Desde a década de 1970 a fórmula blockbuster já fazia sucesso e sabia entreter, a jornada do herói, cenas de ação e senso de humor estão presentes no início de uma das franquias cinematográfica mais conhecida mundialmente, Star Wars.
Star Wars IV: Uma Nova Esperança deu inicio a um fenômeno cultural inexplicável e tudo graças a personagens envolventes e carismáticos. Um dos acertos do filme de George Lucas é nos apresentar aos androides C3PO e R2D2 no meio de um conflito, C3PO funciona como uma ponte entre o espectador e a história, traduzindo as “falas” de seu pequeno companheiro com “espírito” aventureiro, o androide com representações de características humanas, só que metálicas, é reclamão e medroso, repreendendo as atitudes do R2D2, mas sem abandoná-lo, esta dupla, definitivamente, é um dos alívios cômicos mais marcantes da franquia.
O protagonista Luke Skywalker é um jovem que sonha em se tornar piloto e que mora com os tios. Sem saber nada sobre os seus pais, Luke se vê envolvido em uma jornada para encontrar a princesa Leia. Mark Hamill desempenha bem o papel de um jovem espirituoso, que não exige muito dramaticamente. Apenas um detalhe incomoda a sua empreitada em Stars Wars, o fato de Skywalker aceitar ir com Obi-Wan após a morte de seus tios, apesar de ser uma cena forçada e, neste momento, nós percebermos como os dotes dramáticos do Hamill são fracos, por ser uma cena chave, você consegue relevar a sua execução.
Harrison Ford e seu Han Solo são um bônus a parte, não tem como não simpatizar com o personagem, mesmo que ele seja egoísta, machista e “mercenário”, os seus momentos com o resto do elenco funciona muito bem, a sua transformação é tão perceptível quanto a do protagonista, se não houvesse um personagem deste porte e interpretado pelo ator certo, acredito que haveria um vazio na história.
No filme, a presença do branco e preto é muito grande, mas não necessariamente as cores correspondem ao bom e o mal respectivamente. Apesar do Darth Vander usar uma armadura preta, a cor dos do Stormtroppers, capangas do império, é branca e os Jedis usam muitos as cores preta e marrom, mostrando que há uma dualidade em ambos os lados.
Os efeitos especiais também valem destaque. Uma das histórias mais ouvidas que envolvem Star Wars é que o George Lucas resolveu iniciar a cinessérie pelo quarto episódio porque a tecnologia da época não permitia à ele realizar algumas cenas do episódio 1, no entanto, os efeitos visuais de Uma Nova Esperança são bem críveis – para a época – e não incomodam visualmente, não mostram a sombra de uma tela verde e não tem um acabamento grotesco, tornando o filme agradável visualmente e não sendo um sacrifício assisti-lo.
Star Wars – Uma Nova Esperança tem todos os elementos de um blockbuster da atualidade, ele diverte, tem cenas de ação e não tem uma história complexa e pode ser apreciado sem preocupações em uma noite de domingo.