É uma das melhores séries de ficção científica da história, mas seus prelúdios falharam miseravelmente: Seu criador explica o motivo
Evelyn Souza
Conquistada pela cultura pop, Evelyn adora assistir e discursar sobre filmes teens, de todas as gerações, e aqueles que quase ninguém ouviu falar. Além de ser dorameira e tentar usar seu coreano ínfimo em todas as oportunidades.

A produção se tornou essencial no gênero, mas infelizmente seus spin-offs não tiveram a mesma recepção.

Em dezembro de 2003, a rede americana SciFi (que se tornaria SyFy) estrearia uma minissérie "piloto" que reinventava completamente Battlestar Galactica, a série de 1978. Uma versão fantástica desenvolvida por Ronald D. Moore (que já havia demonstrado suas habilidades na série Jornada nas Estrelas - Generations) e David Eick e que recebeu grande reconhecimento da crítica.

Na verdade, foi um dos grandes sucessos do canal (apesar das dificuldades de lançamento de cada temporada) e um ponto alto daquela grande década da televisão dos anos 2000. Com quatro temporadas (mais a minissérie) transmitidas entre 2003 e 2009, os criadores de Battlestar Galactica logo quiseram expandir o universo com uma nova prequela, intitulada Caprica e que, entre outras coisas, narrava a origem dos Cylons. Falhou miseravelmente.

Na verdade, a série foi cancelada pela SyFy faltando cinco episódios para a conclusão da primeira temporada, que começou a ser exibida no Canadian Space no final de 2010. E pode ser considerada muita sorte, já que outro spin-off, Battlestar Galactica: Blood & Chrome sobre as aventuras do jovem Adama (Luke Pasqualino) não foi além de sua primeira leva.

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Plano ruim

Um duplo fracasso devido a um fator importante: falta de planeamento a longo prazo. Isto é afirmado por David Eick, que, em conversa com SlashFilm, reconhece que, embora com Battlestar Galactica ele tivesse uma direção muito clara e planejou seu roteiro desde o início, esse não foi o caso com os derivados.

Especificamente com Caprica, Eick deixa claro que a falta de envolvimento de Ron levou a esta falta de planejamento:

O envolvimento de Ron abalou, então houve menos consistência e menos confiabilidade e, como apoiamos sua ausência, não acho que as pessoas que tínhamos lá para fazer isso eram as pessoas certas, para ser honesto. E a decisão de elenco questionável com ela.

Isso também fez com que não tivéssemos o mesmo talento, nem na frente nem atrás das câmeras, tanto na hora de criar personagens poderosos quanto no aprofundamento dos temas da franquia:

“Acho que havia pessoas tentando imitar quando Ron fica realmente 'sofisticado’ metafisicamente com Battlestar e depois fica um pouco vagaroso. E você tentar imitá-lo, pode virar uma bagunça muito rapidamente, como 'Do que você está falando aqui?' E entramos na cova do lobo."

Na verdade, é bem verdade que Caprica tenta sim seguir o caminho de Battlestar Galactica em termos de filosofia e, embora não seja propriamente um dos seus detratores, ficou claro que não era a mesma coisa. Por fim, não houve paciência por parte da emissora e ficamos sem uma segunda temporada em que os planos fossem diferentes.

Por outro lado, David Eick queria evitar o mesmo destino com Blood & Chrome. Co-criada com Alan Taylor, a série queria se livrar desse plano filosófico para abraçar os pilotos e o lado de ação da franquia. Infelizmente também não decolou.

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