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Através de muitos altos e baixos, de Branca de Neve e os Sete Anões (1937) a O Rei Leão (1994), a Disney continua sendo um dos estúdios mais influentes do mundo. E, claro, quando se trata dos fatores que fizeram da empresa um sucesso, não podemos esquecer a criatividade e o cuidado de seus diretores e suas respectivas equipes de produção – até com os mínimos detalhes.
A maioria das animações da Casa do Mickey é baseada em períodos reais da História humana, como a reconstrução da Inglaterra medieval em A Espada Era a Lei (1963). Para dar autenticidade e precisão a esse gigantesco universo fictício, seus criadores costumam incluir referências à História da Arte. Mas, por vezes, as inserções são tão sutis que podem passar despercebidas à primeira vista.
É exatamente por isso que reunimos aqui algumas das obras e pintores que aparecem nos filmes da Disney. Confira:
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“Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci (1503) Também conhecida como “La Gioconda”, trata-se de um retrato da esposa de Francesco del Giocondo. Mostra uma mulher vestida à moda florentina de seu tempo e com uma paisagem montanhosa ao fundo. A expressão enigmática de Mona Lisa, parecendo sedutora e distante, deu ao quadro fama universal. A obra de Leonardo da Vinci aparece em Pinóquio (1940). Após direcionar o protagonista para a Ilha dos Prazeres – onde fumam, consomem álcool e cometem atos de rebeldia –, o jovem Mariposa desenha uma espécie de boneco de palito em cima de Mona Lisa.
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“Madalena penitente”, de Georges de La Tour (1640) Quando a protagonista de A Pequena Sereia (1989) canta sobre sua vontade de se tornar humana e caminhar ao sol, ela acende a chama de uma pintura que faz parte de sua coleção particular. A tela em questão, de Georges de la Tour, retrata Maria Madalena, arrependida e devota a Cristo. Ela está sentada e iluminada pela flâmula para questionar os temas da santidade, vaidade, feminilidade e preocupação com o Juízo Final. Assim, a pintura serve para reforçar o fato de que Ariel é a nova Maria Madalena (daí o cabelo ruivo), presa por um patriarcado restritivo e punida por seus desejos.
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“O Balanço”, de Jean-Honoré Fragonard (1767) Os quadros usados em Frozen (2013) são engraçados por um motivo: Anna entra em sua galeria, para na frente deles e decide imitar suas ações, com destaque para “O Balanço”, de Jean-Honoré Fragonard. Aparentemente, ao recuperar uma pintura rococó (de estilo leve e lúdico), a ideia era dotar um filme infantil dessa energia vital. No entanto, o significado original da obra era muito diferente: foi encomendada pelo dramaturgo francês Charles Collé, que queria um retrato de sua amante.
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“A Noite Estrelada”, de Vincent van Gogh (1889) Inspirado no conto dos Irmãos Grimm, Enrolados (2010) dá um novo tratamento a Rapunzel, a garota cujos longos cabelos dourados servem como escada para subir e descer da torre. No início da animação, a protagonista é vista praticando milhões de atividades diferentes para passar o tempo – e uma delas é justamente pintar. Uma das telas que ela cria lembra bastante “A Noite Estrelada”, de Vincent van Gogh. Isso faz ainda mais sentido se considerado que, assim como o pintor queria capturar a imensidão da natureza, Rapunzel também quer estender seus desejos para além das paredes que a cercam.
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"Destino", o curta-metragem de Salvador Dalí e Walt Disney (1945-2003) O pintor surrealista Salvador Dalí não só colaborou com Luis Buñuel e Alfred Hitchcock no cinema, como também desenvolveu um projeto com Walt Disney, intitulado “Destino”. A parceria começou em 1945 e durou cerca de um ano, com esboços assinados pelo artista da Disney John Hench e pelo próprio Dalí. Hench conseguiu realizar um longo teste de 18 segundos, mas os esforços foram em vão, pois o estúdio teve que abandonar a empreitada devido à grave crise econômica que atingiu a empresa durante a Segunda Guerra Mundial. Só em 2003 o artista Dominique Monfréy recuperou os rascunhos para completá-los e lançá-los no curta-metragem que contém toda a poesia visual característica de Dalí.