A TV Globo está completando 60 anos – e o que não faltam são boas histórias para contar. Em meio a uma programação que cativa o público brasileiro há décadas, sempre chega aquele momento em que a família se reúne no sofá para acompanhar o que a emissora tem de melhor: as novelas. Mas e você, já parou para pensar qual é a melhor novela da Globo?
Pois bem, 60 jornalistas de cultura e especialistas em teledramaturgia pensaram nisso e ajudaram o G1 a montar um ranking que não só elegeu a melhor novela de todos os tempos, como também apontou a produção mais marcante de cada horário.
Na faixa das 19h, quem levou a melhor foi um folhetim do fim da década de 1980, que tinha figurinos extravagantes e provocações bem afiadas. Já tem um palpite?
Sucesso de Cassiano Gabus Mendes
Se você disse Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, acertou! Talvez muitos telespectadores não se lembrem – ou sequer conheçam a trama –, já que ela nunca foi reprisada na TV aberta. Mas o AdoroCinema está aqui para refrescar sua memória!
Exibida em 1989 e dirigida por Jorge Fernando, a produção mistura comédia, crítica política e farsa histórica – uma receita que se mostrou perfeita para conquistar o público e a crítica. Que Rei Sou Eu? foi um sucesso e, até hoje, é considerada um dos melhores trabalhos de seu autor.
A repercussão foi tão grande que a novela chegou a desbancar outro fenômeno da época no Troféu Imprensa: Tieta (1989), de Aguinaldo Silva.

A trama se passava entre 1786 e 1789 e era ambientada em um país europeu fictício, o reino de Avilan, que entra em crise após a morte do rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri). Com o único herdeiro sendo o filho bastardo Jean Pierre (Edson Celulari), os conselheiros reais corruptos tentam manipular a decisão da rainha Valentine (Tereza Rachel) e entregam a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes).
O golpe foi armado pelo bruxo do condado, Ravengar (Antônio Abujamra). Revoltado, Jean Pierre descobre ser o verdadeiro herdeiro do trono, fruto de um romance secreto do falecido rei com uma plebeia. A partir daí, ele lidera um grupo de revolucionários para derrubar os vilões.
A produção faz uma sátira da política brasileira da época, que passava pela transição do regime militar para a democracia. A crítica bem-humorada e a originalidade da história, ao mostrar a luta do povo contra a elite corrupta, são os grandes tesouros da novela.
Mas a melhor de todas é... Vale Tudo!
No mesmo ranking, uma novela foi a vencedora de todas as faixas – e talvez você não se surpreenda, mas a escolhida foi Vale Tudo (1988)!.
Com uma trama cativante e personagens inesquecíveis, a obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères parou o Brasil e, até hoje, é muito querida. Não à toa, a Globo decidiu fazer um remake de Vale Tudo para celebrar seus 60 anos de história!
Bateu saudade e quer rever as produções? Não se preocupe: Que Rei Sou Eu? e Vale Tudo estão disponíveis no Globoplay.