O dia em que Denis Villeneuve respondeu de forma categórica a uma crítica de Quentin Tarantino: "Não me importo"
Rafael Felizardo
Rafael Felizardo
-Redator | Crítico
Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

Responsável por filmes como Bastardos Inglórios e Django Livre, Tarantino possui uma personalidade afiada.

Responsável por sucessos como Pulp Fiction e Cães de Aluguel, Quentin Tarantino é um diretor conhecido por sua língua ácida. No passado, ele chegou a criticar o “remake” de Duna, de Dennis Villeneuve, afirmando que se recusava a assistir ao filme pois já tinha visto o projeto original de David Lynch.

“Vi Duna [de David Lynch] algumas vezes. Não preciso ver essa história de novo. Não preciso ver vermes da areia. Não preciso ver um filme que use a palavra 'especiaria' de forma tão dramática”, colocou ele (via GeekTyrant).

Assim, durante uma sessão de perguntas e respostas realizada em 2024 com alunos da Escola de Cinema Mel Hoppenheim, da Universidade Concordia, no Canadá, Villeneuve foi questionado sobre os comentários de Tarantino. Categoricamente, o diretor de Blade Runner 2049 respondeu:

“Eu não me importo. É verdade. Concordo com ele que não gosto dessa ideia de reciclar e trazer de volta ideias antigas. Mas discordo em um ponto: o que eu fiz não foi uma refilmagem. É uma adaptação do livro. Vejo isso como uma obra original.”

Villeneuve ainda continuou:

“Mas somos seres humanos muito diferentes. Cada um tem sua própria opinião a respeito do assunto.”

"Não vai render um centavo": Quentin Tarantino rejeitou impiedosamente esta mega estrela em Pulp Fiction

QUAL É A HISTÓRIA DE DUNA?

Inspirado na aclamada série de livros de Frank Herbert, Duna segue o jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet), cuja nobre família assume a administração do inóspito planeta desértico Arrakis - a única fonte do universo da especiaria vital intitulada "melange". Quando a família do rapaz é traída por rivais e pelo Imperador, Paul e sua mãe (Rebecca Ferguson) são forçados a fugir para o deserto, juntando-se a nativos para iniciar uma jornada messiânica.

Enquanto a versão de Villeneuve, lançada em 2021, tornou-se um grande sucesso, a de Lynch, de 1984, seguiu por um caminho contrário. Em vida, Lynch sempre deixou claro que Duna foi um de seus grandes erros no cinema.

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