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    Frozen - Uma Aventura Congelante
    Críticas AdoroCinema
    5,0
    Obra-prima
    Frozen - Uma Aventura Congelante

    Diversão emocionante

    por Roberto Cunha

    Os desenhos da Disney são inesquecíveis e ao comprar a Pixar, em 2006, vale lembrar, a intenção era se manter assim por muito tempo. Juntas, as companhias continuam apresentando bons títulos para os baixinhos e altinhos, e o melhor de tudo, lançando alguns deles nas férias. Frozen - Uma Aventura Congelante chega neste verãozão para refrescar a cuca da família brasileira com muito encantamento. E ele já começa com um curta, exibido antes e feito em comemoração aos 85 anos da empresa. Hora de Viajar! (2013) combina o traço original de Mickey e seus amigos - em preto e branco - com as cores e a tecnologia do 3D, resultando numa viagem de grande impacto visual.

    Voltando ao longa, a sequência musical inicial remete para clássicos como Dumbo (1941), entre outros. Logo em seguida. você conhece as pequenas irmãs Elsa e Anna, que vivem na pequena Arendell e se adoram, mas precisam viver separadas por conta de um dom, que mais parece uma maldição. Já crescidas e órfãs, Elsa se torna rainha e tenta uma reaproximação, mas um novo acidente, envolvendo seus poderes sobre o gelo e a neve, fazem com que ela fuja e se isole do mundo, deixando o reino condenado ao frio eterno. Disposta a convencê-la a desistir da solidão, Anna parte numa jornada de descobertas para que as duas possam voltar a conviver juntas e ao lado de todos.

    Inspirado no conto de fadas "A Rainha da Neve", do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805–1875), o roteiro de Frozen foi escrito por Jennifer Lee (Detona Ralph), que estreia na direção ao lado Chris Buck, dos ótimos Tá Dando Onda e Tarzan. Sua trama é simples, tem os fantasiosos Trolls (pedras falantes), o impagável boneco de neve Olaf (que adora "abraços quentinhos") e também o divertido alce Sven. Mas os humanos também protagonizam belas sequências (vale o 3D!) em sintonia com a trilha de Christophe Beck, além das reveladoras e deliciosas canções, como "Quer brincar na neve?", "Vejo uma porta abrir", "Uma vez na eternidade" e "Livre estou" ("Let it go"). Está última, que diz "É hora de experimentar / Os meus limites vou testar / A liberdade veio, enfim, para mim", tem coreografia arrepiante e outras versões, como as cantadas por Idina Menzel (original), por Taryn Szpilman (dubladora de Elsa, no Brasil) e a tocada nos créditos finais, com a voz da cantora pop Demi Lovato.

    Do "elenco", destaque para as excelentes dublagens e a participação de Fábio Porchat, ótimo como Olaf. Assim, com essa história de personagens cativantes, trapalhões e até mesmo dúbios, o que garante uma certa tensão, é quase impossível Frozen não tocar corações de crianças, jovens e adultos, porque fala de um sonho eterno e, muitas vezes, ilusório: a liberdade. Visualmente bonito e com espaço para uma boa virada na trama, existe ainda uma sutil substituição de uma clássica solução de problemas (o beijo) dos contos de fadas, para ressaltar um outro tipo de amor: o fraterno. Ah! Os créditos finais são bacanas e tem cena adicional lá no finzinho (mesmo) dessa diversão emocionante.

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