Um dos maiores filmes cult da década de 1980 – que moldou uma geração inteira!

La Boum é hoje considerado um clássico do cinema adolescente.

Dificilmente há um momento tão formativo, selvagem e ao mesmo tempo estressante quanto a adolescência. É a época dos hormônios à flor da pele e de muitas estreias: os primeiros beijos, as primeiras decepções amorosas e, claro, as primeiras festas. E assim cada geração tem seus próprios filmes adolescentes, que para muitos estão ligados à juventude.

A primeira vez que algumas pessoas deram as mãos ou riram no cinema, elas estavam assistindo a American Pie, outras Meninas Malvadas e qualquer um que fosse jovem no início dos anos 1980 sentiria um aperto no coração ao pensar em La Boum, de Claude Pinoteau. E certamente também lembrarão sempre que Reality de Richard Sanderson for tocada em algum lugar!

Sonhos são minha realidade

A música-título do filme é tão icônica quanto o próprio filme e acompanha uma cena-chave que muitos consideram um dos momentos românticos mais lendários da história do cinema: Vic (Sophie Marceau), de 13 anos, está em uma festa quando Mathieu (Alexandre Sterling) se aproxima por trás dela e coloca seus fones de ouvido nela. Tudo fica em silêncio, Dreams are my reality começa a tocar e Vic e Mathieu começam a dançar abraçados nas luzes da discoteca.

La Boum foi um grande sucesso na época, especialmente na Alemanha e na França. Sophie Marceau, que mais tarde apareceu em Coração Valente e James Bond 007 - O Mundo Não É o Bastante, estava abrindo caminho para se tornar uma estrela de cinema.

Uma relíquia atemporal dos anos 80

O longa conta as provações e tribulações habituais do crescimento. Vic tem suas primeiras experiências com garotos, passa horas no telefone com suas amigas, não sabe o que vestir e fica irritada com seus pais.

Pinoteau encena tudo isso de forma tão simples quanto sensível, levando seus jovens personagens a sério. Algumas cenas beiram a comédia: sacos de pipoca furados no cinema ou pernas engessadas para sustentar uma mentira chegam até a beirar a tolice, mas no final o filme sempre retorna à seriedade agridoce da vida.

A crise conjugal dos pais de Vic é tratada da mesma forma que seu primeiro romance na adolescência. Da perspectiva de hoje, algumas coisas aqui podem estar ultrapassadas – os papéis de gênero, o comportamento nos encontros, a misoginia (internalizada) que é perceptível em alguns lugares.

E, no entanto, o filme não apenas o lança diretamente para o mundo adolescente dos anos 80, incluindo seus patins e roupas brilhantes, mas também conta a vida emocional caótica dos jovens com uma relevância atemporal. Então La Boum – A Festa ainda vale a pena ser visto 45 anos depois.

*Conteúdo Global AdoroCinema.