Desde meados dos anos 2000, a vida diária de James Cameron tem sido amplamente dedicada a Avatar, o filme de 2009 que detém o título de filme de maior bilheteria de todos os tempos, com quase três bilhões de dólares.
Claro que o cineasta canadense fez outras coisas nessas quase duas décadas, mas seu comprometimento com a saga de ficção científica é tanto que não conseguiu embarcar na produção de um longa-metragem longe de Pandora nesse período.
Como vive James Cameron sem poder contar outras histórias e vendo sua carreira de diretor monopolizada pela franquia Avatar? Essa é a pergunta que o diretor indiano SS Rajamouli fez ao cineasta, uma das personalidades da indústria a quem a revista Empire forneceu um encontro em ocasião do lançamento de Avatar: O Caminho da Água.
"Duas reflexões em resposta à sua pergunta: a primeira é que o mundo de Avatar é tão vasto que posso contar a maioria das histórias que quero contar dentro dele e tentar muitas das técnicas estilísticas que espero explorar", ponderou Cameron.
"NOSSO TEMPO COMO ARTISTAS É LIMITADO"
Mas, apesar do início entusiasmado da resposta, James Cameron ficou um pouco mais melancólico: "Em segundo lugar, sim... Nosso tempo como artistas é limitado. Eu sempre vou chorar algumas das histórias que não posso fazer", lamentou o cineasta.
Embora tenha se recuperado rapidamente: "Sinto uma grande satisfação quando outros diretores querem explorar algumas das minhas ideias, como Kathryn Bigelow fez com Estranho Prazeres (1995), e Robert Rodriguez quando passei o bastão para ele em Alita: Anjo de Combate (2019)", acrescenta. "Estou ansioso por mais colaborações no futuro com diretores que admiro."
Enquanto isso, Avatar: O Caminho da Água continua sua performance meteórica nas bilheterias e as outras três sequências do filme, já escritas e gravadas, aguardam sua vez de brilhar nas telonas.
