Média
3,5
139 notas
Você assistiu Boi Neon ?
4,0
Enviada em 1 de dezembro de 2024
Boi Neon (2015), dirigido por Gabriel Mascaro, é uma obra cinematográfica que mistura sensualidade, brutalidade e poesia. O filme retrata a vida de Iremar (Juliano Cazarré), um vaqueiro do Nordeste brasileiro que trabalha em vaquejadas, um esporte tradicional de rodeio, enquanto nutre o desejo de se tornar estilista. A trama se desvia da expectativa de um drama sobre vaqueiros para se tornar uma reflexão sobre masculinidade, identidade e transformação social.

O longa, que foi aclamado no circuito internacional, incluindo o Festival de Veneza, onde recebeu o Prêmio do Júri na seção Horizontes, é visualmente impressionante. A cinematografia de Diego García captura com precisão a áspera paisagem nordestina, com um olhar que equilibra o físico com o poético. O ambiente é retratado de maneira visceral, e o filme explora o corpo de uma forma tão crua quanto transformadora.

Em termos de temas, Boi Neon toca em questões de desejo e aspiração de maneira metafórica e sensual. A ideia de Iremar sonhando com a moda enquanto trabalha com os bois cria uma desconexão entre o homem e o meio em que vive, algo que reforça os dilemas de identidade e classe. A presença de Maeve Jinkings como Galega, uma mulher complexa que mistura sensualidade com realidade cotidiana, também traz um equilíbrio no elenco.

No entanto, o filme não se encaixa facilmente em um gênero específico. Ele não se concentra apenas no aspecto físico das vaquejadas, mas se arrisca em explorar camadas mais profundas do ser humano, suas vulnerabilidades e sonhos. Apesar disso, a lentidão de certos momentos pode afastar alguns espectadores que buscam uma narrativa mais direta.

Boi Neon é uma meditação visualmente rica sobre as tensões da masculinidade, as aspirações artísticas e o sofrimento silencioso que permeia a vida no campo. A direção de Mascaro e a performance de Cazarré fazem do filme um estudo cinematográfico fascinante, ainda que desafiador. Ele pode não agradar a todos, mas oferece uma experiência única, feita para aqueles que buscam profundidade no drama contemporâneo.

A obra é recomendada para quem aprecia filmes que desafiem a norma e busquem representar a realidade de uma maneira menos convencional.
0,5
Enviada em 17 de agosto de 2016
Com um enredo que pode ser contado em um trailer de um minuto e meio. O filme não avança, promete e não conta nada. Cenas de nudez desnecessárias, personagens sobrando e conflito inexistente. O cinema nacional precisa crescer e melhorar. É um deboche com o espectador. Tempo perdido. Precisamos de roteirista, porque atores nos temos é até diretores. Mas sem história pra contar não dá.
Alevir F.

3 críticas

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1,0
Enviada em 24 de janeiro de 2016
Fiquei muito decepcionado com o Filme. O Juliano Cazaré está bem no filme, mas a história não prende, não evolui e o final traz pouco conteúdo. Falta a velha máxima de qualquer história: princípio, meio e fim. Cinema pode ter conteúdo e entreter ao mesmo, não é o que acontece com "Boi Neon".
Aline R.

1 crítica

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1,0
Enviada em 21 de janeiro de 2016
Um filme aparentemente sem propósito.
Quando vi a sinopse e o trailer do filme imaginei que o fato do vaqueiro querer ser estilista fosse alvo de preconceito, visto que ele é do sertão da Paraíba e sabemos do preconceito enraizado de algumas regiões longínquas do Brasil.
Porém o tema é abordado superficialmente, com somente alguns detalhes durante o filme.
Muita nudez gratuita sem necessidade, Não sou contra nudez em cinema, muito pelo contrário, se é bem inserida acho que dá um apelo super realista na obra. Porém as cenas do banho em conjunto, o sexo com detalhes do vaqueiro com a mulher grávida (qual o papel da grávida no filme?), o vaqueiro urinando.... pra mim, totalmente sem necessidade. O filme começa não sei porque e termina sem entender o porquê que acabou.
4,0
Enviada em 23 de janeiro de 2016
Bom filme. A opção por planos longos, sem cortes e quase sem edição, reforma o tom realista e intimista do filme. Apresenta uma realidade pouco conhecida, dos bastidores do trabalho duro das exposições rurais e dos rodeios. Cazarré demonstra seu grande amadurecimento como ator. Cabe destacar a excelente qualidade do som captado no local, o que demonstra a melhoria técnica do cinema nacional.
2,0
Enviada em 15 de janeiro de 2016
O filme realmente trás uma incrível referência ao nordeste, costumes, hábitos e bois! Mas ficou faltando o Neon do Boi. A história do vaqueiro que quer ser estilista não acontece, falta criatividade no desenvolvimento do personagem principal, é mostrado pouquíssimas vezes ele se inspirando ou criando algo na área que deseja, correndo atrás do seu sonho ou até mesmo algum preconceito pelo seu gosto tão diferenciado numa região bastante atrasada que é exibida no filme. Os demais personagens do filme poderiam não estar ali que não fariam falta. Vinicius de Oliveira, por exemplo, está ali para que? Qual a falta que o seu personagem faria? E o mais incrível é o apelo "sensual" do filme, que termina mostrando a comentada cena da "ereção" do vaqueiro, transando com uma mulher grávida (?!) que também não tem função. Saudades de Central do Brasil...
Celso F.

