Uma ode aos desajustados, aos incompreendidos, aos outsiders, aos párias. Uma homenagem ao cinema. Um convite ao escapismo. É isso o que faz com , filme vencedor do Festival de Veneza 2017, uma produção de cativante beleza, interpretada por um elenco afiadíssimo (que deveria levar todos os prêmios da temporada). Passada nos anos 1960 (quando a Guerra Fria pegava fogo), a história é apresentada como uma fábula, protagonizada por uma "princesa sem voz". “O que eu posso dizer sobre ela?”, anuncia o narrador. Mas ele logo se recolhe. Ao invés de dizer, del Toro mostra, usando a imagem como protagonista, na melhor concepção do que vem a ser o cinema. Muda (e nem por isso infeliz), a faxineira Eliza Esposito (, hipnótica) trabalha numa base secreta do governo dos Estados Unidos, que inclui um laboratório comandado pelo doutor Hoffstetler (). Uma criatura capturada nos confins da América do
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