Minha conta
    A Freira
    Críticas AdoroCinema
    3,5
    Bom
    A Freira

    Quando o convencional convence (e assusta)

    por Barbara Demerov

    Goste ou não de terror, é arriscado dizer que a franquia Invocação do Mal não seja diferenciada. Com alta qualidade técnica e narrativa, os dois filmes principais da saga, assim como Annabelle 1 e 2, trazem individualmente um certo frescor que vai além dos jump scares - frescor este que dá gás, introduz personagens consistentes e casos ainda mais assustadores a cada nova abordagem.

    Agora, enquanto Annabelle se mantém no quarto de Ed e Lorraine Warren até seu terceiro filme, é o momento de apresentar de maneira mais detalhada a história daquela figura que roubou a cena em Invocação do Mal 2: a Freira.

    Não à toa, a presença do demônio Valak no filme de 2016 deu o que falar e instigou o público a querer saber mais. Por que ele possui aquele visual? Por que Lorraine sente tanto medo? Tais perguntas são respondidas de maneira gradativa ao longo de A Freira, dirigido por Corin Hardy (The Hallow). O medo, no entanto, não é crescente: ele se faz presente em níveis altíssimos graças à bela ambientação que o longa possui, seja em um castelo verdadeiro da Romênia, transformado em convento, como também em seu entorno.

    Através dos personagens Irene (Taissa Farmiga) e Burke (Demián Bichir), noviça e padre exorcista que são recrutados pelo Vaticano para investigar a morte suspeita de uma das freiras do convento, somos apresentados a uma atmosfera obscura e carregada. A apresentação da Freira se dá logo no início e, assim, é possível já notar o intuito do diretor para formar uma narrativa simples, com início, meio e fim bem pontuados. Hardy aproveita o grande trunfo que tem em mãos e torna a presença da entidade uma constante – mesmo que ela esteja, por muitas vezes, à espreita.

    A narrativa simples em questão não prejudica o filme, só o torna um pouco aquém de seus predecessores. O que diferencia A Freira dos outros capítulos é exatamente esta história sem muitas complicações, mais focada no que a ambientação e a própria entidade têm a dizer. Neste caso, a dúvida de quem está assombrando o local troca de lugar com a necessidade de observação dos ambientes e personagens principais, que aprendem mais de si mesmos à medida em que desvendam o caso macabro.

    O clima gótico e a década de 50 foram as escolhas perfeitas para introduzir a Freira de maneira mais detalhada ao público, e não há tentativa de emular o estilo dos demais capítulos – o que só demonstra a capacidade da franquia em manter uma identidade própria e única para cada década apresentada. É notável a variedade que o terror pode alcançar, principalmente quando neste caso estamos falando de histórias narradas no mesmo universo.

    Os detalhes captados dão vida à história e se complementam com o belo design de produção. A câmera de Hardy passeia pelo convento de modo natural e seguindo os personagens (bem no estilo James Wan), o que torna a imersão muito intensa e amedrontadora. A dinâmica da dupla formada por Farmiga e Bichir também agrada; no entanto, a composição de seus personagens limita-se àquela situação apresentada, e por vezes há a sensação de que faltou um pouco mais de aprofundamento.

    Apesar de não se enquadrar no nível de complexidade dos filmes anteriores deste universo, A Freira é um spin-off que respeita o requinte da franquia Invocação do Mal e comprova que uma boa história pode gerar desdobramentos tão interessantes e promissores quanto.

    Quer ver mais críticas?

    Comentários

    • Rapha W.
      Filme muito fraco, esperava mais, principalmente pelo foto da Freira ser um personagem muito interessante, porém mal aproveitada nesse longa.
    • Franklim c
      O filme é fraco, tem cenas muito duvidosas e não faz jus à franquia.
    • Thiago Buccos
      Achei 3.5 muito alto para este filme. Mesmo se tratando de um spin-off da franquia The Conjuring, ele está muito aquém da mesma. Felizmente tive o privilégio de não ter que pagar para ver esta porcaria na época em que estava em cartas nos cinemas. O filme deixa MUITO a desejar. Particularmente, o filme me deu sono e graças aos clichês, não dá susto algum. Para finalizar, o filme se salva apenas pela atuação da Taissa Farmiga e nada mais.
    • Samerson
      E só. O personagem do padre é totalmente dispensável, não acrescenta em nada ao enredo fraco e raso.Se a proposta era fazer um filme de origem, falharam rudemente na tentativa.Não assusta e as tentativas são forçadas e previsíveis;Pouco se falou sobre o antagonista, o demonio Valak, que por acaso da nome ao filme (ou talvez o titulo seja sobre a personagem da Taissa); Falhou também não mostrando o final da personagem dela.Em suma, o filme foi feito para arrecadar dinheiro se valendo de um personagem que fez sucesso na franquia Invocação do Mal, vale inteiramente pela ligação com os filmes originais ao final do longa.
    • Alécio R
      filme rui, chato e enredo sem noção
    • Patricia R.
      vc nao tomou, mas eu tive que tomar rivotril para me acalmar
    • janaazevedoasg
      FALOU TUDO, Assisti pensando como que o pessoal falou tao bem desse filme, muito ruim! A unica coisa boa é a interpretação da Taissa Farmiga.
    • Bruno Vitório Bozzetto
      é sério q o adorocinema deu 3,5 pra essa imundície de filme? decepção total se comparado com invocação do mal 1 e 2... aliás... o 2 dá muito mais medo da freira do q o próprio filme dela! história tosca cheia de clichês... não tomei um susto sequer o filme todo! que bobagem aquela cena do padre enterrado... depois o gurizão q volta e usa uma espingarda... incontáveis cenas de aparecer sombra da freira andando e desaparecendo depois... tá louco que filme bem ruim! sono é a única coisa q senti ao ver essa porcaria.
    • auribart
      Sinceramente achei fraco. Tive um único momento de pavor forte, no mais era só esperar pela aparição da freira em cenas comuns. Invocação do mal 1 e 2 são bem mais assustadores, mesmo ela aparecendo pouco... Me tirem uma dúvida: como ele pode ter possuído o rapaz no final, se ficou presa no portal, após ele se fechar?
    • Alan Bitencourt
      Está é a segunda crítica positiva que eu vejo do filme, no geral ele está dividindo os críticos.
    Back to Top