Embora “Garfield: Fora de Casa”, filme dirigido por Mark Dindal, não seja a primeira adaptação do universo narrativo criado por Jim Davis, é importante frisar que essa obra não possui qualquer relação com as anteriores. Ou seja, ela propõe uma forma nova de contar a história do gato gordo e preguiçoso, que ama lasanha.
O roteiro escrito por Paul A. Kaplan, Mark Torgove e David Reynolds faz uma adaptação livre desse universo e coloca Garfield (dublado por Chris Pratt) como um animal que foi adotado por Jon (dublado por Nicholas Hoult) após um desencontro numa noite chuvosa com o seu pai Vic (dublado por Samuel L. Jackson), um gato de rua malandro e atrapalhado.
“Garfield: Fora de Casa” se aproveita dessa narrativa familiar e coloca pai e filho frente a frente novamente após muitos anos, quando Vic envolve Garfield em um plano de assalto de alto risco, que, para ele, o pai, é uma questão de vida ou morte.
Apesar de ter, em sua trama, elementos que propiciam a movimentação do gênero de ação, “Garfield: Fora de Casa” encontra seus melhores momentos quando aborda a relação entre pai e filho. E é justamente no arco narrativo de Vic que o filme surpreende. Dividir os holofotes entre ele e Garfield é, talvez, o maior acerto dos roteiristas.