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    Os Bons Companheiros
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    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.417 seguidores 456 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de outubro de 2023
    Os Bons Companheiros (Goodfellas) 1990

    "Os Bons Companheiros" é dirigido por Martin Scorsese, escrito por Nicholas Pileggi e Scorsese, e produzido por Irwin Winkler. O longa-metragem é baseado em uma história real, cuja adaptação cinematográfica é feita a partir do livro de não ficção de 1985, "Wiseguy", de Nicholas Pileggi. Estrelado por Robert De Niro, Ray Liotta, Joe Pesci, Lorraine Bracco e Paul Sorvino, o filme narra a ascensão e queda do associado da máfia Henry Hill (Liotta) e seus amigos e familiares de 1955 a 1980.

    Considerar o Martin Scorsese como um mestre, como um verdadeiro gênio da sétima arte, é mais do que natural. Não é à toa que muitas pessoas e muitos críticos de cinema consideram o Scorsese como "o maior diretor de cinema do mundo ainda vivo". Eu sou uma dessas pessoas que concorda plenamente com esta afirmação, porém eu colocaria mais dois nomes ao lado de Scorsese: James Cameron e Steven Spielberg. Fato é que Scorsese é um verdadeiro mestre quando o assunto é cinema, pois ele foi o responsável por algumas das maiores obras do que hoje é conhecido como cinema moderno. De acordo com o mesmo gosto pessoal, "Táxi Driver" (1976) é o suprassumo de todas as obras-primas do Scorsese até hoje, e figurando na segunda posição vem justamente a obra-prima "Os Bons Companheiros". A partir daí temos outras belíssimas obras-primas do mestre, mas estes dois citados estão indiscutivelmente no topo.

    É interessante notar que em 1990, todo o planeta já tinha visto tudo de melhor que já havia sido lançado desse gênero de máfia e gângster. Ou seja, os verdadeiros clássicos do cinema como "Scarface" (1983), "Era Uma Vez na América" (1984), "Os Intocáveis" (1987) e o maior de todos - "O Poderoso Chefão" (1972). Foi exatamente diante desse cenário que Scorsese planejou e idealizou sua obra, já que ele também queria cravar o seu nome na história dos filmes de gângsteres, uma vez que existe uma história que Scorsese foi chamado para dirigir um dos filmes da franquia "O Poderoso Chefão", mas acabou não dando certo. Dessa forma o Scorsese mostra todo o seu talento na arte cinematográfica ao exibir o seu perfil de cineasta autoral e vasculhar os diversos níveis do crime organizado norte-americano, nos entregando simplesmente um dos maiores filmes da história do cinema, principalmente no gênero gângster.

    "Os Bons Companheiros" é uma obra que soa muito intimista, muito peculiar para o Scorsese. Uma obra autoral, familiar, que traduz toda a história do seu crescimento, já que ele teve a sua infância dentro desse ambiente, vindo diretamente de seus pais que eram sicilianos. Ou seja, "Os Bons Companheiros" é um filme que revive a infância do Scorsese, que mostra para todos que as escolhas existem na vida de cada um, tanto para o lado bom quanto para o lado ruim. Eu diria que a história de vida do Henry Hill é exatamente o oposto da vida do Scorsese, e justamente por essas escolhas enquanto adolescente.

    Eu sempre afirmo que os anos 90 foram os anos das grandes histórias nos cinemas, e aqui temos uma história que é uma verdadeira pérola cinematográfica, um verdadeiro patrimônio noventista. O longa traz à tona justamente uma bela abordagem em um gênero que sempre foi muito amado pelos americanos, que são os filmes de gângsteres. A figura de um gângster sempre foi uma figura extremamente respeitada e admirada, como conta as histórias. O próprio gênero gângster fez muito sucesso nos EUA, isso desde desenhos, contos, filmes, séries, documentários e livros. Esse estilo de vida sempre foi muito sedutor para os americanos, por toda a sua filosofia, o seu glamour, honra, poder, ambição, cultura, fama, tradição e poder econômico. E principalmente por ser um estilo de vida próprio e único, onde se vive como se não houvesse amanhã, com o melhor que essa vida pode lhe oferecer; como muito dinheiro, respeito, mulheres, sexo, negócios e drogas. Por outro lado é também um estilo de vida baseado na confiança, no companheirismo, na lealdade, onde juntamente terá uma vida arriscada voltada para a corrupção, a violência, o roubo, o tráfico, o sangue frio e muitos assassinatos.

