Tal qual Noé que, diante de um dilúvio, embarcou em uma arca com sua família e com diversos animais, com o objetivo de se salvarem; a jornada do gato que protagoniza a animação “Flow”, dirigida por Gints Zilbalodis, também um conto de sobrevivência diante de um desastre natural.
Após uma grande enchente, um solitário gato tem que encontrar formas para sobreviver. Ele encontra abrigo em um barco que, na medida em que a trama vai se desenvolvendo, passa a ser povoado por diversas espécies. Nesta jornada, os animais que ali convivem aprendem, não só a coexistirem entre si, apesar de suas diferenças; como também entram em contato com sentimentos como a esperança, o altruísmo, a coragem e a abnegação a partir do instante em que vivenciam diversos desafios e se adaptam a um mundo desconhecido.
Assistir a “Flow” é uma experiência interessantíssima. Estamos diante de uma animação que não possui diálogos, protagonizada por espécies de animais que se comunicam entre si usando a sua própria linguagem, trejeitos e características. Apesar disso, conseguimos mergulhar profundamente neste universo, vivenciando as experiências com estas personagens, aproveitando cada cenário que eles desbravam.