Críticas dos usuários
Críticas da imprensa
Média
4,5
942 notas
Você assistiu Atypical ?
Michelli F

2 críticas

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Crítica da série
5,0
Enviada em 17 de julho de 2019
Uma série que nos faz refletir sobre a importância de respeitar as diferenças e acreditar que todos somos capazes!
Rayssa M

4 críticas

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Crítica da série
5,0
Enviada em 10 de setembro de 2018
Muito engraçada, cada episódio te prende de uma forma diferente, é muito interessante perceber como o personagem lida com situações que para outras pessoas são coisas comuns. Vale a pena assistir, muito boa e enriquecedora.
Kayque L.

1 crítica

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Crítica da série
5,0
Enviada em 18 de junho de 2018
O modo como retrata o dia desse jovem autista trazendo fiéis detalhes sem se parecer com um documentário
AMEI
Crítica da série
0,5
Enviada em 9 de julho de 2020
Você vai assistir uma série que é legal relacionado ao autismo, mais se depara a partir da segunda temporada, é podre ver que sempre querem inserir esse tipo de atitude e incentivo. Da náuseas.
Lucas L

2 críticas

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Crítica da série
5,0
Enviada em 14 de julho de 2019
Muito boa a série e trata da realidade a respeito do autismo é realmente uma série muito boa,uma série seria que conta além do autismo sobre a adolescência e a adolescência de um autista.
Gabriel A.

1 crítica

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Crítica da série
5,0
Enviada em 22 de setembro de 2017
Muito boa a série, aborda a inclusão e todos os dramas de uma família com portador de deficiência. Valeu a pena
Gustavo S

1 crítica

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Crítica da série
5,0
Enviada em 15 de maio de 2019
Eu achei o melhor filme que eu já vi e eu quero que tenha mais temporadas spoiler:
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anônimo
Um visitante
Crítica da série
0,5
Enviada em 21 de maio de 2025
"Atypical", ou como fazer uma série sobre autismo sem saber como é ser autista
Por um narrador que, como muitos autistas, prefere a verdade crua à inclusão performática
"Atypical" é a história de um garoto autista. Mentira. "Atypical" é a história de como o mundo neurotípico se sente ao redor de um garoto autista. E isso faz toda a diferença.
A série da Netflix, criada por Robia Rashid, foi aplaudida por levar "representatividade" autista ao streaming. E de fato, ela leva — do jeitinho mais higienizado possível. Sam Gardner, o protagonista, é um jovem branco, cis, verbal, hétero, classe média, funcional — ou seja, um autista palatável, fofinho o suficiente para que o público não se sinta desafiado. Nada de colapsos reais, desregulação emocional crua, ou rejeição social severa. Aqui, tudo é convertido em uma comédia dramática com trilha leve e rostos bonitos.
Mas vamos direto ao ponto: Essa série não é feita para pessoas autistas. É feita para neurotípicos se sentirem evoluídos por assistirem a uma "narrativa difícil" com segurança emocional.
Desde o primeiro episódio, fica claro que Sam é o pivô das tragédias pessoais de todos ao seu redor. Sua mãe, Elsa, está presa a ele como se tivesse sido condenada. Seu pai, Doug, passa três temporadas tentando entender o próprio filho, como se Sam fosse uma equação não resolvida. E sua irmã, Casey, coitada, é praticamente uma mártir que suporta ter um irmão diferente. Em vários momentos, Sam não é retratado como um personagem. Ele é o catalisador do sofrimento alheio.
Quer saber como é ser autista? Não é ser o centro da dor dos outros. É viver a sua própria dor, enquanto o mundo finge que ela não existe.
A família Gardner sofre mais por ter que lidar com o autismo do que o próprio Sam sofre por ser autista. Isso é uma distorção emocional violenta. O real sofrimento de pessoas autistas — o isolamento, a sobrecarga sensorial, a rejeição sistemática, o desemprego estrutural — é ofuscado por cenas da mãe traindo o marido, o pai sendo emocionalmente incompetente, e a irmã descobrindo sua sexualidade.
Nada contra a sexualidade de Casey — o problema é que a única sexualidade explorada com sensibilidade é a dela. Sam, quando tenta amar, é retratado como esquisito, invasivo ou confuso. O autista pode sentir afeto, mas apenas se for conveniente ao roteiro. Caso contrário, ele serve como recurso cômico.
Há episódios em que o riso vem de situações sinceras, mas muitas vezes o humor gira em torno da desadequação social do autista, como se fosse engraçado ver alguém não entender ironia ou reagir de forma literal. Rimos porque Sam errou, não porque o mundo erra ao exigir que ele se conforme a códigos arbitrários.
Humor ácido? Claro. Mas o ácido deveria queimar o preconceito, não o próprio Sam.
Durante muito tempo, Sam é um "único exemplar da espécie". Só na terceira temporada aparecem outros autistas, alguns interpretados por autistas reais — e adivinhe? São interessantes, complexos e bem mais autênticos que o próprio protagonista. A série poderia ter se salvado se tivesse feito o que toda pessoa autista deseja: mostrar outras vivências autistas. Mostrar pluralidade.
Imagine essa série reescrita assim: Sam conhece autistas de outras etnias, gêneros, orientações, com diferentes níveis de suporte. Pessoas que não se encaixam em moldes hollywoodianos. Que falam por tablet. Que rejeitam o modelo médico. Que têm TDAH, sinestesia, mutismo seletivo, ou que apenas não querem ser corrigidos — querem ser ouvidos.
Mas isso seria real demais, né?
Enquanto "Atypical" tenta ensinar o mundo a "ser gentil com os diferentes", ela esquece o essencial: os diferentes não precisam da sua gentileza condescendente — precisam de um lugar real à mesa. Precisam ser protagonistas, roteiristas, produtores, consultores, atores. Precisam parar de ser mascotes de roteiro e começar a ser agentes da própria história.
"Atypical" é a prova de que o mercado sabe que inclusão vende, mas ainda tem medo de mostrar o que ela realmente significa: ouvir quem vive a diferença. A série começa como uma vitrine e termina como um espelho trincado — bonito de longe, mas incapaz de refletir toda a verdade.
A real série revolucionária não será feita para explicar autistas a neurotípicos, mas para mostrar que o mundo neurotípico é, na verdade, o mais disfuncional quando se trata de empatia e convivência.