    Dentro desse contexto eu diria que "Os Bons Companheiros" é um filme que nos passa mais realismo, sendo até mais verdadeiro do que os outros do gênero. E muito por exatamente nos trazer essa face baseada em uma história real. Temos aqui a história da vida de Henry Hill, um ítalo-irlandês que nasceu em uma família tradicional e rígida com seus costumes e crenças da velha família com origens italianas, onde eles empregavam principalmente o moralismo. O garoto do Brooklyn começa a sua trajetória aos 11 anos, quando ele começa a ter contato com a gangue local, e passa a fazer pequenos favores (trabalhos) envolvendo negócios ilícitos. Este é o retrato da vida conturbada de Henry, que se vê seduzido pelo costumes e tradições das gangues, juntamente com todo o submundo dos contrabandos ilegais.

    A partir daí, Henry larga os estudos tradicionais e mergulha de cabeça nessa sociedade que se auto identifica vencedores por meio do faturamento pessoal. Henry é facilmente seduzido pelo dinheiro teoricamente fácil, já que ele é o responsável pelos pequenos delitos a mando do chefe da gangue local, Paulie (Paul Sorvino). Henry começa a se dar bem na gangue muito pelo seu carácter de eficiência e principalmente de obediência. Dessa forma a confiança em Henry passa a crescer, e logo ele começa a sua escala hierárquica dentro desse universo mafioso. Logo que Henry conhece o mafioso em ascensão, Jimmy Conway (Robert De Niro), ele passa a ser visto como o seu novo protegido. Juntamente por ter conhecido outro líder mafioso, Tommy DeVito (Joe Pesci).

    Henry era visto como o futuro da organização, até por muito cedo ele já se encaixar nesse perfil e sempre ter afirmado o seu desejo de ser um gângster. Para Henry ser um gângster era a sua escala mais importante na vida, o suprassumo da vida, para ele ser um gângster era melhor que ser o Presidente dos EUA. Tanto que quando Henry foi preso pela primeira vez ainda jovem ele passou a ser respeitado, ele era visto como perdendo a virgindade no mundo dos gângsteres. E Henry desde jovem já tinha aprendido a principal regra dos gângster, as duas coisas mais importante da vida de um homem (segundo o Jimmy Conway): "nunca dedure seus amigos e fique sempre de boca fechada".

    Mais interessante ainda é quando passamos a acompanhar do estrelato e queda de Henry Hill, quando ele alcança um certo nível de importância nos negócios e passa a colocar tudo em jogo ao traficar armas e drogas. O que antes era visto como ascensão na cúpula criminosa, agora passa a comprometer tudo, quando Henry passa a atrair a atenção das autoridades sobre seu novo negócio, o que logo acarreta em seu afastamento da equipe.

    "Os Bons Companheiros" é uma obra com uma extrema importância e influência dentro desse cenário cinematográfico, e muito por seu retrato fiel e realista desse submundo dos gângsteres. Temos aqui uma das maiores histórias baseada em uma personalidade real, o que obviamente se destaca como um dos melhores filmes sobre gângster. Sem dúvida um dos pontos principais do longa é justamente o seu roteiro e sua narrativa. O roteiro por sua vez é mais seco, cru, tenso, algo que contrasta exatamente com a violência, a barbárie desenfreada e as relações conflituosas entre todos os envolvidos naquele submundo - tanto pelos conflitos entre os membros em si, quanto pela difícil relação de Henry com sua esposa Karen (Lorraine Bracco). Já a narrativa é especificamente feita em primeira pessoa inicialmente pelo protagonista Henry, traçando uma linha em volta de uma biografia da Máfia. Logo após a Karen Hill começa a ganhar um certo peso na trama, e se junta ao Henry com sua própria narrativa. É impossível você assistir "Os Bons Companheiros" e não ser fisgado por essa belíssima narrativa, que se destaca especialmente como um belo e ousado movimento orquestrado pelo roteiro de Scorsese e Nicholas Pileggi.

