O percurso de festivais que A Estrada 47 tem percorrido antes do lançamento oficial em 2015 tem se mostrado um bom caminho.
Depois de estrear no Festival do Rio em 2013, de onde saiu com o prêmio de melhor montagem (Mair Tavares) e uma menção honrosa para o ator Francisco Gaspar, o longa de Vicente Ferraz também se deu bem no último festival de Gramado, como melhor filme – e desenho de som para Branco Neskov –, e agora acaba de vencer o troféu Mucuripe de melhor filme no Cine Ceará 2014, ficando, também com o prêmio de direção de arte (Sergio Tribastone).
Antes da estreia em 8 de maio do ano que vem, quando se comemoram os 70 anos do Dia da Vitória dos Aliados, o drama de guerra baseado em uma história real da participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial ainda passa pelo Festival de Havana. A cerimônia de premiação do Cine Ceará aconteceu na noite deste sábado, 22 de novembro, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza. A Estrada 47 desbanca os outros sete títulos ibero-americanos em competição.
Entre os curtas-metragens, a disputa é nacional. E o júri oficial escolheu o filme de São Paulo Edifício Tatuapé Mahal, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum como o melhor da competição. Confira os prêmios principais na lista abaixo.
O 24º Cine Ceará, Festival Ibero-americano de Cinema de Fortaleza, teve como país homenageado a Argentina, como foco no “Novo Cinema Argentino”, e o cineasta hermano Daniel Burman (O Abraço Partido) foi laureado na cerimônia de encerramento com o troféu Eusélio de Oliveira, por sua contribuição ao cinema ibero-americano. Em 2015, a cinematografia da Espanha será o tema do festival cearense.
LONGAS-METRAGEN JÚRI OFICIAL
MELHOR LONGA-METRAGEM A Estrada 47 (Brasil)
MELHOR DIREÇÃO Luiz Urquiza, por Obediência Perfeita (México)
MELHOR ROTEIRO Alfonso Zarauza e Jaione Caborda, por Os Fenômenos (Espanha)
MELHOR ATRIZ Loreto Arabena, por No Soy Lorena (Chile)
MELHOR ATOR Sebastián Aguirre, por Obediência Perfeita (México)
MELHOR FOTOGRAFIA Alberto Diaz, por Os Fenômenos (Espanha)
MELHOR EDIÇÃO Luisa Marques, por A Vida Privada dos Hipopótamos (Brasil)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Sergio Tribastone, por A Estrada 47 (Brasil)
MELHOR SOM Alejandro Delcaga e Diego Gat, por Dólares de Areia (República Dominicana)
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL Piti Sanz e Anxo Graña, por Os Fenómenos (Espanha)
CURTAS-METRAGENS JÚRI OFICIAL
MELHOR CURTA METRAGEM para o filme EDIFÍCIO TATUAPÉ MAHAL, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum;
MELHOR DIREÇÃO para o filme MENINO DA GAMBOA, de Rodrigo Luna e Pedro Perazzo;
Ainda na categoria de direção o juri considera que os filmes JOAQUIM BRALHADOR e GUIDA são merecedores de Menção Honrosa: GUIDA por apostar na dúvida e na insegurança na construção de um filme de grande beleza plástica e JOAQUIM BRALHADOR pela firmeza na condução da história;
MELHOR ROTEIRO para o filme MARINA NÃO VAI À PRAIA, de Cássio Pereira dos Santos;
O Júri ainda outorga o Prêmio de MELHOR PRODUÇÃO CEARENSE ao curta JOAQUIM BRALHADOR, de Marcio Câmara
PRÊMIO DA CRÍTICA
MELHOR LONGA A Vida Privada dos Hipopótamos (Brasil)
MELHOR CURTA História Natural (Pernambuco)
PREMIO CANAL BRASIL AO MELHOR CURTA
Marina Não Vai à Praia (Minas Gerais)
