Média
3,9
509 notas
Você assistiu Melancolia ?
4,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Pra mim, um grande filme. É interessante ver que a melancolia já nos atingiu, e alguns fingem que não viram, outros procuram alguma fuga. Mas a maioria apenas se esconde na sua caverna mágica.

Colocando cisne megro no rol dos filmes de 2010, este é o melhor filme do ano. Talvez competindo com a arvoré da vida.
5,0
Enviada em 3 de setembro de 2021
Minha opinião particular (vale frisar, não conferi qualquer outra crítica a respeito desse filme; assim, se ela concluir o mesmo que eu, será apenas uma coincidência) é a de que o filme, em sua totalidade, se propõe a materializar a melancolia (ou a depressão, abordada no filme como sinônimo) na forma do planeta que se chocará com a Terra e possivelmente ocasionará sua destruição. Desse modo, todos os personagens estão cientes da chegada do planeta e reagem de maneiras diferentes de acordo com suas idiossincrasias. John, o cientista que se incumbe de estudar, afinco, o planeta, adota uma perspectiva cética desde o princípio; Justine, a noiva que estampa a capa do filme, esmorece já no começo do filme, o que gera o afastamento de todos outros personagens (assim como ocorre com pessoas depressivas); por fim, Claire interpreta a irmã de Justine, a personagem mais forte, figurando como o único esteio da pobre noiva. Esses três personagens dominam o longa-metragem do meio até fim. spoiler: Desse ponto em diante, os personagens acompanham a chegada do planeta com curiosidade e temor. Exceto John, que deseja fortemente acreditar que o planeta é inofensivo. De maneira contraintuitiva, quando suas expectativas o decepcionam, ele é o primeiro (e o único personagem) a se suicidar, representando a minoria das pessoas com depressão, ou seja, as que galgam o último e o mais insuportável estágio de melancolia. A maioria acaba se portando como Justine e Claire, que estão sempre aguardando em um abismo, sem jamais parar de cair. Essa é a perspectiva de alguém depressivo que ainda não chegou (e talvez nunca chegará) a um nível mais perigoso. Essa sensação, no entanto, é tão incômoda, e talvez até mais, que a depressivo suicida
. Enfim, é um filme, a meu ver, acerca da depressão como estudo metafórica e cinematográfico. É mais uma obra provocativa e mal-digerida de Lars von Trier
3,5
Enviada em 27 de novembro de 2014
Melancolia foi premiado em diferentes categorias, dirigido e escrito pelo polêmico Lars Von Trier e tendo como protagonista a belíssima Kirsten Dunst. Filme que atinge o patamar reflexivo, se tornando adjetivo central do filme. É uma ficção cujos principais atributos estão nas entrelinhas com enfoque direto na moralidade humana na então situação apresentada. Kirsten Dunst e Charlotte Gainsbourg foram ótimas nas interpretações.
5,0
Enviada em 12 de fevereiro de 2013
Melancolia de Lars Von Trier e a personalidade feminina

Nessa produção de Lars von Trier, que faz bem no seu estilo um cinema que se aproxima do cinema arte, de tal modo que vemos cenas fixas e a não preocupação com ação ou coisas corriqueiras que vemos no cinema comercial. Ao colocar o filme, achei que havia travado meu aparelho, mas era o jogo de cenas que na arte parecia estático, mas em verdade se revelava um resumo de todo o drama. Apesar disso, o filme foi lançado comercialmente, mesmo mantendo o estilo de filmagem de câmera solta no ombro, e às vezes parecendo algo amador.
Aqui, de longe me pareceu de início, uma revelação da personalidade feminina, no seu antigo ideal, o casamento, numa parte, e na outra parte uma vontade de fim do mundo, ou melhor, Eros em primeira parte e Anteros na segunda, pulsão de vida e de morte. O fim especial me lembra Shakespeare, e mesmo os contos que eu mesmo escrevo. O filme é realista e não economiza cenas para revelar a crise existencial de Justine.
