Nem O Clone, Nem Roque Santeiro: A melhor novela das 21h é uma trama que fez um sucesso estrondoso e parou o Brasil!

Um time de jornalistas especializados elegeu esta produção do horário nobre, que já ganhou versão internacional, remake – e uma legião de fãs!

Se você é noveleiro de carteirinha, certamente já se pegou pensando: qual é a melhor novela de todos os tempos? A pergunta não tem uma resposta definitiva, mas o g1 resolveu encarar o desafio. Para isso, reuniu 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia para montar um ranking que elegeu a maioral e as produções mais marcante de cada horário.

Na faixa das 18h, o título de melhor novela ficou com um clássico de Walcyr Carrasco que já marcou presença várias vezes no Vale a Pena Ver de Novo: Chocolate com Pimenta (2003). Entre as novelas das 19h, o destaque foi para a irreverente Que Rei Sou Eu? (1989), que fez sucesso ao brincar com a política e tirar sarro do Brasil.

Mas é na faixa das 21h/20h que o jogo fica sério. A novela escolhida como a melhor do horário nobre também foi eleita a maior entre todos os 340 folhetins que a Globo já produziu. A resposta pode até parecer óbvia, mas a grande vencedora é uma trama que marcou gerações e trouxe críticas sobre desigualdade social, ética e corrupção: Vale Tudo (1988), é claro!

Sucesso que ganhou remake

Com uma trama envolvente, reviravoltas e personagens inesquecíveis – como a vilã Odete Roitman (Beatriz Segall), a ambiciosa Maria de Fátima (Gloria Pires) e a íntegra Raquel (Regina Duarte) –, Vale Tudo conquistou um lugar definitivo na nossa memória afetiva.

Escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a obra parou o país e, até hoje, segue como referência quando o assunto é telenovela de qualidade. Não à toa, a Globo escolheu Vale Tudo para ganhar um remake em comemoração aos seus 60 anos de história!

A história de Vale Tudo gira em torno do confronto entre a íntegra Raquel e sua filha ambiciosa, Maria de Fátima. Disposta a vencer na vida a qualquer preço, a jovem vende a casa da mãe no Paraná e parte para o Rio de Janeiro, onde seduz o milionário Afonso (Cássio Gabus Mendes), filho da poderosa e temida Odete Roitman – cujo assassinato chocou o país e gerou uma das perguntas mais famosas das novelas: Quem matou Odete Roitman?

Vale Tudo quase teve outro nome

Em um vídeo publicado no Instagram, o ex-diretor da Globo, Boni, afirmou que foi ele quem batizou Vale Tudo. “O meu querido Gilberto Braga não gostou, ele queria que fosse Pátria Minha, mas isso me parecia nome de livro de colégio”, disse. Anos depois, Pátria Minha (1994) acabou se tornando o título de outro folhetim de Gilberto.

Boni ainda contou que só conseguiu convencer o autor quando escolheu a música Brasil, de Cazuza, na voz de Gal Costa, para a abertura da novela. “Quando Gilberto Braga viu a abertura do Hans Donner junto com a música do Cazuza, ele disse: ‘Só podia ser Vale Tudo’.”

Versão internacional de Vale Tudo

No início dos anos 2000, a emissora Telemundo fechou uma parceria com a TV Globo e produziu uma adaptação internacional de Vale Tudo, intitulada Vale Todo. Essa versão em língua espanhola teve roteiro de Yves Dumont, direção de Wolf Maya e 29 atores de diferentes países latino-americanos – incluindo Antônio Fagundes!

Itatí Cantoral (Raquel), Diego Bertie (Ivan) e Ana Cláudia Talancón (Maria de Fátima)

Novela foi inspirada por clássico do cinema

Além de outras referências de Gilberto Braga, a trama sobre a mãe humilde e a filha ambiciosa de Vale Tudo foi inspirada no clássico filme noir Almas em Suplício (1945) , dirigido por Michael Curtiz, que rendeu um Oscar de Melhor Atriz a Joan Crawford.

O primeiro trabalho destes atores

Vale Tudo marcou a estreia de nomes que hoje são bastante conhecidos na TV, incluindo Marcello Novaes, Otavio Muller e Flávia Monteiro

As 10 melhores novelas das 20/21h

E se você ficou curioso para saber qual é o TOP 10 das melhores novelas exibidas na faixa das 20h/21h, segundo o ranking de especialistas do g1, o AdoroCinema te mostra: