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    Star Wars Rebels revela que os Jedi também podem viajar no tempo

    Entenda a origem da habilidade no canon e como isso pode influenciar o Episódio IX.

    Lucasfilm

    Cada vez mais, a saga Star Wars está expandindo o conceito da Força e os poderes que seus usuários possuem. Em Star Wars - Os Últimos Jedi, por exemplo, vimos Leia (Carrie Fisher) voando pelo espaço para se salvar e testemunhamos Luke Skywalker (Mark Hamill) projetando a si mesmo através do espaço para enfrentar seu sobrinho Kylo Ren (Adam Driver) e salvar a Resistência.

    Muitas dessas "novidades", criticadas por inúmeros fãs, têm precedentes em livros canônicos da franquia, como a obra "O Caminho Jedi", que serve como um manual de treinamento da Ordem Jedi. Enquanto isso, pela primeira vez, a saga Star Wars revelou uma parte da mitologia que nunca tínhamos visto antes nas telonas e telinhas: viajar através do tempo.

    Os episódios "Wolves and a Door" e "A World Between Worlds" da quarta temporada de Star Wars Rebels revelaram que a Força permite que seus usuários viagem no tempo. Para quem não sabe, a série animada é situada entre A Vingança dos Sith e Uma Nova Esperança.

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    Atenção: o texto a seguir contém spoilers de Star Wars Rebels.

    Na trama de Rebels, o aprendiz de Jedi Ezra Bridger (Taylor Gray) descobre a entrada de um antigo templo Jedi no seu planeta natal, Lothal. Ele abre uma porta misteriosa e encontra em um vasto mundo repleto de vias e portais que permutam entre o espaço e o tempo.

    Ao percorrer esse espaço negro quase infinito com linhas brancas definindo os caminhos (talvez com um pézinho de influência em Tron), Ezra ouve sussurros de pessoas de toda a saga Star Wars: Yoda (Frank Oz), Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), Qui-Gon Jinn (Liam Neeson), Anakin Skywalker (Hayden Christensen). Basicamente, os Jedi que exitiram antes desse momento no tempo. Mas, então, ele escuta vozes do futuro: Obi-Wan Kenobi (Alec Guinness) falando com Luke Skywalker, Princesa Leia, Maz Kanata (Lupita Nyong'o) e até Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren — personagens que não existirão nesse universo por décadas, mas cujas vozes e ações já reverberaram nesse tempo.

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    Conforme o Ministro Imperial Hydan (Malcolm McDowell) explica do lado de fora, o templo é o caminho para todo o espaço e o tempo e quem o controla, controla o universo. Não é a toa que o Imperador Palpatine (Ian McDiarmid) o quer para si — e aparece em um dos portais para Bridger, estranhamente sabendo o nome dele.

    Finalmente, do lado de dentro, Ezra alcança um portal (alô, Stargate!) que mostra uma cena da segunda temporada de Rebels: a ex-aprendiz de Jedi e líder da Rebelião, Ahsoka Tano (Ashley Drane), duelando seu antigo mestre, Anakin Skywalker, também conhecido como Darth Vader. Bridger também se vê como um homem mais novo, confirmando que esta é realmente a batalha que ele testemunhou no passado. Então, Ezra atravessa o limiar, puxando Ahsoka para fora da luta e para o templo a fim de salvá-la de Vader.

    Assista:

    Calma, antes de achar que a saga Star Wars está indo longe demais e fazendo um estranho crossover entre Stargate e Doctor Who, confira a explicação. Há precedente no canon de Guerra nas Estrelas.

    Nas séries animadas

    De acordo com o mural do lado de fora do templo, o local parece ter sido construído por uma família misteriosa e desafiadora de poderosos usuários da Força do planeta Mortis — conhecido apenas como Pai, Filha e Filho.

    Este trio foi apresentado pelo próprio George Lucas durante a série Clone Wars, juntamente com o showrunner Dave Filoni (que também comanda Rebels). Na ocasião, eles estavam lá para testar se Anakin Skywalker era o verdadeiro "escolhido", e deu ao jovem Jedi uma visão de seu terrível futuro como Vader (que depois foi apagado de sua mente). Nós não vimos o trio Mortis desde então, e sua origem continua inexplicada. Mas a visão futura indicava claramente que eles tinham algum tipo de poder sobre o tempo.