    "Os Bons Companheiros" surpreendeu e impactou em sua época por trazer justamente todas essas técnicas e recursos narrativos. Além, é claro, os famosos "closes congelados", que na época funcionava muito bem por ditar exatamente uma conclusão de uma ideia, uma tomada de decisão, e isso era um recurso específico e funcional, principalmente naqueles discursos voltados para o espectador - a famosa quebra da quarta parede. A técnica do voice-over é magistralmente bem administrada aqui. A trilha sonora do compositor italiano Gino Paoli, juntamente com o Pete Townshend, o guitarrista e vocalista da banda de rock "The Who", é completamente impecável e irretocável. É impressionante como a trilha sonora de "Os Bons Companheiros" é bem casada em cada cena apresentada, a típica trilha sonora que é o coração da obra. A cinematografia é um verdadeiro luxo, com destaque principalmente para a fotografia de Michael Ballhaus, que sempre intensificava cada captura de cena. A direção de arte de Thelma Schoonmaker é a verdadeira cereja do bolo, pois temos uma montagem impecável nos cenários, que abrange com muita dignidade e maestria toda a parte estética do filme, sempre bem uníssona com os padrões da época. É preciso também destacar a cenografia, a ambientação, a montagem, a edição e a mixagem de som. Cada um desses detalhes técnicos são bem orquestrados e funcionais com o peso e a importância histórica da obra.

    Quando afirmamos que um filme é uma verdadeira obra-prima do cinema, o elenco tem que acompanhar a proporção e a magnitude dessa obra. E aqui temos um elenco grandioso, impecável, ajustado, compenetrado, que entregaram atuações com um nível de excelência absurdo.
    O saudoso Ray Liotta (falecido em 26 de maio de 2022) é o protagonista por trás de toda história. Naquela época Liotta tinha poucos filmes no currículo, tanto que seu personagem Henry Hill é o mais conhecido de toda a carreira. Especificamente em "Os Bons Companheiros", Liotta faz um trabalho grandioso, com muita eficiência, que dita bem o ritmo de toda evolução da trama.
    Robert De Niro é sem dúvida um dos maiores atores da sua geração ainda vivo. Nessa época De Niro já havia trabalhado com o Scorsese 6 vezes antes de "Os Bons Companheiros", sendo aqui um dos seus melhores trabalhos com o diretor. De Niro é um verdadeiro gênio na arte de atuar, o mafioso mais conhecido dos cinemas, que sempre emprega trabalhos fenomenais com atuações estratosféricas. Elogiar o De Niro em "Os Bons Companheiros" é simplesmente chover no molhado, pois o personagem Jimmy Conway ficou conhecido como um dos personagens mais marcantes de toda a sua carreira, assim como Al Capone, Travis Bickle e Vito Corleone.
    Curioso que o De Niro tem uma química e uma sintonia invejável com o Joe Pesci, justamente por ter trabalhado junto com ele várias vezes. Aqui Pesci se une à De Niro como dois mafiosos perigosos e violentos sempre a um passo do caos desenfreado. Às cenas em que ambos atuam juntos sempre é envolvida por uma grande tensão no ar, porém a irreverência da dupla dá espaço para a comédia, o humor ácido, o humor negro, justamente em um tom que marca os momentos mais críticos da trama. Joe Pesci é outro excelente ator que também está impecável em "Os Bons Companheiros".
    Lorraine Bracco também atuava em seu filme mais importante na época, juntamente com sua personagem mais notável de toda a carreira. Lorraine deu vida para a co-protagonista que tomou uma grande proporção e uma grande importância na história da vida de Henry Hill durante a trama. Karen desenvolve uma relação conflituosa, mas fiel, com Henry. Onde logo ela se mostra uma mulher dividida entre a força de sua própria personalidade e a fragilidade originária do amor por Henry. É interessante acompanhar esse desenvolvimento crítico com a história de Karen Hill.
    Paul Sorvino (também falecido 25 de julho de 2022) é outro ator que esteve muito bem em toda a história, sendo pontual nos casos mais cruciais ao contracenar com Ray Liotta.
    Sem deixar de mencionar as participações mais do que ilustre de Catherine Scorsese (1912-1997) e Charles Scorsese (1933-1993), os pais de Scorsese, que já trabalharam em outras produções, e juntos fizeram uma participação em "Os Bons Companheiros".
    E fechando com uma participação mais contida de Samuel L. Jackson, como Stacks Edwards.

    Cenas clássicas:
    Toda grande obra sempre contém cenas clássicas e marcantes, e em "Os Bons Companheiros" não é diferente, pois temos várias cenas icônicas.
    - Aquela cena de abertura, com as facadas e o tiro no homem no porta-malas, já é sensacional e já diz tudo que você pode esperar do filme.
    - Aquela cena do bar, com o Tommy junto com seus amigos e o Henry, onde de repente ele passa a encenar com o Henry como se ele tivesse ficado incomodado com a situação exposta pelo próprio Henry, é uma cena hilária, emblemática, uma das melhores cenas do filme. E esta cena foi um improviso do próprio Joe Pesci, que diz ter vivido algo parecido na vida e ter trazido para o filme, cujo o próprio Scorsese gostou tanto que resolveu integrar a cena no filme.
    - A cena em que o Tommy é desafiado no bar e atira contra o rapaz a sangue frio, e depois simplesmente debocha da situação. É outra cena icônica.
    - Aquela sequência de cenas com o Jimmy apagando todas as provas que o ligaria com o assalto, juntamente com aquela matança. Outra cena absurda e maravilhosa.
    - A cena em que o Jimmy recebe a notícia do assassinato do Tommy. Esta é uma cena antológica.

