abordagem cinematográfica como da complexidade do seu tema”, defendeu.

Compará-lo a todos os filmes do século é um escopo bem grande, mas, quando falamos da filmografia de Glazer, se destaca. Mais conhecido por seu trabalho na ficção científica, o drama histórico é o quarto longa-metragem do britânico. Enquanto Sob a Pele impressiona com visuais perturbadores, o cenário de Zona de Interesse é bucólico, mas consegue ser ainda mais assustador e chocante.

A24

No Festival de Cannes, Zona de Interesse recebeu o Grand Prix e o FIPRESCI Prize, além de ter sido um dos finalistas da Palma de Ouro, a qual foi conquistada por Anatomia de Uma Queda. Já no Oscar 2024, o longa está indicado em cinco categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Mixagem de Som.

Qual é a história de Zona de Interesse?

Adaptado do romance homônimo escrito pelo autor Martin Amis, em Zona de Interesse, o comandante de Auschwitz, Rudolf Höss (Christian Friedel), e sua esposa Hedwig (Sandra Hüller), desfrutam de uma vida aparentemente comum e bucólica, em uma casa com jardim. Mas, por trás da fachada de tranquilidade, a família feliz vive, na verdade, ao lado do campo de concentração. O dia-a-dia se desenrola entre os gritos abafados de desespero, de um genocídio em curso, do qual, eles também são diretamente responsáveis.

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