A comédia nacional tem tamanha importância que uma categoria específica é necessária para se fazer jus à sua grande produção cinematográfica no país. Relembre os melhores filmes do gênero exibidos entre janeiro e setembro e escolha mais esse vencedor do primeiro Melhores do AdoroCinema.
Melhor Comédia Nacional
Domingos Montagner deixou saudade não só por sua atuação como o Santo da novela "Velho Chico". O ator teve destaque em dois bons filmes cômicos. No primeiro deles, Domingos se une ao casal de "Retrato Falado" — a atriz Denise Fraga e o diretor Luiz Villaça — para estrelar uma comédia doce, muito divertida, rica em representação e com boas resoluções visuais (mesmo sutis) em estúdio e da cidade de São Paulo. Grata surpresa.
A grande jogada de marketing do cinema nacional em 2016 não foram as manifestações políticas de Kleber Mendonça Filho com o elenco de Aquarius, mas a declaração de amor de (Gregório Duvivier para sua ex-mulher e par romântico, Clarice Falcão. nessa comédia melancólica, que aborda saudavelmente as dualidades entre Rio e São Paulo.
Julia Rezende, de Meu Passado Me Condena e Ponte Aérea, é a diretora da outra comédia com Domingos Montagner. Ele vive Corvo, "uma espécie de Sidney Magal dark" contratrado por Chico (Caco Ciocler) para conquistar sua própria esposa, Nena (Ingrid Guimarães). Uma comédia de situação com seus momentos, estrelada por um bom elenco, que acerta como um despretensioso passatempo.
Porta dos Fundos - Contrato Vitalício
A trupe de comédia mais bem-sucedida da internet lançou seu primeiro filme em 2016 — e, apesar de ter dividido opiniões, agradou bastante à crítica do AdoroCinema. O Porta dos Fundos dribla o problema do formato de seus esquetes curtos e lança um longa-metragem eficiente em sua crítica (embora com afeto autoindulgente) ao mundo do espetáculo.
Caíto Ortiz buscou num jovem clássico alternativo da culinária nacional, "Larica Total", o grande protagonista de sua ótima comédia de erros. Ao lado do hilário Paulo Tiefenthaler, tantos outros atores em papéis patéticos exaltam o absurdo inerente ao roubo da taça Jules Rimet e os aspectos que marcam a corrupção institucionalizada nos mais diferentes órgãos do Brasil.
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