Quentin Tarantino divide as obras cinematográficas que dominam a temporada anual de premiações em duas categorias: "filmes descolados", que geralmente acabam de mãos abanando ou premiados em categorias secundárias, e o mainstream de Hollywood, que, apesar da mediocridade, acaba levando os grandes prêmios. Mas, para o diretor, houve um ano que quebrou essa regra - e mudou o Oscar para sempre.
Em 2000, um filme queridinho do cinema independente dominou a cerimônia: Beleza Americana, com o qual Sam Mendes fez sua estreia na direção. A sátira suburbana ganhou um total de cinco Oscars (incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Ator para Kevin Spacey), superando produções de prestígio como À Espera de um Milagre e Regras da Vida. Uma mudança radical - pelo menos é o que Tarantino pensa.

"Quando Beleza Americana ganhou o prêmio de Melhor Filme, foi o começo de um novo dia", disse o diretor em uma conversa com o roteirista e cineasta Brian Helgeland (via The New York Times). “O filme azarão e descolado finalmente venceu. Antes - e isso é uma generalização, mas acho que é verdade - havia o filme favorito, com mais cara de Hollywood, e o filme mais descolado. Mas o filme de Hollywood sempre recebeu mais respeito dos críticos medíocres.”
Pelo menos em uma categoria o “filme descolado” leva vantagem: “Sempre ganha o prêmio de roteiro. Esse foi o seu prêmio de consolação por ser descolado.” Dado que Tarantino já ganhou dois Oscars de roteiro (por Pulp Fiction e Django Livre), mas nenhum de seus títulos levou a estatueta de Melhor Filme, ele provavelmente estava se referindo ao próprio trabalho com a declaração!

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