Média
3,9
249 notas
Você assistiu O Rei ?
4,0
Enviada em 2 de novembro de 2019
Diante de uma mortal doença que acomete o rei Henrique IV (Ben Mendelsohn), o rebelde Hal (Timothée Chalamet) precisa assumir precocemente o trono deixado pelo pai. Agora sob o título de Henrique V, o jovem tem em mãos a complicada tarefa de apaziguar os ânimos de seus seguidores e, ao mesmo tempo, planejar a delicada tarefa de controlar as constantes provocações do franceses acerca da legitimidade de seu trono.

Tocada sem preocupações financeiras pela produtora Plan B e a Netflix, o longa O REI traz para as telinhas um breve apanhado histórico sobre o complicado reinado da coroa inglesa, aqui no período situado no início do século XV. O rei Henrique V conhece bruscamente a alta cúpula da monarquia e como a teia que controla cada artimanha é tecida minunciosamente visando muito mais interesses pessoais do que coletivos. Os bastidores não são realçados em detalhes pontuais e históricos, muitas vezes obscurecidos em prol de liberdades artísticas que visam um melhor desenvolvimento narrativo, o que por um lado tende a ser funcional no contexto do entretenimento.

A famosa batalha de Azincourt tem destaque no terceiro ato e, embora não tenha a devida grandeza histórica traduzida nas telas, ainda sim é competente ao representar a essência do que ocorreu no período. O diretor David Michôd explora bem os cenários e os belos figurinos que criam uma boa ambientação de época, além de ter um bom elenco capitaneado pelo ótimo Timothée Chalamet, Joel Edgerton e um divertido Robert Pattinson quase como participação especial.

Não há dúvidas que o maior mérito do filme reside na transcrição do cotidiano de Henrique V e como cada decisão tem um peso não só em sua vida, mas também nas diversas outras pessoas, sejam elas próximas ou inimigas. As consequências impostas ao monarca chamam atenção pela dureza, frieza e retidão sem atenuadores, gerando grandes resultados que nem sempre são esperados ou planejados com grande cuidado.

Como adaptação histórica o filme tem pouco a oferecer aos amantes da precisão, mas tem diversão na medida para quem curte um bom filme de época que inspira-se em ocorridos reais. Os interesses políticos e as crenças nas pessoas são bem traduzidas pelo personagem Sir John Falstaff na seguinte fala: "um rei não tem amigos, mas inimigos e seguidores", sendo essa a máxima que permeia cada momento revelador do longa.
anônimo
Um visitante
3,0
Enviada em 22 de novembro de 2019
A Netfilix vêm tentando já faz algum tempo variar um pouco mais o seu catálogo de originais. Ano passado tivemos o subestimado Legítimo Rei, com Chris Pine, em uma sinalização de que a companhia passaria a tentar investir em projetos de maior estirpe, envergadura. Uma vez que filmes com um teor mais sério, e de preferência dramas de época com batalhas medievais, trazem mais prestígio e a sensação de que não é porque estamos nos acomodando com um tipo de entretenimento mais caseiro nos últimos anos que não podemos desfrutar de algo em grande escala. Pois bem, aqui em O Rei, mais nova empreitada da companhia pelo cinema épico, o que se vê é uma obra que, apesar de não oferecer absolutamente nada de provocante ou inovador ao seu já hiper saturado gênero, pelo menos consegue oferecer uma aventura sucinta, bem filmada, e (aqui sua maior força) atuada. Embora o argumento traga diálogos clichês, pouco inspirados, em um enredo de temas batidos e mensagens esquecíveis, seu ótimo elenco faz a assistida mais que válida. Embora Timothée Chalamet não pareça exatamente o tipo ideal de ator para o papel, o jovem talento dessa nova geração consegue entregar a carga dramática exigida em Henrique V, completando com competência o arco do jovem festeiro problemático que nunca quis ser da realeza. Mas quem rouba a cena mesmo é Joel Egerton, também produtor e roteirista do filme, em um trabalho absolutamente contido, despretensioso, e eficiente. Transformando seu John Falstaff no personagem mais carismático do sisudo filme. Outros grandes nomes completam o elenco de apoio, mas não entregam performances particularmente marcantes, sobrando para Robert Pattinson o papel mais espalhafatoso, que a princípio se mostra uma figura interessante, mas depois vira apenas uma caricatura ridícula. Uma fanfic medieval assumida, The King assume suas imprecisões e cria algo minimamente substancial por cima de sua camada verídica, mas seu impacto é quase anulado por um desenvolvimento narrativo raso demais, em uma dramaturgia pobre e apática, e é basicamente salvo por seu elenco talentoso e apuro técnico. Enfim, não é nada que já não vimos antes e não é nem um pouco marcante, mas é uma boa aventura medieval bem filmada.
4,0
Enviada em 2 de novembro de 2019
Um ótimo filme de época.
Um filme com boa trama, bons atores e boa direçāo.
Me surpreedeu.
Vale a pena assistir.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2020
Uma produção Netflix dirigida e co-escrita por David Michôd, O Rei conta a história de Henrique V (Timothée Chalamet), que foi o monarca da Inglaterra por um período de nove anos, entre 1413 e 1422.

