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    Festival de Berlim 2019: 45% dos filmes selecionados foram dirigidos por mulheres

    Estudo fornecido pela Berlinale aponta preocupação com a igualdade de gêneros.

    Desde 2004, o Festival de Berlim divulga à imprensa um estudo detalhado sobre a distribuição de gêneros entre os filmes selecionados.

    Esta é uma maneira de descobrir como as equipes estão compostas (ou seja, quantos diretores, roteiristas e produtores são homens ou mulheres), e de que modo evoluem ao longo do tempo. Além das categorias "homem" e "mulher", os questionários fornecidos às equipes incluem as possibilidades "não binário" e "prefiro não informar".

    Entre os 400 filmes selecionados para a 69ª edição, dirigidos por 429 pessoas (devido ao caso de duplas ou trios dividindo a função), 45% foram dirigidos por mulheres, e 52% por homens. Vale ressaltar que, entre os 7.861 filmes enviados ao comitê de seleção, 32,9% foram dirigidos por mulheres, e 62,7% por homens.

    Entre as demais funções, as mulheres ocupam 32,6% dos cargos de produção, 33,9% dos cargos de roteiro e 36,1% dos cargos de edição. A posição mais desigual é a direção de fotografia: são apenas 18,5% de mulheres contra 67,8% de filmes com homens desempenhando o mesmo trabalho.

    A preocupação com a representatividade feminina se percebe em toda a seleção: além de uma mulher na presidência do júri (a atriz Juliette Binoche), os três filmes de abertura das principais mostras são dirigidos por mulheres: a Mostra Competitiva começa com o dinamarquês The Kindness of Strangers, de Lone Scherfig, a Mostra Panorama começa com o sul-africano Flatland, de Jenna Bass, e a Mostra Forum se inicia com o austríaco Die Kinder der Toten, de Kelly Cooper e Pavol Liska.

    Entre os 17 filmes que brigam pelo prêmio principal da Mostra Competitiva este ano, sete são dirigidos por mulheres: The Kindness of Strangers, I Was At Home, But, God Exists, Her Name is Petrunya, The Ground Beneath My Feet, Mr. JonesSystem Crasher e Elisa y Marcela.  

    As duas últimas edições do Festival de Berlim foram vencidas por mulheres: em 2018, a romena Adina Pintilie recebeu o Urso de Ouro pelo drama Não me Toque, e em 2017, a húngara Ildiko Enyedi recebeu o prêmio máximo por Corpo e Alma.

     

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