Média
3,8
94 notas
Você assistiu O Brutalista ?
Andressa A.

1 crítica

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2,0
Enviada em 22 de fevereiro de 2025
O Brutalista – Um Exercício de Paciência

O cinema, quando bem conduzido, tem a capacidade de nos transportar para universos distintos, provocar reflexões profundas e despertar emoções intensas. No entanto, O Brutalista se perde na tentativa de construir algo grandioso, resultando em uma experiência tediosa e, por vezes, frustrante.

A premissa poderia ter rendido um drama envolvente, mas o filme falha em estabelecer um eixo narrativo claro. Não é sobre imigração, não é sobre arquitetura, não é sobre valores, tampouco sobre a vida do arquiteto e sua esposa. Os temas surgem como fragmentos desconectados, sem aprofundamento ou desenvolvimento satisfatório. O que resta é uma sucessão de imagens que, longe de enriquecer a história, apenas estendem a duração do filme sem propósito aparente.

A cinematografia, que poderia ser um ponto forte em uma obra com essa proposta estética, decepciona. A fotografia não impressiona e a ambientação é limitada, com poucas locações que não contribuem para criar a imersão esperada. O figurino, apenas funcional, não acrescenta camadas significativas à construção dos personagens ou à atmosfera da trama.

Se há um aspecto digno de nota, é a entrega do ator principal, que se esforça para dar vida a um protagonista claramente transtornado. No entanto, nem mesmo essa performance é suficiente para resgatar o interesse do espectador diante da falta de ritmo e da ausência de uma narrativa instigante.

Ao final, O Brutalista se revela um filme que exige muito e oferece pouco. A sensação predominante não é a de ter assistido a uma obra memorável, mas sim de ter perdido três horas preciosas em uma experiência ruim.
paulotmj

1 crítica

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2,0
Enviada em 23 de fevereiro de 2025
Filme injustificadamente longo, com cenas arrastadas e dispensáveis, como a estadia em Carrara e as maçantes reflexões vazias entre Laszlo e Elizabeth, esta última uma personagem melíflua, indulgente, muito chata, aquela que abdica de si mesmo em favor dos outros.
A dramaticidade vem da velhíssima e repetitiva narração do fugitivo de guerra, pobre, rejeitado por sua etnia. Cruza com o personagem de Guy Pearson, canastrão ao extremo, e que empresta a seu alterego cenas de histeria histriônica, mais ridículas que chocantes.
A segunda metade gira em círculo em torno de um projeto arquitetônico, que previsivelmente mexe com a vaidade dos envolvidos, e a briga é recorrente e enfadonha, assim como o tal projeto que não evolui.
Filme pretensioso, cuja comparação com as sagas de Poderoso Chefão e Era uma Vez na América não pode ser levada a sério
2,5
Enviada em 25 de fevereiro de 2025
Filme longo e cansativo. Mensagem se perde e tenta ser recuperada no epilogo. América foi construida por imigrantes e este filme parece uma crítica ao processo, a guerra e ao sonho americano.
3,5
Enviada em 29 de dezembro de 2024
Imagens marcantes e ótima atuação de Brody, mas falha ao aprofundar seus temas.
O Brutalista de Brady Corbet, segue o arquiteto húngaro László Toth (Adrien Brody) em sua jornada nos EUA pós-Segunda Guerra, lidando com os dilemas do brutalismo e os conflitos pessoais e sociopolíticos que surgem de seu trabalho e identidade.
Com uma estética visual impressionante e a atuação forte de Brody, O Brutalista aborda temas de arte, identidade e capitalismo. A fotografia de Lol Crawley destaca o "brutalismo" como um personagem central, mas o roteiro se perde ao não aprofundar suficientemente as relações e questões culturais, como a tensão sobre Israel. A esposa de Toth, Erzsébet (Felicity Jones), é subutilizada, e as metáforas, embora eficazes, às vezes caem no choque vazio. O filme não cumpre todo seu potencial, mas ainda assim se destaca pela sua forma visual e a complexidade emocional de seus personagens.
4,0
Enviada em 20 de fevereiro de 2025
Sinopse:
Arquiteto visionário foge da Europa pós-Segunda Guerra e chega aos Estados Unidos para reconstruir sua vida, carreira e casamento. Sozinho em um novo país, ele se estabelece na Pensilvânia, onde um rico e proeminente industrial reconhece seu talento

Crítica:
"O Brutalista" é uma obra que se destaca como um épico drama histórico, imergindo os espectadores na jornada de László Tóth, um arquiteto judeu que, após sobreviver ao Holocausto, busca reerguer sua vida e carreira em solo americano. O filme, dirigido por Brady Corbet, é uma explosão visual e um testemunho da resiliência humana.

