O início deste filme exige atenção: em poucos minutos, são apresentados vários personagens, com passados distintos e motivações diferentes, transitando entre o Japão e a Coreia. É importante saber de onde vêm e para onde vão, e especialmente qual língua falam em cada momento – o japonês foi grafado em legendas amarelas, e o coreano, em legendas brancas. Um plano diabólico para seduzir uma mulher rica e ingênua serve como motor inicial para The Handmaiden, suspense erótico sobre trapaceiros no qual o maior enganado é o espectador.
Esteticamente, a produção é deslumbrante. Park Chan-wook continua sendo um exímio criador de mundos paralelos, deslocados do real, com amplos movimentos de câmera usados para reforçar o teor gótico. Combinando adereços, trilha sonora de tons repetidos à la Philip Glass e movimentações sedutoras pelos corredores, o cineasta consegue sugerir erotismo e perigo ind
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