Excelente! O cinema nacional mostrando que vai muito além de comédias triviais. A valorização da cultura nordestina nessa imortalidade de um dos mais importantes grupos de teatro que o Recife já viu. É raíz, é cru, é lindo e profundo... São sentimentos e o se entregar de corpo e alma.
Grande história de uma trupe que vive durante a ditadura dos anos 70 em Recife que cria o Chão de Estrelas, uma equipe de teatro onde vivem o amor livre e a paixão pela arte. Destaque para trilha sonora que permeia a história de forma forte e os personagens vividos por Irandhir Santos que é uma avalanche de sentimentos em cena, dono de tamanha sensibilidade para mostrar o líder da trupe. As cenas de nudez e sexo são uma obra de arte e ao mesmo tempo impressionam com tamanho impacto e sensibilidade. Jesuíta Barbosa arrasa como um jovem soldado dividido entre a liberdade e vida de gado dentro do quartel e também para Rodrigo Garcia vivendo Paulete, inesquecível. A cena da Polka do Cu resume tudo o que o filme desejou trazer para tela. Enfim, um grande filme brasileiro, imperdível.
Mais um filme Brasileiro que me impressiona. Os produtores, diretores e atores pernambucanos estão de parabéns. Muitas produções excelentes! Super recomendo!
Como é raro, muito raro assistir um filme brasileiro e dizer "Esse sim é digno de meu tempo". Apesar de não ir muito com cara de filmes Brasileiros, Tatuagem me encantou em poucos minutos. Os Diálogos poéticos composto em todo o filme, foi o que mais deu amor ao filme. Não só os diálogos poéticos, mas o modo cru da realidade e da Arte que fez o filme ser mais que intenso e duro por todo o decorrer de seu tempo. Tatuagem é um filme fabuloso e acima de tudo é uma completa obra de artes, onde o Homossexual exibi o talento é o amor por um mundo intenso de amor e poesia.
Nos últimos anos o cinema nacional deu um salto imenso de qualidade técnica e sob esse aspecto sem sombra de dúvida vem se posicionando no cenário mundial a cada ano com produções cada vez mais competitivas. No entanto já não podemos dizer o mesmo na questão e qualidade dos roteiros uma vez que os fins comerciais tem justificados os meios. Por esta razão é que Tatuagem tornou-se um oásis neste cenário. O criativo e ousado filme de Lacerda (o habitual colaborador de Claudio Assis em suas obras polêmicas e sensacionais Amarelo Manga e Baixio das Bestas ) traz na alma aquele espírito anárquico e inovador do cinema nacional dos anos 60 e 70, representados por grandes obras que vão de Macunaíma a Bye Bye Brasil, com o qual traz alguns paralelos. Não por acaso o filme se passa em 1978, em plena ditadura militar. Clécio (Irandhir Santos) é o líder de uma trupe teatral chamada Chão de Estrelas. Seus shows, sempre cantados e pontuados de deboches e muita nudez, é uma afronta à hipocrisia social e ao militarismo. Paulete (Rodrigo Garcia) é a estrela do grupo. É ele que lhe apresenta Fininha (Jesuita Barbosa) um jovem soldado do exército por quem logo se apaixona. Fininha é seduzido pelo universo libertário do Chão de Estrelas o que o coloca em choque direto com sua realidade militar, pontuada por disciplinas e doutrinas moralistas e de violenta repressão à liberdade. Lacerda aproveita o momento pra traçar de forma contundente e divertida todo um painel de uma época onde ser artista era sinônimo de perigo. Apesar de escancarar o universo homossexual (onde alguns assuntos ainda são tratados com um certo “cuidado” no cinema brasileiro) o filme ganha força mesmo é por tratar seus personagens sob o aspecto humano, e apesar do ambiente anárquico onde tudo é permitido, não faz apologia à situação, apenas contextualiza a estória que ganha ainda mais força na atuação impecável do elenco (Irandhir levou o prêmio de Melhor Ator em Gramado em 2013, que também premiou Tatuagem como Melhor Filme) e na qualidade técnica, com destaque para os figurinos e cenários. O longa está ao lado de Getúlio e Hoje Eu Quero Voltar Sozinho entre os grandes filmes nacionais lançados no cinema neste ano. Uma pena que não atingiu o público esperado (provavelmente pela limitação do tema e nº de salas de exibição) e devido a invasão das comédias globais despejadas todo mês nas telonas (em sua maioria com qualidade duvidosa) que abocanham a maior parte do espaço nos grandes centros. É cinema nacional de raíz feito com paixão, qualidade e ousadia como há tempos não se via. É o cinema pernambucano arrasando outra vez!
o filme conta, a estória da trupe chão de estrelas, ela engloba vários temas muitos importantes, e que não são tão discutíveis hoje em dia como sexo GAY( não que eu seja contra), uso de drogas e o mais importante é a discussão que ela passa e deixa para todos que se encantam e acabam participando de um jeito ou de outro com a estória. De produção muito sútil e leve que acaba retratando a beleza do recife de uma forma simples, tradicional e bem realista, o filme leva a todos a importância da livre e espontânea opinião. Enfim, o filme é ótimo, quem não assistiu busque-o na internet e vejam pois irá valer a pena.
O melhor filme nacional dos últimos tempos. Maravilhoso! Perfeito! Deslumbrante! Engraçadíssimo! Delicado! Lindo! Mas atenção: Contra-indicado para homofóbicos de plantão!
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