Henrique foi mais um daqueles integrantes da família real inglesa que não escolheu ser rei. Pelo contrário, ele foi criado longe da corte e não fazia questão de obter as benesses que ser um descendente da monarquia poderiam lhe trazer.

O Rei aborda, portanto, a ascensão dele ao reino, após a morte de seu pai, e, principalmente, a maneira como ele vai amadurecendo e descobrindo a sua forma de liderar o país, principalmente num momento político conturbado entre a Inglaterra e a França, com a vivência da Guerra dos 100 Anos.

O grande destaque de O Rei, com certeza, é a sua parte técnica, com destaque para os trabalhos de fotografia, de figurinos e de concepção e execução das cenas de batalha. No entanto, o filme frustra um pouco, principalmente por contar com um apático Timothée Chalamet como a personagem principal do longa.
5,0
Enviada em 28 de abril de 2020
Esse filme é perfeito muito melhor que "O Parasita" digno de Oscar, boas atuações, lutas e cenários muito bons me lembrou um pouco "Coração Valente" de Mel Gibson.
Estou tentando entender a mente dos "críticos" daqui que deram 1 estrela a esse filme maravilhoso.
3,5
Enviada em 30 de novembro de 2019
Após a morte de seu pai, Henrique V (Timothée Chalamet) é coroado rei, obrigado a comandar a Inglaterra. O governante precisa amadurecer rapidamente para manter o país consideravelmente seguro durante a Guerra dos 100 Anos, contra a França.

Filme muito bom que mesmo com quase 2:30 não vi nem o tempo passar queria conhecer muito mais a história por trás do legado do Rei Henrique V só achei que o final ficou muito em aberto queria ver o que aconteceu depois⭐⭐⭐
4,5
Enviada em 25 de setembro de 2024
“O Rei”, filme original da Netflix dirigido por David Michôd, é uma adaptação livre das peças históricas de William Shakespeare, especialmente de "Henrique IV" e "Henrique V". A obra se destaca não apenas pela sua narrativa envolvente, mas também pela profundidade das atuações, a riqueza do roteiro, a trilha sonora marcante e a fotografia impressionante, que juntos constroem uma experiência cinematográfica memorável.

A performance de Timothée Chalamet como o príncipe Hal é um dos pilares do filme. Chalamet traz uma complexidade emocional ao seu personagem, retratando a jornada de um jovem que luta entre a pressão das expectativas familiares e seu desejo de se afastar do legado violento de seu pai. Sua transformação de um príncipe rebelde e despreocupado para um rei consciente de suas responsabilidades é magistralmente construída ao longo do filme. Ao lado dele, Joel Edgerton, na pele de Falstaff, oferece uma atuação robusta e carismática, proporcionando alívio cômico e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a amizade e a lealdade em tempos de guerra. O elenco de apoio, incluindo Ben Mendelsohn como o rei adversário e Robert Pattinson como o príncipe desonesto, contribui significativamente para a narrativa, adicionando camadas de tensão e complexidade à história.

O roteiro, escrito por David Michôd e Edgerton, é uma adaptação inteligente que preserva a essência do material original, ao mesmo tempo em que o torna acessível a uma audiência contemporânea. A trama é rica em conflitos políticos e dilemas morais, oferecendo uma crítica sutil à natureza do poder e da guerra. A construção dos diálogos é habilidosa, mesclando elementos poéticos com uma linguagem mais direta, o que facilita a conexão do público com os personagens. A narrativa fluída permite um desenvolvimento orgânico dos acontecimentos, levando o espectador a refletir sobre as consequências das ações de Hal e as complexidades da liderança.

