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    Chris Evans sofre críticas por produzir série sobre a intervenção dos EUA no Oriente Médio
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    Responsável por dar vida ao Capitão América nos filmes da Marvel, ator vai lançar o documentário de seis episódios em seu próprio serviço de streaming.

    Muito se especula sobre a volta do Capitão América para o Universo Cinematográfico Marvel (UCM), após sua despedida em Vingadores: Ultimato. Mas, recentemente, é o intérprete do famoso super-herói que vem causando polêmica nas redes sociais. Isso porque Chris Evans vai produzir uma série documental a respeito das ações americanas no Oriente Médio, como parte do catálogo de sua plataforma de engajamento cívico A Starting Point.

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    O projeto, intitulado Influence and Power in the Middle East, pretende explorar o passado, o presente e o futuro dos EUA na região, com seis episódios que se voltam para países como Iêmen, Arábia Saudita, Palestina, Irã e Síria. Além de analisar as relações diplomáticas e o envolvimento militar dos últimos quatro governos americanos, o programa mostra como pessoas de diferentes gerações acabaram afetadas por décadas de guerra e instabilidade política. A apresentação fica a cargo de Will Hurd, ex-agente CIA e hoje congressista pelo estado do Texas.

    Dada em primeira mão pelo site Deadline, a notícia entrou nos trending topics do Twitter ontem (16) e despertou uma enxurrada de críticas ao escolhido da Marvel para o papel de Steve Rogers. A principal delas está relacionada à falta de representatividade na docusérie produzida pelo ator, uma vez que todos os entrevistados são de origem americana e já exerceram funções públicas – como o embaixador John Bolton, o secretário de Defesa Leon Panetta e o secretário de Estado Mike Pompeo.

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    Entre os especialistas consultados, não há sequer um proveniente do MENA (sigla em inglês para Oriente Médio e Norte da África), o que levantou questionamentos sobre a parcialidade do projeto. Um usuário chegou a comparar Influence and Power in the Middle East a uma peça de propaganda "grotesca" em nome da CIA:

    No tuíte, ele também diz: "Além da DISTINTA falta de vozes MENA, você está contratando JOHN BOLTON, o homem que por muitos anos espumou diante da ideia de guerra com o Irã, para ser o porta-voz da nação? AMBOS OS LADOS, hein? Que piada maldita".

    A onda de críticas vem no embalo da atual crise política, social e humanitária que o Afeganistão enfrenta. Vale lembrar que o país passou quase 20 anos ocupado por tropas americanas e, agora, volta a cair sob o domínio do Talibã, a milícia fundamentalista expulsa pelo ex-presidente George W. Bush em 2001. Como bem pontuou outro tuiteiro: "A última coisa que precisamos agora é de mais pessoas brancas falando sobre o Oriente Médio como se alguma vez tivessem tido um lugar lá, para começo de conversa". E ainda fez uma sugestão ao Capitão América da vida real: "Use o seu dinheiro para financiar criadores e contadores de histórias de origem MENA".

    Com produção de Evans, do ator e cineasta Mark Kassen e do empresário Joe Kiani, Influence and Power in the Middle East estreia em 30 de agosto, com exclusividade na plataforma A Starting Point.

    Vingadores: Ultimato
    Vingadores: Ultimato
    Data de lançamento 25 de abril de 2019 | 3h 01min
    Criador(es): Joe Russo, Anthony Russo
    Com Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo
    Imprensa
    3,9
    Usuários
    4,7
    Adorocinema
    4,0
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