7 críticas

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4,0
Enviada em 27 de janeiro de 2016
Boi Neon é um filme a ser assistido como a apresentação de uma ideia do que como a resolução de um conflito ou drama do seu herói. Não existe, podemos assim dizer, uma desordem pessoal a ser resolvida pelo protagonista, interpretado muito bem pelo ator Juliano Cazarré. A desconstrução de elementos tradicionais de um roteiro típico de cinema também está presente na proposta do longa-metragem.

Pode ser considerado um filme de arte. Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão... Mas é muito bom de assistir, por causa do roteiro com falas divertidas e a interessante história de um vaqueiro que sonha em trabalhar com moda. Daí, se você espera a redenção do rapaz, esquece. Os sonhos são sonhos, nada mais!

O grande trunfo do diretor Gabriel Mascaro é o de propor um filme com belas imagens e fotografia, revelando as contradições do mundo: o vaqueiro costureiro; a mulher motorista de caminhão e mecânica; o boiadeiro de cabelo longos e com chapinha; a mulher de cabelos enrolados; a fábrica moderna na aridez do sertão; a riqueza dos leilões de animais diante da pobreza dos vaqueiros; a imagem do manequim quebrado junto com o esterco de boi; o banho vigoroso e nada sensual dos boiadeiros; o perfume de marca num atoleiro de fezes de animais; a longa transa com a segurança grávida (e que vende perfume)... E por aí vão as cenas controversas e que vão mexendo com as nossas construções maniqueístas.

Por tudo isso, Boi Neon é surpreendente, mesmo depois da tela escurecer e a gente ficar esperando mais alguma explicação. Fiquei com aquela sensação de anti-clímax, já que estamos sempre esperando que tudo-que-eu-quiser-O-cara-lá-de-cima-vai-me-dar. Assim, para os personagens sonho é sonho, realidade é realidade. Ponto final e vamos tocar a vida. Não dá para ficar sonhando acordado.

Boi Neon vale a pena ser assistido pelas belas imagens, o texto divertido e as provocações do diretor. Ah!,também para quem queira ver muitos nus frontais do Cazarré. Mas, não recomendo para quem espera grandes dramas e prefere filmes fáceis e elaborados dentro daquela receitas prontas de roteiro.
noé B.

1 crítica

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2,5
Enviada em 25 de janeiro de 2016
Achei o filme regular..Começa o filme e o espectador fica esperando a história se desenvolver, ago que não acontece. A fotografia é muito legal, a trilha sonora não é muito boa. Vale a pena assisti, mas não espere grandes coisas!!
Luiz A.

1 crítica

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1,0
Enviada em 16 de julho de 2016
Um filme que poderia acontecer muita coisa, porém não acontece nada, não tem desenvolvimento, parece filme que o orçamento acabou, é tipo um lixo.
Ervi G.

3 críticas

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1,0
Enviada em 6 de setembro de 2016
Ao ler a sinopse e assistir ao trailer já se cria uma expectativa de ver um filme riquíssimo, tanto pelo elenco e enredo quanto pela fotografia. Ao logo do filme você vai conhecendo o personagem principal e percebendo a riqueza de detalhes, nem as cenas um pouco mais lentas incomodam por terem por objeto passar a realidade dos personagens para quem assiste.
Com relação as cenas de nudez e sexo são belíssimas e necessárias para a crueza do longa, no entanto, o filme tentou dizer algo e acabou não dizendo nada. Uma história com uma premissa interessantíssima, talvez até inédita no cenário cinematográfico, no mínimo, singular, mas que não foi desenvolvida. O diretor se preocupou tanto em fazer quem assiste imergir na história que acabou esquecendo de contá-la, deixando deveras horizontal, rasa.
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