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    Guia do Festival de Berlim 2019

    Descubra as críticas, notícias e os principais filmes exibidos na 69ª edição do festival alemão.

    Filmes brasileiros

    O cinema nacional se destaca com doze obras selecionadas:

    Marighella, de Wagner Moura (Mostra Competitiva, fora de competição)

    A biografia do militante Carlos Marighella (Seu Jorge) vai levar a Berlim os anos de chumbo da ditadura militar, desde a tomada de poder pelos militares até o assassinato do protagonista numa emboscada. A estreia de Wagner Moura está cercada de controvérsias por seu tema político, e o cineasta já afirmou que a produção deve incomodar "tanto a direita quanto a esquerda".

    Divino Amor, de Gabriel Mascaro (Mostra Panorama)

    Após as excelentes críticas no festival de Sundance, o "conto religioso pouco ortodoxo" do diretor de Boi Neon chega a Berlim. Dira Paes interpreta a funcionária de um cartório que, por convicção religiosa, tenta evitar que as pessoas registrem seus divórcios. Ao mesmo tempo, espera de Deus uma recompensa por seus esforços. Quando enfrenta problemas com o marido (Júlio Machado), suas convicções são testadas.

    Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes (Mostra Panorama)

    Depois de apresentar Joaquim na Mostra Competitiva, Gomes retorna com um documentário sobre os conflitos socioeconômicos na pequena cidade de Toritama, em Pernambuco. Enquanto os funcionários trabalham na confecção de calças jeans, sonham em ter uma pausa para aproveitar o Carnaval - mesmo que tenham que investir os poucos ganhos do trabalho nos momentos de folga.

    Greta, de Armando Praça (Mostra Panorama)

    Nesta história de homoafetividades, Marco Nanini interpreta Pedro, um enfermeiro gay preocupado com a saúde de sua vizinha transexual, Daniela. Quando esta precisa urgentemente de uma vaga num hospital superlotado, Pedro retira um paciente em segredo e leva-o para a sua própria casa, na intenção de liberar o leito à amiga. Aos poucos, nasce um relacionamento entre o enfermeiro e o novo hóspede.

    Chão, de Camila Freitas (Mostra Forum)

    O documentário observa ao longo de quatro anos os conflitos agrários no centro do país pelo ponto de vista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Enquanto eles lutam pela possibilidade de adquirir o terreno de uma usina abandonada, enfrentam forte pressão dos latifundiários que pretendem dissolver o movimento e pôr fim à ocupação. 

    Querência, de Helvécio Marins Jr. (Mostra Forum)

    Numa mistura de documentário e ficção, o diretor retrata o universo de Marcelo (Marcelo Di Souza), o funcionário de uma fazenda responsável pelos cuidados com o gado e as galinhas. Quando alguém rouba vários animais durante a noite, Marcelo sofre o baque, às vésperas de um grande rodeio animado por ele e o amigo. Um retrato melancólico da vida rural às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff.

    A Rosa Azul de Novalis, de Gustavo VinagreRodrigo Carneiro (Mostra Forum)

    Logo após sua exibição na Mostra de Tiradentes, o provocador filme nacional apresenta o corpo e as ideias de Marcelo Diório, artista sem pudores ao abordar o sexo, a nudez e os relacionamentos gays. Dentro de um apartamento, o performer evoca passagens da sua vida misturadas a trechos de sua arte. Uma experiência autoconfessional do diretor de Nova Dubai

    Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai (Mostra Geração)

    O documentário nacional retorna ao ano de 2013 para entender de que modo os adolescentes e pré-adolescentes foram fundamentais nas reviravoltas políticas do país, desde o movimento para impedir a reforma educacional do governo Alckmin até a tentativa de frear os gastos em educação pelo governo Temer.

    O Ensaio, de Tamar Guimarães (Mostra Forum Expanded)

    Este filme-ensaio de 51 minutos de idade acompanha a montagem de uma peça de teatro a partir do clássico "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Nesta mistura entre cinema, literatura e artes cênicas, Isabél ZuaaJulia IaninaGermano Melo retratam as dificuldades do processo de composição e as barreiras específicas encontradas por mulheres negras no país.

    Breve Historia del Planeta Verde, de Santiago Loza (Mostra Panorama)

    Nesta curiosa obra produzida majoritariamente pela Argentina, uma mulher transexual, moradora de uma pequena cidade faz uma descoberta surpreendente: antes de morrer, sua mãe idosa cuidava de um extraterrestre roxo do tamanho de um bebê. Tania e suas amigas decidem fazer uma viagem com a criatura para devolvê-la ao seu local de origem.

    La Arrancada, de Aldemar Matias (Mostra Panorama)

    O documentário retrata uma família em Cuba, composta pela filha Jennifer, prestes a completar 20 anos de idade e investindo na carreira do atletismo, a mãe Marbelis, cujo marido está na prisão, e o irmão Yeyo, que sonha em abandonar o país. Juntos, eles revelam onde gostariam de estar dentro de dez anos. O Brasil participa como produtor minoritário, ao lado da França e de Cuba. 

    Rise, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (Berlinale Shorts)

    O único curta-metragem brasileiro em competição se foca em um grupo de jovens de origem caribenha que ocupa o espaço público em Toronto para exibir uma mistura de poesia, hip hop e dança. Os cineastas apresentam um documentário experimental para registrar o empoderamento da juventude negra e imigrante através do movimento R.I.S.E. (Reaching Intelligent Souls Everywhere).

    Além dos filmes brasileiros acima, descubra outros destaques das principais mostras paralelas:

    Mostra Panorama

    Light of My Life, de Casey Affleck (Estados Unidos)

    Mid90s, de Jonah Hill (Estados Unidos)

    The Souvenir, de Joanna Hogg (Reino Unido)

    What She Said: The Art of Pauline Kael, de Rob Garver (Estados Unidos)

    Mostra Forum

    Demons, de Daniel Hui (Singapura)

    Die Kinder Der Toten, de Kelly Cooper e Pavol Liska (Áustria)

    Monsters, de Marius Olteanu (Romênia)

    Our Defeats, de Jean-Gabriel Périot (França)

    Serpentário, de Carlos Conceição (Angola / Portugal)

    Mostra Geração

    Baracoa, de Pablo Briones e The Moving Picture Boys (Suíça)

    By the Name of Tania, de Bénédicte LiénardMary Jiménez (Bélgica / Holanda)

    The Crossing, de Bai Xue (China)

    Knives and Skin, de Jennifer Reeder (Estados Unidos)

    Where We Belong, de Jacqueline Zünd (Suíça)

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