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    Narcos: México - Michael Peña e Eric Newman explicam como a nova temporada se difere das anteriores e aquela surpresa do episódio 5 (Entrevista exclusiva)

    Conversamos com o elenco da nova série original Netflix.

    Esqueça a Colômbia. A história de Narcos agora continua no México.

    Sem ser exatamente uma "nova temporada" da série que contou a história do Cartel de Medellín e do Cartel de Cali, Narcos: México trata-se de um novo título, uma nova série original da Netflix, mas que mantém o mesmo showrunner e a mesma equipe de produção, partindo para um outro universo, um outro país.

    De um lado desta história está o ator Michael Peña, que vive o agente da DEA Kiki Camarena e está em uma missão perigosa contra a ascensão do Cartel de Guadalajara, durante o início da década de 1980.

    Para Peña, viver um personagem com uma história pessoal como a de Camarena é um desafio, mas que aceita de bom grado: "É bem mais fácil fazer um papel em que aquilo que está em risco não é a vida ou a morte. Ele é um bom policial, ele achava que era um bom policial. Começou nop exército, queria fazer a diferença, começou nos Estados Unidos e foi transferido para o México. Cheguei a falar com a Mika Camarena e isso me abriu os olhos. Eu entendi o que faz uma pessoa despertar e ele simplesmente não gostava de injustiça."

    Já para Eric Newman, o showrunner da série, mudar de país é apenas o sentido natural.

    "Nós queríamos contar a história da Colômbia e depois seguir o fluxo da cocaína até o México. Nesta temporada, decidimos começar com a ascensão do cartel de Guadalajara. E eu acho que era muito fácil para nós, como povo, olhar para o Colômbia como um lugar muito distante de onde estávamos lutando contra as drogas. O que México representa, na história e também no nosso mundo, para os americanos, é que a linha de frente contra as drogas mudou para ainda mais perto."

    Sobre a importância de se contar a história de Narcos em um mundo com tantas divisões políticas -- e a ascensão de políticos de extrema-direita, Newman explica:

    "Existe uma tendência perigosa, independente da sua orientação política, de se separar uns dos outros. Talvez agora mais do que nunca, e vemos isso com líderes como Donald Trump, Rodrigo Duterte nas Filipinas, e talvez -- não sei muito sobre esse senhor que acaba de vencer as eleições no Brasil, mas, para algumas pessoas, é muito fácil reduzir o mundo a vencedores e perdedores. Perdedores usam drogas. E isso não é verdade. Qualquer um usa drogas. E tentar nos separar, ou encontrar uma outra razão para nos separar entre pessoas que não usam drogas e os animais, os perdedores que usam... isso fala diretamente com o que estamos fazendo de errado na luta contra as drogas e em todo o mundo. Ao invés de encontrarmos pontos de conexão humana, estamos nos distanciado de qualquer um que enxergamos como indesejável."

    Confira a entrevista completa no vídeo acima, em que Newman conta ainda como trouxe AQUELE personagem para o episódio 5. Gostou da surpresa?

    *O AdoroCinema viajou ao México a convite da Netflix.

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