Inspirando-se em filmes de morte sequencial como o clássico O caso dos dez negrinhos, este filme não chega a ser especial, mas é bom naquilo que foi planejado. O principal é seu roteiro e sua edição que torna sua velocidade mais ágil fazendo que os espectadores fiquem presos aos diálogos, muitas vezes sobrepostos uns sobre os outros (o que é bem normal aos espanhóis). Tal velocidade foi uma ótima sacada, visto que o filme possui muito diálogo e pouca ação, visto que estão em espaço confinado. Também, de perfil característico de filmes espanhóis, existem pontas de comédia mesmo dentro do clima de tensão (inclusive vendem o filme como comédia, o que não é verdade, pois em dado momento a comédia se perde, especialmente quando a atriz Terele Pávez sai de cena). A espinha da história não é original, temos isso em diversos filmes atuais como O Nevoeiro, Epidemia, etc, e também se for para apostar quem fica vivo, não é tão difícil de se acertar, o que torna o final um tanto óbvio. Mesmo assim, dentro do espaço do filme temos ótimas cenas, com boas atuações, alias de atores que já são conhecidos Blanca Suarez (A pele que Habito) e Mario Casas (Eden). Realmente um bom trabalho.