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    Com cinema lotado, estreia de Meu Nome é Gal homenageia gigantes da música e relembra terrores da ditadura militar
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Estrelado por Sophie Charlotte, o filme chegou ao Festival do Rio 2023 neste sábado.

    A primeira noite de sábado do Festival do Rio 2023 rendeu centenas de lágrimas, aplausos e um quentinho no coração compartilhado na sala do Cine Odeon. Meu Nome é Gal, um dos filmes nacionais mais aguardados da seleção, não falhou em provocar todas essas sensações na sessão de 19h30.

    A estreia do filme de Dandara Ferreira e Lô Politi levou seis anos para finalmente acontecer e garantiu um espaço de destaque no Festival do Rio, com diversos convidados relevantes na sala, incluindo o próprio elenco, formado por Sophie Charlotte, Rodrigo Lelis, Camila Márdila, Dan Ferreira, Luis Lobianco, entre outros.

    A sessão começou com uma linda homenagem de fãs da Gal Costa, que levantaram bandeiras (literalmente) com a frase "Viva Gal", fazendo com que a sala fosse tomada por aplausos. A mesma reação emocionada do público se repetiu ao longo do filme, sempre ao fim de cada música de Gal cantada magistralmente na voz de Sophie Charlotte.

    Meu Nome é Gal
    Meu Nome é Gal
    Data de lançamento 12 de outubro de 2023
    Criador(es): Dandara Ferreira, Lô Politi
    Com Sophie Charlotte, Rodrigo Lelis, Camila Márdila
    Imprensa
    3,5
    Usuários
    3,1
    Adorocinema
    3,5
    Assista agora

    O filme, que chega aos cinemas oficialmente em 12 de outubro, é um acalento para os fãs de grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e, claro, Gal Costa.

    Ao mesmo tempo, Meu Nome é Gal deixa um gosto amargo quando relembra os terrores da ditadura militar no Brasil, nos deixando alerta o tempo todo sobre os riscos que os referidos artistas estavam sofrendo ao se manifestarem contra a repressão (mesmo que já saibamos como tudo terminou).

    As caracterizações não deixaram a desejar e, apesar de pincelar um pouco rápido demais alguns momentos-chave da carreira da cantora, o longa-metragem dá um gostinho de quem ela foi e o que ela acreditava — acima de tudo, o quanto era devota à música.

    “Ela (Gal) merecia ter assistido a este filme, merecia saber o quanto ela é amada”, foi a frase que ouvi de Giovanna Ribeiro, também repórter do AdoroCinema, que estava sentada ao meu lado e chorando incessantemente no final da sessão. Eu apenas concordei.

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