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    Este filme está no Top 10 da Netflix, mas é melhor NÃO assistir no Dia Das Mães – ou prepare os lencinhos
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    Michelle Pfeiffer estrela este longa sobre as angústias e a culpa de uma mãe depois que seu filho pequeno desaparece misteriosamente em um saguão de hotel.

    Mais um Dia das Mães chegou, e você provavelmente vai passar um tempo com a sua neste domingo. Pode ser que vocês queiram assistir a um filme juntos, como nos velhos tempos, mas vocês não sabem exatamente qual. De todas as infinitas opções disponíveis nos serviços de streaming, há uma em particular que está no Top 10 da Netflix e que você NÃO deveria ver com sua mamãe. Pelo menos não nesta data especial.

    Trata-se do drama Nas Profundezas do Mar Sem Fim (1999), baseado no best-seller homônimo de Jacquelyn Mitchard, de 1996. A trama gira em torno de Beth Cappadora (Michelle Pfeiffer), uma fotógrafa de Chicago e mãe de três: Vincent, Ben e a bebê Kerry. Sua vida desmorona quando o filho do meio some sem deixar rastros no meio de um saguão do hotel, durante um reencontro da escola de Beth.

    Apesar das buscas frenéticas empreendidas pela polícia, ninguém consegue encontrá-lo. Quase 10 anos depois, no novo bairro de Beth, surge Sam Karras (Ryan Merriman), um adolescente que tem uma semelhança física impressionante com seu filho desaparecido.

    Columbia Pictures
    Michelle Pfeiffer como Beth ao lado dos três filhos em Nas Profundezas do Mar Sem Fim.

    Ao mesmo tempo que proporciona uma montanha-russa de emoções, o longa toca na ferida ao retratar temas como a angústia e a culpa que recai sobre as mães, o sentimento de perda, o medo, os traumas, o impacto sobre a família e tantos outros. É claro que são debates que atravessam muitas pessoas (sobretudo mulheres) diariamente, mas convenhamos que vai quebrar um pouco o clima de celebração do Dia das Mães, né?

    Em todo caso, Pfeiffer oferece uma performance forte e dominante. Sua cena mais pesada ocorre logo após o desaparecimento do filho, quando ela se vê suplicando por Ben na TV. Com seus olhos vermelhos, mas sem vida, a atriz evoca algo verdadeiramente aterrorizante: uma mulher desfeita. Nas cenas que se seguem, em que a dor de Beth se transforma em autoaversão, Pfeiffer é frágil o suficiente para transmitir um coração partido sob uma casca grossa.

    Columbia Pictures
    Beth vai à TV pedir que seu filho seja encontrado.

    Com isso, a três vezes indicada ao Oscar deixa claro sua capacidade de atuar em diferentes registros ao longo de sua carreira: da comédia ao drama, passando por romance e ação. Pfeiffer conseguiu superar o fato de inicialmente ser conhecida apenas por sua aparência. Embora sua beleza tenha sido destacada em muitos de seus primeiros papéis, ela rapidamente se tornou mais do que um belo rostinho e assumiu personagens mais profundas e complexas.

    É o caso de Beth em Nas Profundezas do Mar Sem Fim, mas também de Elvira Hancock em Scarface, Selina Kyle/Mulher-Gato em Batman - O Retorno e Ellen Olenska em A Época da Inocência. Essas, simm são boas pedidas para assistir com as mamães cinéfilas! O primeiro filme você encontra no Star+ e o segundo, na HBO Max. Infelizmente o terceiro só está disponível para aluguel na Amazon e Apple TV+.

    Nas Profundezas do Mar Sem Fim
    Nas Profundezas do Mar Sem Fim
    Data de lançamento 21 de maio de 1999 | 1h 47min
    Criador(es): Ulu Grosbard
    Com Treat Williams, Michelle Pfeiffer, Whoopi Goldberg
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    3,8
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