A trilha sonora, composta por Nicholas Britell, é outro destaque do filme. As composições são sutis, mas impactantes, criando uma atmosfera que complementa as cenas de batalha e os momentos de introspecção. A música de Britell intensifica as emoções transmitidas pelos personagens, desde a tensão crescente durante as batalhas até os momentos de vulnerabilidade de Hal. Essa combinação de sonoridade e narrativa contribui para a imersão do público no mundo medieval retratado na tela.

A fotografia, a cargo de Adam Arkapaw, merece destaque especial. Arkapaw utiliza uma paleta de cores sombria e uma iluminação cuidadosamente planejada que refletem o tom sério e muitas vezes melancólico da história. As cenas de batalha são coreografadas de forma impressionante, capturando a brutalidade e a confusão da guerra de maneira visceral. Além disso, os ambientes históricos são retratados com riqueza de detalhes, desde os castelos imponentes até os campos de batalha empoeirados, criando uma autenticidade visual que transporta o espectador para a época.

“O Rei” é uma obra que transcende o mero entretenimento, oferecendo uma reflexão profunda sobre o poder, a identidade e os dilemas que cercam a liderança. A combinação de atuações excepcionais, um roteiro inteligente, uma trilha sonora envolvente e uma fotografia deslumbrante resulta em uma experiência cinematográfica rica e significativa. O filme não apenas captura a essência do drama shakespeariano, mas também ressoa com questões contemporâneas, fazendo de “O Rei” uma obra relevante e impactante. Para aqueles que apreciam narrativas complexas e cinematografia de alta qualidade, este filme é, sem dúvida, uma recomendação imperdível.
5,0
Enviada em 16 de novembro de 2019
Embora os primeiros minutos nos façam imaginar que estamos diante de um épico com orçamento altíssimo, o decorrer deixa transparecer que não houveram grandes investimentos. A trama toda se passa em cenários simples, sem grandeza de detalhes e uma boa parte, em meio a natureza, mas não peca em momento algum por isso.
Prende o expectador por mais de duas horas, em meio as incertezas, revoltas, vaidade, mentiras e ambições.
Timothée Chalamet, da vida ao jovem Hal e nos envolve em uma atuação brilhante, onde seu olhar é capaz expressar sentimentos e sensações sem a necessidade de grandes textos.
Atuação impecável também é a de Robert Pattinson, no papel do Príncipe da França e a de Sean Harris, um conselheiro do rei, que nos causa aversão desde seus primeiros momentos.
Ambição, vaidade, falsidade, são obvias ao ponto de nos levar a refletir sobre, mas as guerras e batalhas nos trazem de volta ao filme que cumpre perfeitamente o papel de contar parte da história com a certeza de que guerras podem ser evitadas.
Pegue a pipoca, uma bebida gostosa e bom filme.
4,0
Enviada em 4 de novembro de 2019
Muito bom! Filme que conta com um elenco excelente, nomes como Timothée Chalamet que aqui tem performance de óscar e merece ser indicado, ainda temos os Joel Edgerton, Sean Harris, Ben Mendelsohn e Robert Pattinson todos esses estão muito bem. Temos aqui um roteiro de qualidade, fotografia e direção de arte de primeira qualidade, temos ressalvas para trilha sonora que por muitos momentos é praticamente esquecida, não marca e falta energia ou seja para um grande épico necessita se de uma grande e aqui é falha.
4,0
Enviada em 31 de janeiro de 2022
Muito bom, esse The King! Ótimas cena de batalha. Diáligos bem interessantes, principalmente no final. A cena entre o Rei e sua futura esposa, curta e intensa, é realista e carregada de dramaticidade. O filme talvez tenha pecado um pouco em relação a alguma historicidade, aqui e acolá, mas sem maiores prejuízos. A argumentação ficcional, em apoio e em torno da ideia central (e histórica), no fim das contas, é boa. Timothée tem ótima atuação como Henrique. Assisti pela segunda vez. Leva 4 estrêlas!
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