    Curiosidades sobre o filme:
    - O nome original de "Goodfellas" seria "Wiseguy", seguindo o título do livro, mas os produtores acharam melhor trocar para não confundir com o filme "O Homem da Máfia" (1987), cujo título original era exatamente "Wiseguy".
    - Para se prepararem para seus papéis no filme, Robert De Niro, Joe Pesci e Ray Liotta conversaram frequentemente com Nicholas Pileggi, que compartilhou material de pesquisa que sobrou da escrita do livro.
    - Segundo Joe Pesci, as improvisações surgiram dos ensaios em que Scorsese deu aos atores liberdade para fazer o que quisessem. O diretor fez transcrições dessas sessões, pegou as falas que mais gostou e colocou-as em um roteiro revisado, a partir do qual o elenco trabalhou durante a fotografia principal.

    Recepção crítica e bilheteria:
    "Os Bons Companheiros" foi desenvolvido com um orçamento de US$ 25 milhões e arrecadou US$ 47 milhões. O longa recebeu ampla aclamação após o lançamento, sendo amplamente considerado um dos maiores filmes de gangster já feitos. Em 2000, foi considerado "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo" e selecionado para preservação no National Film Registry pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Com base em seu feito histórico e grande influenciador, seu conteúdo e estilo foram imitados em vários outros meios de comunicação.

    "Os Bons Companheiros" está classificado em 92º lugar na lista 100 Years...100 Movies (10th Anniversary Edition) da AFI, publicada em 2007. Em 2012, o Motion Picture Editors Guild listou "Os Bons Companheiros" como o décimo quinto filme mais bem editado de todos os tempos, baseado em um levantamento de seus membros. Nas pesquisas Sight & Sound de 2012, foi classificado como o 48º melhor filme já feito na pesquisa dos diretores. Nas pesquisas subsequentes de 2022, ficou em 28º lugar na pesquisa dos diretores e empatou em 63º (com "Casablanca", de 1942, e "O Terceiro Homem", de 1949) na pesquisa da crítica. "Os Bons Companheiros" está em 39º lugar na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos feita por James Berardinelli em 2014. Em 2015, "Os Bons Companheiros" ficou em 20º lugar na lista dos "100 Maiores Filmes Americanos" da BBC, votada por críticos de cinema de todo o mundo.

    De acordo com o agregador de críticas Rotten Tomatoes, 96% dos 107 críticos deram ao filme uma crítica positiva, com uma avaliação média de 9,00/10. O consenso dos críticos do site diz: "Contundente e estiloso, "Os Bons Companheiros" é um clássico dos gângsteres - e sem dúvida o ponto alto da carreira de Martin Scorsese." O Metacritic atribuiu ao filme uma pontuação média ponderada de 92 em 100 com base nas avaliações de 21 críticos, indicando "aclamação universal". O público pesquisado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média de "A−" em uma escala de A+ a F.

    Premiações:
    "Os Bons Companheiros" foi indicado a seis Oscars: Roteiro Adaptado, Edição, Atriz Coadjuvante - Lorraine Bracco, Diretor e Melhor Filme, com Joe Pesci vencendo como Melhor Ator Coadjuvante. No Globo de Ouro o longa foi indicado em cinco categorias. No BAFTA foi nomeado em sete categorias, ganhando em Roteiro Adaptado, Montagem, Figurino, Direção e Melhor Filme. Além disso, "Os Bons Companheiros" foi eleito o melhor filme do ano por vários grupos de críticos. No 47º Festival Internacional de Cinema de Veneza, Scorsese foi premiado com o Leão de Prata de Melhor Diretor.

