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    Disney recusou a participação de Michael Jackson na trilha sonora de O Corcunda de Notre Dame

    Na época, Michael Jackson passava por um dos momentos mais críticos de sua carreira e teve a imagem associada a polêmicas na mídia.

    O Corcunda de Notre completa 25 anos desde o lançamento em junho de 1996 e, para comemorar a data, os diretores, animadores, dubladores e outros cineastas se juntaram para conversar sobre a criação do longa-metragem. Em bate-papo moderado pelo site SlashFilm, o compositor e produtor Alan Menken revelou que Michael Jackson estava cotado para cantar algumas das canções clássicas do filme, mas a participação foi vetada pela Disney.

    Alan Menken é um dos colaboradores musicais da Disney e foi responsável por diversas trilhas sonoras de sucesso, incluindo A Bela e a Fera e A Pequena Sereia. Na conversa com o SlashFilm, ele revelou que conheceu Michael Jackson enquanto trabalhava em “A Whole New World” para Aladdin e o cantor demonstrou interesse em co-escrever a música.

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    Posteriormente, o compositor contou que o assistente de Michael Jackson ofereceu a proposta para o cantor participar da trilha sonora de O Corcunda de Notre Dame. Nessa época, o rei do pop lidava com alegações de abuso sexual infantil e estava em processo de divórcio com Lisa Marie Presley, e seu envolvimento no filme da Disney poderia trazer um efeito positivo para sua imagem na mídia e afastar seu nome de polêmicas.

    Foi quando Alan Menken decidiu estender a mão a Michael Jackson, sugerindo que os dois se encontrassem no estúdio para conversar sobre a possibilidade. O compositor relatou: “Tinha três músicas. Uma era ‘Out There’, outra era ‘God Help the Outcasts’ e ‘Someday’. Michael disse: ‘Eu gostaria de produzir as músicas e gravar algumas delas’. Uau. Ok. O que fazemos agora? Michael foi embora e entramos em contato com a Disney. Foi como se alguém jogasse algo quente em uma tigela frágil com explosivos.”

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    Após prometer entrar em contato com Alan Menken, a Disney finalmente retornou com uma resposta negativa, fazendo com que o compositor ficasse sem jeito de dar a notícia ao cantor: “A Disney não quer fazer isso com Michael Jackson. [E então] eu disse: 'Ok, alguém poderia dizer isso a ele?' Você podia ouvir um alfinete cair, [não tinha] nenhuma resposta, e ninguém o fez. Coube ao meu falecido empresário, Scott Shukat, contar a Michael ou ao advogado de Michael.”

    Por fim, Alan Menken defendeu o posicionamento da Disney, mas acreditava que Michael Jackson tinha tudo a ver com o projeto: “Em retrospecto, foi a decisão certa. [Mas] Quasimodo é um personagem que se você olhar para seus relacionamentos com sua família e seu pai, eu acho que há muita identificação aí.”

    O Corcunda de Notre Dame conta uma história sombria

    O Corcunda de Notre Dame foi um dos filmes da era "Renascença da Disney" e que acabou sendo ofuscado por filmes de animação mais populares como Aladdin e O Rei Leão. O longa-metragem, vagamente baseado no romance de Victor Hugo, apresentava um enredo sombrio e tinha menos violência do que a versão gótica francesa do famoso autor, abordando ainda temas mais “políticos”, incluindo conflitos religiosos parisienses.

    A história acompanha um homem fisicamente deformado e gentil chamado Quasimodo, que é o responsável por tocar os sinos na Catedral de Notre Dame. Ele foi criado pelo antagonista Juiz Claude Frollo, o super-conservador Ministro da Justiça, que trata Quasimodo como se ele fosse um monstro devido à sua aparência. O tocador de sinos embarca em uma jornada selvagem com um grande elenco de personagens, incluindo a dançarina de rua, Esmeralda, e um bando de gárgulas patetas.

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