A direção de Corbet é notável, trazendo à tela uma narrativa que cativa e emociona. A construção dos personagens é profunda, permitindo que o público sinta cada nuance da dor e da esperança de László. A escolha do elenco, especialmente a performance de Adrien Brody, é magistral. Ele encarna um homem dividido entre suas memórias traumáticas e a promessa de um novo começo.

A fotografia do filme é um dos seus trunfos mais evidentes. A paleta de cores sombrias das cenas da Europa pós-guerra contrasta de maneira fascinante com a luminosidade do sonho americano que László busca. Cada cena é um quadro cuidadosamente elaborado, com composições que capturam a gravidade da história enquanto celebram a beleza do renascimento.

Além da estética visual, o uso de Inteligência Artificial na produção suscita um debate interessante. Embora possa levantar questões sobre autenticidade e criação, a implementação de IA complementa de maneira sutíl a narrativa sem desviar o foco emocional. As inovações tecnológicas se integram ao processo criativo, proporcionando um dinamismo que reflete a modernidade da história.

Os cenários, tanto urbanos quanto rurais, são meticulosamente construídos, fazendo com que a época e o contexto social ganhem vida. Assim, o público é transportado para a Pensilvânia da década de 1950, onde László tenta se adaptar a um ambiente completamente diferente do seu lar.

O filme também faz um excelente trabalho ao explorar temas como identidade, pertencimento e a busca incessante pelo sonho, que ressoam até os dias de hoje. O dilema entre a memória e o futuro é central, mostrando como o passado molda as decisões e expectativas de László. Essa dualidade é capturada de maneira sensível, demonstrando um profundo entendimento da condição humana.

No entanto, algumas escolhas narrativas podem deixar o espectador se perguntando. Enquanto a história flui de maneira envolvente, há momentos em que o ritmo parece sofrer com transições abruptas, o que pode criar uma leve desorientação. Apesar disso, essas instâncias não comprometem a experiência geral.

A trilha sonora, com suas composições melancólicas, intensifica ainda mais o impacto emocional do filme. Ela não só ambienta as cenas, mas também se torna um reflexo do estado interno de László, sublinhando sua jornada de dor e resiliência.

Em suma, "O Brutalista" é uma obra contemporânea que mistura arte, história e tecnologia. Através de sua narrativa envolvente, atuações poderosas e uma direção visionária, o filme nos convida a refletir sobre o passado e a possibilidade de recomeços, solidificando-se como uma análise profunda da condição humana e do espírito indomável na busca pelo sonho.
3,5
Enviada em 24 de fevereiro de 2025
Desde sua concepção, O Brutalista parece ter sido planejado para ser um candidato natural às grandes premiações. Com um tema denso e contemporâneo, abordando o pós-guerra e a jornada de um imigrante em busca do chamado "sonho americano", o filme toca em questões sociais relevantes e de grande impacto. Além disso, o longa conquistou o Leão de Prata no Festival de Veneza, consolidando Brady Corbet como um diretor de peso. No entanto, se por um lado o filme busca entregar uma experiência artística única, por outro, sofre com escolhas estilísticas que o tornam excessivamente rígido, introspectivo e, por vezes, monótono. Corbet, ao invés de simplesmente contar uma história, impõe uma estética que busca reproduzir o próprio movimento brutalista de forma visceral, o que pode afastar grande parte do público.

Corbet não quer apenas que O Brutalista seja compreendido, mas sim sentido. A frieza e rigidez do movimento arquitetônico são transportadas para a tela de maneira quase experimental. O filme não se contenta em apenas usar o brutalismo como pano de fundo narrativo, mas sim aplicá-lo em sua própria estrutura. A forma como a câmera é posicionada, sempre remetendo a ângulos imponentes que simulam a ascensão de um prédio, os cortes abruptos na edição e a fotografia que privilegia tons de concreto e cinza fazem com que a experiência do espectador se assemelhe à contemplação de uma obra arquitetônica fria e intransigente. A proposta é sem dúvida ambiciosa, e em muitos momentos funciona. As sequências em que o protagonista projeta suas construções, a forma meticulosa como cada elemento é planejado e o impacto visual da arquitetura na tela são pontos altos. Quando o filme se debruça sobre a grandiosidade do brutalismo, há uma verdadeira imersão estética. Entretanto, o problema surge quando Corbet aplica essa mesma rigidez à narrativa.