    Encerro afirmando que o gênio Martin Scorsese traz aqui a sua segunda maior obra-prima de toda a carreira. "Os Bons Companheiros" é um resgate histórico e bíblico do belíssimo gênero de gângsteres e mafiosos. Um verdadeiro mergulho na arte cinematográfica, uma linda forma de se fazer cinema ao relatar uma abordagem em um gênero tão amado, idolatrado e aclamado pelos quatro cantos do planeta.
    "Os Bons Companheiros" soa como uma obra autoral e intimista do mestre Scorsese, mas por outro lado ele também estava nos brindando ao nos entregar esta verdadeira carta de amor dedicada para toda a história da sétima arte.

    Simplesmente um dos melhores filmes da década de 90 e indiscutivelmente um dos maiores filmes de gângster de toda a história do cinema.
    Sem mais!
    [20/10/2023]
    ⭐⭐⭐⭐⭐
    👏 👏 👏 👏 👏
    Sócrates greko
    Sócrates greko

    2 seguidores 115 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 21 de março de 2023
    Uma verdadeira obra de arte! Um filme que mostra a realidade de uma vida de crimes e traição, onde só é possível acumular perdas
    Killua Zoldyck
    Killua Zoldyck

    5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 6 de março de 2023
    CLASSIFICARIA COMO O QUARTO MELHOR FILME NA MINHA CONCEPÇÃO, O QUE SCORSESE FAZ NESSA OBRA É UMA AULA DE DIREÇÃO, DO TIPO QUE UNIVERSITARIOS DE CINEMA TINHAM QUE ASSISTIR PRA APRENDER.
    MAGRAOBL
    MAGRAOBL

    4 seguidores 291 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2023
    [09/02/2023 HBO Max]

    Mais um ótimo filme do Scorsese.
    Atuação mais que brilhante de Ray Liotta e Robert De Niro.
    Obra prima do cinema...
    Gusferrer
    Gusferrer

    6 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de janeiro de 2023
    Que imersão que esse filme trás do começo ao fim, nem parece que é um filme tão longo, sem falar na trilha sonora maravilhosa. É nítido os traços de direção do Scorsese nesse filme, com a maneira de vivenciar os momentos, os cortes geniais, uma narrativa que te cativa vinda de todos os lado, disruptiva, a quebra da quarta parede de formas tão sutis, mesmo uma temática tão batida sobre máfia, principalmente nos anos 90, consegue ser um Filmaço!
    Gabriel B.
    Gabriel B.

    3 seguidores 32 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 14 de novembro de 2022
    FILMAÇO. Quando se fala sobre máfia qual filme vem na sua cabeça? O poderoso chefão com certeza, mas os bons companheiros é fantástico.
    Ele conta a história de um garoto interpretado pelo Ray Liotta que sempre quis ser um gângster pois pra ele a máfia podia tudo.
    Começou "trabalhando" para um mafioso local até ser finalmente introduzido na máfia (uma espécie de promoção).
    Logo que entrou ele começou a viver a realidade do negócio e entrou de cabeça corpo e alma.
    Os negócios ilegais como agiotagem, assassinatos etc começaram a fazer parte do cotidiano dele. Mas, tudo que é "bom" dura pouco. Recomendo.
    Avaliador
    Avaliador

    13 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 7 de fevereiro de 2022
    nem preciso falar muito desse filme, meu favorito, um clássico da máfia com a dupla Roberto Deniro e Joe Pesci no auge em seu melhor personagem um sádico e cruel mafioso e Ray Liiota como protagonista.
    Arthur
    Arthur

    2 seguidores 85 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 10 de janeiro de 2022
    Goodfellas é um filme espetacular. Scorsese conta aqui a ascensão e queda de Henry Hill com a facilidade de talento e brio que só anos na indústria podem trazer. Este filme parece uma verdadeira olhada no mundo desses homens, com cada um de nossos personagens principais totalmente concretizados a ponto de compreendê-los perfeitamente. Para um filme de gangster americano, não há nada melhor do que a excelente atuação vista neste clássico. Não vejo performance mais icônica do que Joe Pesci. "What do you mean I'm funny?" Robert De Niro é apenas o terceiro artista mais ultrajante. Até mesmo a narração constante de Ray Liotta funcionou perfeitamente, e geralmente não sou um fã de narrações. Scorsese é um verdadeiro mestre. A entrada constante da câmera em Copacabana é de primeira. E este filme começa um estrondo, literalmente. Uma das obras definitivas da carreira de Martin Scorsese, um filme que deveria ser obrigatório tanto para fãs de longa data do cineasta, quanto para cinéfilos entusiastas.
    Billy Joy
    Billy Joy

    1 seguidor 51 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 27 de setembro de 2021
    Goodfellas é um abrir de portas para o mundo da máfia, um convite para que nos deixemos envolver por suas particularidades. O personagem de Liotta faz, dramaturgicamente, o que Scorsese busca no sentido formal do filme. Sua narração, acompanhada dos longos travellings, desenvolvem um estilo que recebe amplificações em momentos pontuais da narrativa, como na cena em que os personagens literamente se apresentam para a câmera com bordões característicos.

