Caetano Veloso, numa de suas letras mais inspiradas, descreveu o impacto de alguém de fora ao chegar a São Paulo: "Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto / Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto / É que Narciso acha feio o que não é espelho / E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho". A abertura de Amor em Sampa, nova empreitada cinematográfica da família Riccelli, lembra o espírito desta canção. Afinal de contas, vemos o diretor e protagonista Carlos Alberto Riccelli no volante de um táxi, cantando - sim, cantando - as maravilhas e os problemas da cidade.
O início de Amor em Sampa surpreende, positivamente. Há um clima descontraído na música, na edição e até mesmo no excesso de críticas a São Paulo - é como se os problemas fossem logo expostos para, assim como na canção de Caetano, depois se compreender melhor sua beleza. Infelizmente, dura pouco
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