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    Toronto 2014: The Imitation Game traz Benedict Cumberbatch na melhor performance da carreira

    Alguém aí pensou em Oscar? Na bolsa das especulações, o ator está bem cotado por seu papel como o matemático homossexual Alan Turing.

    Resumindo: desde que estreou na última edição do Festival de Telluride, no finzinho de agosto, já se especula sobre uma possível indicação ao Oscar de melhor ator para Benedict Cumberbatch por The Imitation Game no próximo ano. O mesmo vale para Michael Keaton, por Birdman - exibido em Veneza -, praticamente dado como certo.

    A contribuição que o Festival de Toronto (TIFF) trouxe para o buzz pré-Oscar foi jogar na roda o nome de Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo) – e talvez o de Jake Gyllenhaal (Nightcrawler) – e confirmar o intérprete de Sherlock Holmes na série de TV como um dos melhores performers da temporada.

    À receita para o Oscar, esse The Imitation Game ainda acrescenta um ingrediente saboroso para o gosto dos votantes da Academia de Hollywood: a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo (A Lista de Schindler, O Paciente Inglês, A Vida é Bela, só para citar alguns).

    O filme é a cinebiografia de Alan Turing (Cumberbatch), o matemático que conseguiu decodificar as mensagens dos alemães durante o conflito, encurtando a guerra, estima-se, em cerca de dois anos – poupando 14 milhões de vida. No entanto, não era nada hábil em decodificar os subtextos de um diálogo – o que rende uma cena engraçadíssima logo no início do filme, em que o personagem interpreta literalmente as falas do comandante Denniston (Charles Dance, de Game of Thrones). Apesar da biografia, ele foi perseguido por ser homossexual.

    Porém, a despeito da excepcional atuação de Cumberbatch, o filme soa um tanto artificial – principalmente se colocado em perspectiva ao lado do poético A Teoria de Tudo (e uma curiosidade: assim como Redmayne, Benedict também já deu vida ao cientista Stephen Hawke, em um telefilme dirigido por Philip Martin, do fraco O Falsificador, também exibido no TIFF).

    Por mais que favoreçam a dramaturgia, alguns diálogos são espertinhos demais, pontuados por frase de efeito; determinadas situações são difíceis de comprar. Mesmo assim, The Imitation Game tem potencial para emocionar (que o diga a jovem canadense sentada do lado deste repórter na sessão para a imprensa, aberta ao público, nessa segunda-feira, que só fazia chorar enquanto os créditos subiam).

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