Festival de Cinema de Cannes 2023 começou oficialmente nesta terça-feira (16), um dos mais prestigiados festivais de cinema, que acontece até 27 de maio. E a boa notícia é que o Brasil está na seleção oficial desta 76ª edição, representado por quatro produções na premiação com Ruben Östlund, de Triângulo da Tristeza, como presidente do júri.
Firebrand, de Karim Aïnouz
O novo filme de Karim Aïnouz, Firebrand, vai disputar a Palma de Ouro e tem Jude Law e Alicia Vikander no elenco. Baseado no best-seller de Elizabeth Fremantle, o filme acompanha os conflitos no casamento da sexta e última esposa do rei Henrique VIII.
Na sangrenta Inglaterra Tudor, Katherine Parr (Alicia Vikander), a sexta e última esposa do rei Henrique VIII, é nomeada regente enquanto o tirano luta no exterior. Ela fez tudo o que pôde para promover um novo futuro baseado em suas crenças protestantes radicais. Quando um rei cada vez mais doente e paranoico retorna, ele volta sua fúria contra os radicais, acusando a amiga de infância de Katherine de traição e a queima na fogueira. Horrorizada e triste, Katherine se vê lutando por sua própria sobrevivência enquanto a conspiração reverbera pelo palácio. Com a esperança de um futuro livre de tirania em risco, Katherine se submeterá ao inevitável pelo bem do rei e consequentemente do país?
Lembrando que o diretor Karim Aïnouz venceu anteriormente a mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar) do Festival de Cannes pelo filme A Vida Invisível em 2019.
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho
O diretor Kleber Mendonça Filho, que levou anteriormente o Prêmio do Júri em Cannes por Bacurau em 2019 ao lado de Juliano Dornelles, volta ao renomado festival com sua nova produção chamada Retratos Fantasmas, que será exibida fora de competição.
Retratos Fantasmas é um documentário ambientado no centro do Recife, no século 20. Com imagens de arquivo, fotografias e registros em movimento, o filme explora a história do centro da cidade, contada a partir das salas de cinema que movimentavam a população e ditavam comportamentos.
A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora
A Flor do Buriti, dirigido por João Salaviza e Renée Nader Messora, será exibido na mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar). Eles também foram premiados anteriormente no Festival de Cannes por Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos em 2018, com o Prêmio Especial do Júri da mesma mostra onde a nova produção será exibida.
O filme acompanha os últimos 80 anos dos Krahô, na comunidade da aldeia Pedra Branca. Explorando desde o massacre ocorrido em 1940 – perpetradas por dois fazendeiros da região, onde morreram dezenas de indígenas – o documentário aborda como as violências praticadas naquele momento continuam ecoando na memória das novas gerações, que ainda resistem e seguem em luta pela Terra Indígena Kraolândia, em Tocantins.
Levante, de Lillah Halla
Por fim, o brasileiro Levante, de Lillah Halla, será exibido na Semana da Crítica de Cannes – festival paralelo selecionado pelo Sindicato Francês dos Críticos de Cinema. Este é o primeiro longa de Halla, que estreou em Cannes em 2020 com o curta Menarca.
Às vésperas de um campeonato decisivo para o futuro de sua carreira como esportista, a promissora jogadora de vôlei Sofia (Ayomi Domenica Dias) enfrenta uma gravidez indesejada. Buscando um aborto, ela se torna alvo de um grupo fundamentalista determinado a detê-la a qualquer custo. Mesmo com toda a tensão, Sofia não está disposta a desistir de sua decisão e escolha: de que não pode virar mãe, não neste momento.