James Mangold é um diretor que faz de tudo e não se limita a um gênero. Seja um thriller policial melancólico (Cop Land), um drama psicológico vencedor do Oscar (Garota, Interrompida), uma emocionante biografia sobre um músico (Johnny & June), um duelo envolvente de faroeste (Os Indomáveis) ou uma das melhores (e mais brutais) aventuras da Marvel (Logan), Mangold produziu filmes de primeira linha em praticamente todos os gêneros – e isso se estende para o suspense de terror Identidade, que não perdeu nada de sua força mesmo mais de 20 anos após seu lançamento.
Identity, no original, está disponível para compra no Prime Video – e nós o recomendamos aos fãs de produções do gênero habilmente construídas, com reviravoltas a cada esquina, em especial se este destaque de orçamento baixo, apesar de seu elenco repleto de estrelas, até agora não lhe passou despercebido.
Este fracasso cinematográfico que custou mais de 300 milhões à Disney ressurge em 2025: Streaming dá ao filme segunda chance inesperadaÉ disso que se trata Identidade
Em uma noite escura e tempestuosa, dez completos estranhos ficam presos em um motel remoto, incluindo o ex-policial Ed (o astro dos anos 90 e 2000, John Cusack, talvez em seu melhor papel), Rhodes (Ray Liotta), que está viajando com um serial killer (Jake Busey), a prostituta Paris (Amanda Peet) fugindo de sua antiga vida, e o chefe de família George (o favorito dos fãs de Scrubs, John C. McGinley). Isolados do mundo exterior, uma misteriosa série de assassinatos logo eclode.
Um por um, eles morrem em circunstâncias estranhas. Qual deles está mirando nos outros? E como os eventos brutais se relacionam com a nova audiência do criminoso já condenado Malcolm Rivers (Pruitt Taylor Vince)?
Columbia Pictures
Thriller encontra terror – com um fundo duplo
O enredo intercalado com a audiência mencionada sugere logo de cara que Identidade não é um thriller comum. Mas a direção eficaz de Mangold também eleva o quebra-cabeça assassino da monotonia do gênero. Isso começa com as introduções divertidas e entrelaçadas de flashbacks dos personagens principais, que revelam tantas informações sobre eles quanto necessário para os 90 minutos de ação seguintes, muito nítidos, despertarem o interesse em seus verdadeiros motivos e destino.
Além do elenco proeminente, isso também se deve ao mistério construído em seu centro e às muitas reviravoltas que afetam não apenas a trama em si, mas também os personagens. O que de início parece um slasher policial convencional, logo assume outra camada. Toda vez que você acha que descobriu o que está acontecendo, uma nova peça inesperada do quebra-cabeça é apresentada, lançando os personagens e/ou a história sob uma nova luz – até que uma mega reviravolta, insinuada, mas no final surpreendente, vira tudo de cabeça para baixo.
E isso nem é o fim da trama, já que o diretor ainda deixa seu público com um choque final que não será esquecido tão cedo. Apesar dessa série de reviravoltas, é precisamente a premissa verdadeira, revelada de modo gradual, que garante que as mudanças não pareçam arbitrárias e ultrajantes, mas, em última análise, criem um quadro geral coerente.
Esqueça Luke, Leia e Han Solo! Novo filme de Star Wars terá história nunca vista na franquia de ficção científica e novidades para os fãsNão há tempo para recuperar o fôlego. Identidade não tem um pingo de substância em sua estrutura narrativa, oferecendo ação nítida e de alta tensão do início ao fim, com uma atmosfera assustadora de teatro de câmara para evocar. Uma das muitas adições à já impressionante filmografia de James Mangold, então não é de se admirar que a Disney o tenha contratado não apenas para dirigir Indiana Jones e A Relíquia do Destino, mas agora também para uma nova aventura de Star Wars que gira em torno das origens dos Jedi.