Média
2,8
37 notas
Você assistiu Canina ?

10 Críticas do usuário

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2 críticas
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3 críticas
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1 crítica
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2,5
Enviada em 29 de janeiro de 2025
"Tema relevante, mas prejudicado pela falta de sutileza."
No novo filme de Marielle Heller, Amy Adams interpreta uma mulher que abdica da carreira para cuidar do filho e da casa, sem reconhecimento do marido. Exausta, encontra fuga na fantasia de se transformar em uma cachorra à noite, enquanto revive os sacrifícios de sua própria mãe.
A abordagem da maternidade sem romantização é válida, mas a execução falha. O filme mastiga demais suas ideias, com narração em off e diálogos expositivos que anulam a atuação de Amy Adams. Momentos inspirados perdem impacto pelo excesso de explicações, tornando a experiência arrastada.
JD Stella

1 crítica

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5,0
Enviada em 27 de janeiro de 2025
Maternidade nua e crua, sem laço rosa, sem idealização.
Amy Adams representa muito bem as mulheres que tinham interesses na vida para além de formar família, que não têm temperamento doméstico, que são ferais naquilo que sentem e que podem ser ótimas mães, resistindo às mentiras sociais e religiosas às quais homens e mulheres são expostos e que mata a alma de qualquer pessoa, mata relacionamentos e adoece a vida.
Uma ode a mulher verdadeira, que chora, sonha, sangra, pari e ainda precisa resistir a uma sociedade de merda.
3,0
Enviada em 28 de janeiro de 2025
Desde seu primeiro material promocional, Canina não inspirou muita confiança. O trailer parecia vender um filme estranho e sem propósito, destacando apenas a transformação de Amy Adams em um cachorro sem contextualizar direito a história ou os temas que o filme abordaria. Para uma atriz com uma carreira tão respeitável, mas que vinha de escolhas duvidosas nos últimos anos, tudo indicava que essa seria mais uma decisão equivocada. No entanto, ao assistir ao filme, a impressão inicial se revela enganosa – Canina não é a bagunça completa que o trailer sugeria, mas também não é uma obra de grande impacto.

Dirigido por Marielle Heller (Poderia Me Perdoar?), com roteiro baseado no livro de Rachel Yoder, Canina surpreende por abordar temas mais profundos do que se esperava, como maternidade, pressão social e identidade feminina. O filme acompanha a protagonista, interpretada por Amy Adams, uma mãe que se sente exausta e perdida na rotina doméstica. Ela ama o filho, mas não se sente naturalmente inclinada à maternidade, e esse conflito interno permeia toda a trama. Adams entrega uma atuação convincente, mas não chega a ser um dos grandes destaques de sua carreira – sua performance segura é prejudicada por um roteiro que, embora traga boas reflexões, não se aprofunda tanto quanto poderia.

O tom do filme mistura drama e comédia, com alguns elementos de terror. Em certos momentos, a relação entre mãe e filho traz cenas leves e até divertidas, contrastando com sequências mais intensas e simbólicas, especialmente as que envolvem a transformação da protagonista. Essa metamorfose pode ser interpretada tanto como realismo mágico quanto como uma metáfora para a gravidez e o processo de autodescobrimento, mas o filme não explora isso de forma muito profunda. A sensação que fica é que a narrativa flerta com ideias interessantes, mas tem medo de mergulhar nelas de verdade.

Visualmente, Canina tem momentos interessantes, especialmente nas cenas em que explora a transformação da protagonista, mas, no geral, a direção de Heller é funcional e sem grandes ousadias. O roteiro também não se arrisca muito, preferindo explicitar suas mensagens em vez de deixar espaço para interpretações mais sutis. Isso faz com que o filme pareça um pouco didático demais, algo que pode funcionar para quem busca uma experiência mais acessível, mas que pode frustrar quem espera algo mais elaborado.

No final, Canina se destaca mais pelo que tenta fazer do que pelo que realmente entrega. É um filme que tem boas intenções e até momentos de impacto, mas que poderia ter ido além. Ainda assim, é uma experiência válida, especialmente para quem se identifica com os dilemas da protagonista. Não chega a ser uma grande surpresa positiva, mas está longe de ser a bomba que o trailer sugeria. Um filme mediano, que funciona dentro de sua proposta, mas que não vai muito além disso.
1,5
Enviada em 27 de janeiro de 2025
História da rotina modorrenta de uma artista plástica que trocou os pincéis pela maternidade e descobriu que ninguém no mundo havia lhe informado da chatice que isto poderia vir a ser. Ela, num determinado momento, resolve se libertar em busca de seu lado selvagem perdido. Uma chatice sem tamanho, mas sua melhor mensagem é A MATERNIDADE SEMPRE DEVE SER UMA ESCOLHA E NÃO OUTRA COISA QUALQUER. E ainda assim você não tem certeza se vai gostar.
Loreane R.

2 críticas

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5,0
Enviada em 10 de fevereiro de 2025
Lindo filme. Me bateu forte, fiquei emocionada.
Mulheres, mães ou não, assistam que é lindo!
Tem política, essência selvagem, antepassadas sendo compreendidas, perdoadas e muita resignificação.
2,5
Enviada em 13 de fevereiro de 2025
Em que pese a obra trazer um tema importantíssimo como a vivência da maternidade que pode trazer solidão, angústia, cansaço e desgaste mental, o ritmo do filme alternando em gêneros antagônicos não dá créditos para ser levado a sério.
2,0
Enviada em 16 de março de 2025
O "karma" da maternidade e a ojeriza que um número cada vez maior de mulheres sente em relação à ela são temas complexos que devem ser encarados de frente e sem demagogia, mas em CANINA, o típico "protesto a favor" para deixar as coisas como estão hollywoodiano, o assunto é tratado de forma eu diria até misógina e irresponsável. A mensagem do filme às mulheres é a seguinte: "Não se avexem, pois as coisas são assim mesmo...". Como!!!??? Não há fórmula pronta de como se deve encarar a maternidade e as coisas não são, de maneira alguma, "assim mesmo"...
2,5
Enviada em 15 de fevereiro de 2025
Filme bem mais ou menos , mérito para a demonstração cênica de oque a depressão pós parto pode causar nos relacionamentos
3,5
Enviada em 9 de março de 2025
Eu me senti identificado com o filme, mas a história é meio gelada e eu não curti o paralelo com os cachorros. Eu compreendo que a intenção é mostrar que, spoiler: quando uma mulher se casa e vira mãe, ela meio que esquece das paixões que ela tinha antes de ser mãe e esposa, e por isso ela pode acabar surtando
. Mas não entendi os cachorros, podia ser leões hahaha
3,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2025
Estranhamente estranho. Essa abordagem de tema não me agrada, mas para quem gosta de ver os "monstros" sociais e psicológicos sendo abordados de forma abastada, talvez se conecte com essa história.
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