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    Histórias Cruzadas
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Histórias Cruzadas

    COMO GANHAR UM OSCAR

    por Lucas Salgado

    Histórias Cruzadas foi uma das maiores surpresas das bilheterias em 2011. Orçado em US$ 25 milhões, o longa estreou na segunda colocação no top 10 norte-americano perdendo por muito pouco para Planeta dos Macacos - A Origem, mas logo assumiu o topo da lista e permaneceu lá por quatro semanas. Tais resultados despertaram o interesse do público e da crítica com relação ao filme, afinal não possui nenhum grande nome no elenco capaz de carregar uma massa de pessoas para as salas de cinema. Emma Stone está em um momento espetacular de sua carreira, mas ainda não é capaz de, apenas com seu nome, garantir um sucesso com este - algo que pode mudar após O Espetacular Homem-Aranha.

    Passado em uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos numa época em a descriminação racial começava a ser debatida na sociedade norte-americana, através das palavras de Martin Luther King, o longa conta a história de Skeeter (Stone), uma garota da sociedade que está determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, com a intenção de escrever um livro que retrate as mazelas do sistema.

    The Help (no original) possui uma série de problemas, principalmente no que diz respeito ao fato dos personagens serem unidimensionais. Ou seja, o sujeito ou é bom e defende os fracos e oprimidos ou é mais um racista que não presta. Não há meio termo, como pode ser visto inclusive nos depoimentos das mulheres.

    Stone se sai muito bem naquilo que se espera dela, mas não dá para negar que o destaque no filme é outro. Viola Davis arrasa no papel de Aibileen Clark, a primeira pessoa a aceitar ser entrevistada. Ela se entrega de corpo e alma à personagem e é fácil imaginar que disputará alguns prêmios pela atuação.

    Bryce Dallas Howard, Sissy Spacek e Allison Janney completam o elenco da produção e se saem muito bem. Quem também se destaca é Jessica Chastain, vista recentemente como a esposa de Brad Pitt em A Árvore da Vida, de Terrence Malick.

    O nome do longa é Vidas Cruzadas, mas bem que poderia ser Como ganhar um Oscar. Tema relacionado a direitos civis, ambientação de época, ótimas atuações, direção de arte e trilha sonora competentíssimas. Tudo na produção remete ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

    Somente duas coisas podem prejudicar (e muito) o filme na corrida pelo Oscar: o fato de não possuir uma estrela a frente do elenco; e, principalmente, o fato de contar com uma direção muito problemática. Em seu segundo longa metragem, o diretor Tate Taylor deixa clara toda a sua falta de experiência, o que é visto também no roteiro repleto de personagens estereotipados.

    Baseado em best seller de Kathryn Stockett e produzido por Chris Columbus, Histórias Cruzadas é um bom filme, mas que deixa a impressão de que poderia ser bem melhor se tivesse se preocupado mais no desenvolvimento dos personagens do que em ficar com "cara de Oscar".

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    Comentários

    • Thaís Fernandes
      Meu Deus, essa crítica é carregada de preconceito. Fica claro como uma mente limitada é capaz de interferir na crítica de um filme. Deprimente. Completamente fora da realidade, essa critica serve pra mente de quem fez.
    • Luciana Moreira
      Concordo com você, não entendi essa crítica, o filme é maravilhoso! não consegui ver nenhum esteriótipo, pelo contrário, o filme retrata muito bem a questão da segregação racial nos EUA.
    • Rafael Manta
      Mais uma razão para ler com muito cuidado e quase sempre desconsiderar o que falam os críticos de cinema. O filme é simplesmente maravilhoso. Sensível. Tocante. Emocionante. Todos os atores e atrizes visivelmente se entregaram em seus papéis. É o tipo de filme para ver com atenção e se emocionar profundamente. São filmes como estes que tornam o cinema a grande arte que ele é.
    • Luís
      Filme excelente.
    • Brendo Bezerra
      Eu daria 4 estrelas, o único problema mesmo é que alguns personagens são estereotipados, mas, em geral, é um ótimo filme.
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