A Bruxa... o filme conta a história de uma família que leva uma vida cristã e são expulsos da Nova Inglaterra, na década de 1630. Eles vão morar em um lugar isolado, perto de uma floresta, e então, o bebê recém nascido desaparece. A partir daí, várias coisas estranhas começam a acontecer. O roteiro é muito bem escrito, procura não fugir da história em si, e os diálogos são muito bem pensados, inclusive ele respeita o tipo de linguagem inglesa da época. Outra coisa boa desse filme, é que ele é completamente diferente dos atuais filmes de terror, não há jumpscares, nem uso de câmera se movimentando rapidamente, é algo mais parecido como filmes como "A Vila", "O Iluminado" e "O Bebê de Rosemary". A direção do filme também é muito boa, Robert Eggers acerta bem a mão, inclusive a câmera parada, que é usada muitas vezes, funciona perfeitamente. A atuações são impecáveis: Ralph Ineson, Kate Dickie, Harvey Scrimshaw, etc... todos estão muito bem, mas o grande destaque vai para Anya Taylor Joy, que dá um verdadeiro show de interpretação. Tecnicamente, o filme é incrível, a cinematografia é fria e escura, combina muito bem com o ambiente, e a trilha sonora é magnifica. A única coisa que me incomodou nesse filme, foi o final, a última cena é completamente desnecessária, se tivesse acabado na penúltima cena, teria sido muito melhor. Enfim, A Bruxa é um ótimo filme, muito bem escrito, bem dirigido e com atuações extraordinárias, mas se você vai ver o filme esperando algo como "Sexta Feira 13", "Jogos Mortais" ou "Atividade Paranormal", irá se decepcionar, caso queira ver algo diferente, corra para o cinema, pois vale muito a pena. Recomendo