Ótimas fotografias, apesar de que vemos a computação gráfica, revelam ainda um ar bem luxuoso, da mansão ou castelo que é alugada para o casamento. Há um livro chamado “She: a chave da personalidade feminina” que revela bem essa dinâmica de uma existência para o casamento. Vemos assim o sonho se misturando com a realidade, ou melhor, a libido poligâmica se misturando com a fábula do amor perfeito, e a protagonista já trai o marido na festa de casamento, com um jovem que trabalha na empresa de publicidade onde ela é promovida. O casamento se revela em muitos imprevistos, atrasa, a limusine encalha, desencontros entre noivos, o bolo que e partilhado e a bebida para descontrair. O casamento é uma morte simbólica, uma iniciação para a mulher, ou, pelo menos era no passado. Ponto focal é a voz da mãe da noiva, que revela toda a farsa do casamento e do amor apaixonado.
Na segunda parte do filme há mais uma vontade para o fim, e a protagonista já separada fica cuidada pela irmã. Lá ela enlouquece de vez e frente ao fim do mundo previsto, ela fica tranquila e realizada. Anda a cavalo, se deita nua em um bosque próximo ao haras. A bela atriz Kirsten Dunst também se revela o sonho da maioria dos homens, e isso parece se revelar na imagem de sua montaria. A segunda parte parece uma TPM. A sua irmã Claire fica desesperada pelo fim do mundo que se aproxima e tenta salvar o filhinho. Seu marido cientista diz que nada vai acontecer e por fim se suicida. As irmãs se encontram por fim e constroem manualmente uma cabana. O lar simbolizando o aconchego, e aqui apenas resta o lar espiritual, já que o mundo carnal terá um fim.
Lars von Trier já é de longa data procurado por mim, e aqui nessa produção, e em outras, como o Anticristo, e ainda a Ninfomaniac (que parece mais uma chave da personalidade feminina...), se revela algo original e verdadeiro gênio, longe do cinema que cada vez mais fica enlatado e se vê como um grande labor de galpão, temperado com computação gráfica e enredo cada vez mais pobre, e temas clichês. Gostei de Melancolia por ser melancólico, por ser sincero em ficar triste nas horas certas. Há muito fingimento em nosso tempo, e as pessoas estão hipnotizadas pela necessidade de não passar por transformações, como a mulher em seu casamento, naquela morte simbólica, que ainda é acompanhada pelo nascimento do filho, posteriormente.
(Mariano Soltys, autor do livro Filmes e Filosofia, pela editora Clube de Autores)
4,5
Enviada em 8 de abril de 2023
Mais uma pelicula sensivel e magnificamente dirigida por Lars Von Trier. Do principio ao fim uma ligacao extremamente forte e sufocante com os protagonistas. Final que traduz a angustia e incerreza que nos cerca.
5,0
Enviada em 13 de julho de 2020
Não sou de fazer resenhas, mas esse filme em particular merece por ser um dos melhores que já assisti. Aprecio mujto filmes não sendo do gêneram ação e que conseguem tirar o fôlego e causar suspense ao espectador. Genial a sobreposição das duas tragédias, a particular (o drama familiar) e a geral (a colisão do planeta). A fotografia apurada faz toda a diferença para tornar esse filme memorável.
4,0
Enviada em 16 de janeiro de 2015
Para o fim do mundo: Melancolia.
