Teresa () precisa fazer uma viagem, mas não consegue. Esta empregada doméstica de meia-idade, que trabalha há décadas com a mesma família, está prestes a trabalhar para outra casa de parentes dos patrões, necessitando efetuar uma travessia longuíssima até o destino. Mas o Destino, com letra maiúscula, impede a mulher de se mover: o ônibus quebra. Quando chega outro veículo, ela fica presa em uma loja. Quando tem a oportunidade de sair, sua bolsa desaparece. A Noiva do Deserto se constrói como fábula. Não existe verossimilhança nesta sucessão de empecilhos: o roteiro ostenta grande prazer em criar problemas para vender a solução. Teresa torna-se uma marionete, fruto das circunstâncias. Ela se move onde o roteiro lhe permite, embora tome poucas iniciativas próprias. O drama deseja entregar, como presente providencial, um dia atípico na vida desta mulher, mesmo que para isso precise alterar
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