A vitória de Flow na categoria de animação no recente Oscar foi especialmente comemorada por muitos, mas principalmente pelos fãs de um estilo de narrativa que não teve o melhor ano. Embora a alternativa de Robô Selvagem também seja muito louvável, os grandes estúdios de animação deixaram algo a desejar em 2024.
Por longos períodos de tempo, houve uma seca significativa em termos de títulos interessantes ou execuções dignas de nota, com muitos trabalhos menores que geralmente eram sequências ou spin-offs ruins. Em um cenário como esse, é até uma surpresa acabar levemente convencido por algo como Transformers: O Início.
A prequela animada do universo de Transformers era algo que muitos de nós não dávamos a mínima, mas acabou sendo mais estimável do que muitos episódios recentes de uma das franquias de maior bilheteria. As vozes de Chris Hemsworth e Brian Tyree Henry nos conduzem pelas origens desses personagens, que você encontra com facilidade no streaming Paramount+.
A ação se passa no planeta Cybertron durante seu apogeu, seguindo as versões jovens de Optimus Prime e Megatron, aqui conhecidos como Orion Pax e D-16, e formando uma amizade aparentemente inquebrável. Ambos querem provar que são mais do que simples robôs mineradores, mas a organização rígida da cidade os limita consideravelmente. Poucos suspeitam que os dois podem ser a última esperança do planeta.
A partir da extensa e obscura história profunda dos brinquedos Transformers, a equipe encarregada de criar o que poderia facilmente ter sido uma prequela animada descartável consegue apresentar uma história meio consistente. Uma história com suas esperadas referências e uma fórmula de amizades conflitantes em meio a um mundo em que nem tudo é tão idílico quanto parece, que consegue transformar em algo meio interessante.

Uma perspectiva diferente
Embora tenha dificuldades no início para vender seus aspectos interessantes, Transformers: O Início estabelece gradualmente virtudes marcantes e uma narrativa de colaboração da classe trabalhadora diante de uma ameaça maior. Josh Cooley mostra a perspectiva em um filme que poderia muito bem ter sido feito sem ela, tornando-o mais interessante do que tem o direito de ser, como fez com Toy Story 4.
O diretor se confirma como um daqueles nomes que devem estar no radar de quem acompanha animação e consegue aqui um dos melhores filmes da mais popular saga robótica. Sem apresentar nada de excelente, ele consegue algo louvável com essa encomenda, além de mostrar que tem algo a dizer.
*Conteúdo Global do AdoroCinema