    Nos livros

    Na série de livros conhecidos como "Legends", os personagens Jacen Solo e Ben Skywalker são capazes de usar um poder raro chamado "flow walking" para ver (mas não mudar) o passado e o futuro. No livro de 2006, "Bloodlines", Jacen volta a ver o avô Anakin Skywalker sendo treinado pela ordem Jedi.

    Esses livros não fazem mais parte da saga oficial de Star Wars (tanto que essas crianças não existem nos filmes e foram efetivamente combinados no personagem de Ben Solo, também conhecido como Kylo Ren). No entanto, a Lucasfilm deixou claro que os roteiristas da Star Wars são livres para escolher elementos do vasto arquivo Legends para reutilizar daqui para a frente — então é possível que ainda vejamos o "flow walking" nas telas.

    O que vimos no templo em Star Wars Rebels parece ser mais ativo do que o "flow walking", considerando que Ezra realmente mudou o passado salvando Ahsoka. Ainda assim, não é como se a habilidade de viajar no tempo fosse inteiramente inédita na longa história de Star Wars.

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    Nos filmes

    A visão que Rey tem em O Despertar da Força e sua viagem à caverna subterrânea em Os Últimos Jedi também possuem aspectos de viagem no tempo. No primeiro, ela vê breves fragmentos de passado e futuro de longa distância; no segundo, uma série de versões de si mesma no passado e no futuro. 

    Além disso, a visão que Luke tem em Dagobah em O Império Contra-ataca — de seus amigos sendo torturados na Cidade das Nuvens — também pode ter sido um vislumbre do futuro.

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    E o que isso quer dizer para o Episódio IX?

    Obviamente, a revelação de viagem no tempo têm grandes ramificações para Rebels e os três episódios finais da série, mas também pode significar mudanças na saga principal de Guerra nas Estrelas — especialmente no próximo e possivelmente último filme da história dos Skywalker, Episódio IX.

    Os Últimos Jedi passou muito tempo nos apresentando as novas habilidades da Força — da conexão telecinética de Rey e Kylo à projeção astral de Luke na batalha final do filme. Esses usos "radicais" da Força foram controversos, mas estão de acordo com o Templo Lothal e seus poderes. Há quem diga que o diretor J.J. Abrams poderia usar a viagem no tempo para justificar supostas "atrocidades" de Rian Johnson no filme anterior. Mas a ideia é ir muito além disso.

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    Rumores apontam que o filme dirigido por Abrams vai unir as três trilogias da franquia. Assim, não seria novidade se os portais vistos no Templo Lothal fossem uma forma de conectar as três eras de Star Wars. Seja para explicar um salto temporal ou unir a trama aos próximos filmes da franquia, que devem ser independente da história central dos Skywalker.

    Star Wars Rebels e outros cânones já foram usados ​​para apresentar coisas que posteriormente apareceriam em filmes. Os quadrinhos do "Shattered Empire", por exemplo, apresentaram as árvores da Força, que acabariam desempenhando um papel em Os Últimos Jedi. Já o livro "Leia, Princess of Alderaan" apresentou aos fãs uma heroína da resistência, Amilyn Holdo, meses antes de ela ser vista na pele de Laura Dern no Episódio VIII. Rebels também deram uma palhinha do "vôo da Força" usado pela Princesa Leia nesse mesmo filme.

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    Então, por que a equipe não usaria os episódios finais de uma série animada para dar vida a um conceito que mudaria a forma da galáxia para sempre? Isso conectaria de uma vez por todas o mundo de Rebels ao principal cânone do filme Star Wars

    Já imaginou se Rey, desesperada por respostas, fosse procurar o Templo de Lothal depois da destruição do Templo em Ahch-To? Ou talvez Kylo descubra um holograma antigo que mencione o Templo e seus poderes, e vá lá para tentar se conectar com seu avô? Por mais que o local tenha sido destruído em Rebels, as possibilidades são infinitas.

    Quanto às respostas, só saberemos no dia 19 de dezembro de 2019, quando o Episódio IX chegar aos cinemas. Enquanto isso, Star Wars Rebels é exibido no Brasil pelo Disney XD.

     

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