A trajetória do protagonista, vivido por Adrien Brody, é um prato cheio para uma narrativa envolvente. Como imigrante tentando se estabelecer em uma nova terra, enfrentando dificuldades e preconceitos, o personagem tem um arco que poderia carregar facilmente um drama poderoso. E Brody entrega uma performance excelente, reforçando sua capacidade de se transformar para papéis intensos e complexos. Seu desempenho é um dos grandes trunfos do filme, dando vida a um personagem que carrega nos olhos o peso de sua luta. No entanto, a narrativa se mostra fragmentada e sem um real desenvolvimento coeso. A primeira parte do longa estabelece bem o contexto e tem um ritmo envolvente, mas após a pausa de 15 minutos, a trama se arrasta em um ritmo estagnado. Mesmo com passagens de tempo e mudanças na vida do protagonista, o filme transmite uma sensação de imobilidade – o que pode ter sido uma escolha consciente para refletir a solidez do brutalismo, mas que, na prática, resulta em um desgaste para o público. Diferentemente de outros filmes longos que conseguem manter o espectador imerso, O Brutalista torna suas três horas perceptíveis e, em muitos momentos, cansativas.

Além disso, o longa introduz debates sobre imigração, adaptação cultural e luta por reconhecimento, mas nunca os desenvolve com profundidade. Corbet parece mais preocupado com a estética do que com a substância da narrativa. O filme começa com grande impacto, mas aos poucos vai se tornando repetitivo, perdendo a força inicial. E quando a história tenta assumir uma nova direção, misturando elementos de vingança e redenção, a mudança soa abrupta e desconectada do que foi construído até ali.

O Brutalista é uma obra visualmente impressionante e conceitualmente ambiciosa, mas que sofre por suas escolhas narrativas. Corbet claramente quer que o público viva a experiência do brutalismo na tela, e isso se reflete em cada aspecto técnico do filme. O problema é que, ao se prender tanto a essa estética, ele sacrifica o ritmo e o desenvolvimento da história, tornando o filme mais uma experiência artística do que um drama envolvente. Adrien Brody brilha no papel principal, entregando uma atuação digna de reconhecimento, mas até seu talento tem dificuldades para sustentar o filme por completo. No fim, O Brutalista é uma obra que impressiona pelo rigor estético, mas que pode frustrar pela falta de dinamismo narrativo. É um filme que exige paciência e que pode conquistar alguns espectadores pelo impacto visual, mas que, para muitos, se tornará um exercício cinematográfico excessivamente árido e impessoal.
5,0
Enviada em 24 de fevereiro de 2025
Espetacular. Conta a história de um arquiteto visionário que foge da Europa para os EUA e é contratado por um cara rico para construir uma casa para ele que seja única.
Esse arquiteto passa a conviver com o contratante até se estabelecer enquanto espera que a sua família se junte a ele.
Nesse meio tempo ele desenha alguns esboços para que tudo saia perfeito mas o contratante muitas vezes não concorda com ele causando alguns conflitos. É uma obra prima. O elenco é cheio de estrelas, as atuações são impecáveis, a trama é cheia de reviravoltas, a fotografia é linda, os figurinos são perfeitos levando em conta a época em que o filme se passa.
Gionni Blas

1 crítica

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0,5
Enviada em 28 de dezembro de 2024
A propaganda zionista mais longa e cara que eu já vi. Filme claramente feito para justificar a existência do estado de "Israel" sem nunca mencionar a Palestina nas 3:35h de filme. Produção de 10milhões de dólares paga pelos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra para tentar melhorar a opinião pública sobre "Israel" no meio do genocídio do povo Palestino. Sem noção, perigoso, e revisionista em relação aos aspectos históricos explorados. Mais do que um desserviço ao público, uma propaganda bem feita assim como as propagandas Nazistas.
4,0
Enviada em 28 de fevereiro de 2025
O Brutalista é um filmaço, feito com direção impecável, design de produção incrível e uma fotografia de encher os olhos. Adrien Brody brilha em uma atuação digna de Oscar, e o filme entrega uma história densa e cheia de detalhes nas entrelinhas.No entanto, apesar de não ser longo, ele parece ser, já que em vários momentos prioriza a estética e a ambientação em vez de avançar a trama. Os diálogos são bons, mas às vezes escassos, o que pode deixar o ritmo um pouco maçante. Ainda assim, é um grande filme, feito visualmente impressionante e com uma história forte. É filme pra ganhar Oscar? Sim. Mas também é uma experiência poderosa e marcante.
2,0
Enviada em 23 de fevereiro de 2025
Muito monótono. Muito longo. O Enredo se perdeu no final. Sinceramente perdi 3h21min da minha vida assistindo a esse filme. Mais um filme indicado para o Óscar sem graça. Pura política.
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