    De modo ainda mais marcante, essa interpelação à câmera é retomada na sequência final, concretizando um fechamento formal para a trama. Scorsese ainda insere um plano de Pesci atirando em direção à câmera, sua referência ao Grande Roubo do Trem, como que desafiando o público que busca, frustradamente, alguma crítica moral mais clara dentro da narrativa.

    Toda a mise-en-scène do filme consegue sustentar o ritmo de modo muito eficaz por conta dessa liberdade dada pela fluidez da narração. Os movimentos de câmera se aproximam ou distanciam dos personagens para enfatizar suas importâncias em determinadas cenas. Muito do que é narrado em off recebe sua devida concretização através desses movimentos, mas também há um uso muito interessante do silêncio narrativo, se aproveitando dos enquadramentos para articular a sugestão de algo que sucederá.

    Os movimentos de câmera também funcionam ao dar atenção particular à bizarrices deste universo gângster. Algumas cenas-chave desse tom são a já citada apresentação dos mafiosos no bar, a do casamento entre Liotta e Bracco e a do encontro de esposas. Nota-se como, em duas das cenas citadas, a narração é feita pela personagem de Bracco, representando uma variação à costumeira voz em off de Liotta. Este recurso, aliada aos travellings e uma montagem que busca entrecortar pequenas ações, ou ampliar a repetição de padrões (as infinitas saudações no casamento, as conversas intermináveis das esposas), desenvolve muito bem a natureza sui generis daquele mundo fechado de famílias da máfia.

    E é precisamente por desenvolver tão bem o universo narrativo que o filme sucede ao renegar completamente qualquer julgamento moral que possa vir da progressiva decadência de seus personagens. O fracasso, nesse mundo fechado e dotado de regras próprias, é tratado como resultado dos problemas causados pelos relacionamentos dentro do grupo, ou pela falta de controle das consequências de rompantes violentos.

    Qualquer ideia de derrota não se dá por algum remorso das ações destes homens, e sim pela impossibilidade de amplificação de seus status dentro do meio mafioso. Nesse sentido, a escolha de montagem, iniciando o filme com a cena do assassinato de Batts, um ponto crucial para o início da decadência do trio Liotta/Pesci/De Niro, dá o tom de um filme que se preocupa muito mais em narrar, com apreço ao grotesco, a ascensão e queda de homens sedentos por status e violência.

    Existe uma noção progressiva no filme de que os protagonistas são pequenos em comparação com a estrutura de máfia na qual residem. Mesmo assim, Scorsese não cai na armadilha de ampliar tudo aquilo de modo descompromissado. O filme vive da luta destes homens por algo que concretamente possui significação no dinheiro e nas posses, mas que nunca consegue sucesso na busca do poder impalpável. É então através de risadas forçadas que mais parecem gritos, da necessidade de canalizar a violência em qualquer pequeno episódio, com toda interação parecendo motivo de altercação, que esse homem médio da máfia busca demarcar sua importância.
    Rafael Bueno
    Rafael Bueno

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 30 de abril de 2021
    Esse filme é fantástico! Uma verdadeira obra-prima sobre a história da máfia descrita por um dos maiores diretores de todos os tempos: Martin Scorsese. É uma das maiores injustiças cometidas pela academia do Oscar até hoje. Em 1990, tal filme foi indicado em 6 categorias no Oscar de 1990: Melhor Filme, Melhor Diretor(Martin Scorsese), Melhor Ator Coadjuvante(Joe Pesci), Melhor Atriz Coadjuvante(Lorraine Brasco), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição. Essa obra-prima do cinema mundial ganhou apenas o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Joe Pesci). Algo que foi extremamente merecido pelo ator Joe Pesci. Vale assistir diversas vezes a cena em o personagem de Joe Pesci confronta o personagem de Liotta em um bar com diversas pessoas a volta. O próprio Ray Liotta confessou que Joe Pesci improvisou tal cena e que ele teve que encontrar uma solução. Tal cena ficou marcada como uma das melhores cenas de Hollywood, uma clara evidência de improviso de Joe Pesci e Ray Liotta. Tal cena improvisada ficou famosa e até hoje é usada nos traliers de divulgação do filme!
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