Um filme de grande sucesso e responsável pela atuação brilhante e sombria de Kirsten Dunst, Melancolia tornou-se uma das obras geniais de Lars Von Trier. O filme é dividido em duas partes, a primeira se passa no casamento de Justine e durante a cerimônia conhecemos o espírito melancólico e perturbado de Justy como é chamada pela irmã. Apesar das primeiras cenas do filme o casal prestes á selar seu matrimônio parecer bastante apaixonado, sua relação não perdura até o final da primeira parte do filme. O caráter triste de Justine é desvendado aos poucos dentro de seu casamento, o primeiro sinal da sua insegurança vem após o discurso de sua mãe, totalmente cética quando se trata de casamentos e decepcionada por ver Justine decidir-se casar, apesar da influência da sua mãe a noiva permanece distribuindo sorrisos falsos e atitudes forçadas para manter as aparências, porém foge da própria festa sempre que encontra oportunidade, como se não estivesse sendo a noiva e sim uma das convidadas que espera ansiosamente o término da cerimônia. Podemos perceber que a personagem vive mundos paralelos, aquele regido pela sociedade onde está ocorrendo seu casamento e outro escrito por seus sentimentos inseguros, tal ambiguidade é notável na cena que enquanto seu futuro marido espera para ter sua primeira noite de sexo com Justine, ela o abandona e tem relações sexuais com outro em seu próprio matrimônio. Depois de conhecer a loucura e tristeza que carrega Justine para a depressão profunda, entramos na segunda parte do filme e conhecemos agora Claire, irmã de Justine. Diferente de toda insanidade que penetra sua família, Claire é um exemplo de uma mãe carinhosa e esposa zelosa, na primeira parte do filme é quem segura todas as confusões causadas pela insegurança de Justy. Claire é uma mulher que confia cegamente nas crenças de seu marido e que como a maioria se sente segura ao viver no planeta terra. Porém outro planeta chamado Melancholia, azul como o mar, ameaça colidir com o planeta terra. John, marido de Claire, não acredita na possível colisão entre os planetas, e convence a esposa que desesperada com essa possibilidade, larga qualquer medo ao acreditar na hipótese de seu marido. Melancolia na verdade, ao que foge dos olhos dos telespectadores logo no começo, trata-se de um filme sobre fim do mundo em uma perspectiva nunca vista antes, o que nos faz aplaudir mais um vez o trabalho de Lars Von Trier. A exploração dos sentimentos dos personagens em relação ao planeta que se aproxima é feita minuciosamente durante a segunda parte do filme o que o torna um enredo puxado. A Justine que está mais depressiva do que nunca e enfrenta uma obscuridade terrível, vê-se confortável com o fim do mundo e automaticamente da sua depressão. É claro que quanto mais o planeta se aproxima de sua vida medíocre, mais seu espírito vivido volta a ser, no caso para Justine, a morte é conforto de sua dor. A cena em que nua, admira Melancholia, mostra a vivacidade trazida por esse novo planeta para Justine. Porém Claire desespera-se em apenas imaginar o seu fim e de sua família, apesar de ser acalmada á todo instante por seu marido John e suas suposições positivas criadas pela sua admiração pelo planeta, Claire sofre com cada instante ansiosa por ser apenas uma passagem. Ao final do filme percebemos pelo suicídio de John que Melancholia irá realmente destruir a Terra destruindo toda vida que habita neste planeta, ao mesmo tempo que Claire dá-se conta da sua morte iminente, o telespectador já não tem mais esperanças. Diferente de outros filmes como 2012, O dia depois de amanhã e outros que contam sobre o fim do mundo, Melancolia não mostra a gritaria, o medo, o desespero e a lenta destruição do mundo, e sim mostra os sentimentos do homem em relação á tudo isso, nos filmes recheados de efeitos especiais catastróficos, ficamos com medo desses ataques enquanto que em Melancolia temos medos de nós mesmos ao nos imaginarmos nessa situação, o que faríamos quando chegasse a hora¿ Poderíamos fazer igual Justine, que mesmo depressiva, em sua morte esteve em paz dentro de uma cabana mágica criada pela sua grande e notável melancolia.
3,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Maravilhoso. Atuações perfeitas, história já velha no cinema, mas explorada por outro angulo: as medos e as aflições pessoais em vez dos eventos destrutivos e cataclismos. A história se desenrola um tanto devagar mais vale a pena ver. O Final é super bem feito,
0,5
Enviada em 15 de novembro de 2024
Assisti a esse filme. Um filme sem pé e nem cabeça. Não recomendo. Filme "melancólico ".
Bons atores desperdiçados.
4,5
Enviada em 27 de dezembro de 2014
Muitas pessoas criticam o lars von trier,mais a verdade é que ele sabe como dirigir um filme
e pra não perder o trocadilho: É a única pessoa que sabe dirigir bebado...
melhor atuação da Kirsten Dunst e varias criticas a sociedade...
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