Quentin Tarantino pode não ser um diretor maravilhoso e extremamente artístico, mas ele tem uma coisa eu está em falta no cinema (e que faz toida diferença num filme): ele tem estilo! Estilo esse que pode ser facilmente mostrado em Kill Bill - Vol. 1, um filme que mescla (com maestria) tudo o que ele admira no cinema.
Com uma história espantosamente simples (apenas uma simples mulher que quase morre, e quando sai do coma ela vai em busca de vingança) Quentin consegue guiar um filme espetacular em todo os sentidos. A começar pelas atuações, nas quais todos se saem bem, mas quem brilha mesmo é a Uma Thurman. No filme inteiro ela interpreta perfeitamente o papel da assassina em busca de vingança, matando quem estiver no seu caminho, mas que no fundo ainda se mostra uma pessoa com um grande coração, mesmo que escondido por baixo de uma roupa amarela estonteante, em todos os sentidos.
Visualmente falando o filme é magnífico! Muita cor, muito sangue, e muitas lutas de arrepiar!!! Mas intercaladas nessas cenas peadas e igualmente divertidas há cenas mais experimentais, como a sequência de animação mostrando a infância de O-ren Ishii (é incrível que mesmo com toda aquela violência aquela sequência animada nos emociona, do fundo do coração, mesmo que seja por pouco tempo) e também aquela parte em que A Noiva luta e inesperadamente a tela fica em preto-e-branco, deixando a luta com um toque retrô bem legal. O que dizer da trilha-sonora? Um casamento perfeito de músicas comuns com cenas nem tão comuns assim.
Resumindo tudo isso, Kill Biil - Vol. 1 é uma obra que merece ser assistida por todo bom cinéfilo, capaz de emocionar com histórias dramáticas ao ponto certo e também nos atordoar com cenas de luta espetaculares, coloridas e sanguinárias.