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    5 cinebiografias que não agradaram seus protagonistas na vida real
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Quando a ficção perturba a realidade.

    *Matéria originalmente escrita por Renato Furtado

    Semana após semana, novas cinebiografias são produzidas e/ou entram em cartaz nas salas de cinema ao redor do mundo. A curiosidade do público em relação à vida privada de grandes ícones e celebridades ou o desejo de conhecer mais a fundo a psique de personalidades controversas fazem com que o gênero continue sendo um dos mais rentáveis dentro da indústria cinematográfica.

    Entretanto, o fato de uma obra conquistar o público não significa que também vai agradar os seus objetos de análise. Quando qualquer vida, especialmente a de uma figura conhecida pela maioria das pessoas, é colocada sob profundo escrutínio, certos detalhes podem ser realçados, enquanto outros pontos são deixados de lado a contragosto dos biografados. Ainda que os roteiristas e diretores tentem equilibrar fatos reais e fatos cinematográficos, às vezes a verdade e a ficção entram em rota de colisão. Por isso, confira abaixo 5 casos de produções que foram profundamente criticadas pelos personagens reais.

    A Rede Social

    Columbia Pictures

    A Rede Social, de David Fincher, explora a vida de Mark Zuckerberg. Interpretado por Jesse Eisenberg, o criador do Facebook ficou muito descontente com o longa porque o roteiro de Aaron Sorkin reinterpreta e ficcionaliza demais suas motivações para desenvolver a rede social; segundo o bilionário, ele jamais teve a ideia de criar um império por causa de um coração partido ou para impressionar uma garota.

    Patch Addams - O Amor é Contagioso

    Universal Pictures

    Patch Adams - O Amor é Contagioso, estrelado por Robin Williams, incomodou bastante o personagem real, o Dr. Hunter Adams. Para ele, o tom melodramático e manipulador do filme diminuiu a seriedade das pesquisas que realizou e tratamentos que desenvolveu. Até a morte do ator em 2014, Adams foi um crítico ferrenho e raivoso de sua cinebiografia.

    O Quinto Poder

    Dreamworks Pictures

    Cercado por controvérsias e acusações dos mais diversos tipos, Julian Assange é um dos personagens reais mais polêmicos e dramaticamente interessantes dos últimos tempos. Entretanto, o trabalho do diretor Bill Condon em O Quinto Poder não agradou o hacker. Na extensa comunicação por e-mail que manteve com Benedict Cumberbatch, Assange afirmou que o roteiro era baseado em "mentiras" e que havia sido escrito para beneficiar os EUA, um país "corrupto, traiçoeiro e perigoso".

    Virada no Jogo

    HBO Films

    Sarah Palin, ex-governadora do Alasca, ganhou as manchetes com suas ideias e declarações polêmicas e isso, evidentemente, tornou-se um prato cheio para a ficção. Retratada de forma cômica por Tina Fey no Saturday Night Live, a política estadunidense não ficou nada feliz com a premiada interpretação de Julianne Moore em Virada no Jogo, filme que ela categorizou como uma "narrativa falsa" sobre sua vida.

    Um Sonho Possível

    Warner Bros. Pictures

    Para o jogador de futebol americano Michael Oher, o problema de sua cinebiografia reside no fato de que a personagem de Sandra Bullock tem um protagonismo maior do que o de sua versão cinematográfica, interpretada por Quinton Aaron em Um Sonho Possível. A reclamação não é mero estrelismo do atleta, uma vez que ele sente que parte do público acredita que ele não teria vencido na vida sem a ajuda de uma mulher branca.

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