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    Resident Evil 5: Retribuição
    Críticas AdoroCinema
    3,5
    Bom
    Resident Evil 5: Retribuição

    Possível diversão

    por Roberto Cunha

    Quinto filme de um franquia que nasceu dos jogos eletrônicos, no caso o Play Station 1, Resident Evil 5: Retribuição tem entre seus méritos não precisar de bula para que se possa entendê-lo. Embora seja uma sequência, é perfeitamente possível que um espectador comum, que gosta de cinema de ação e efeitos especiais, se sinta a vontade diante das inúmeras sequências, sem ser um ávido jogador ou fã do(s) personagem(s).

    Exibido em 3D, a cena de abertura usa e abusa da tecnologia atual para fazer do 'rewind' (o velho e saudoso recurso do "voltar" nos gravadores) um espetáculo de muito impacto visual. Logo no início, você fica ciente de que Alice (Milla Jovovich) faz parte de uma experiência com a raça humana, conduzida por uma organização, que transforma pessoas em zumbis. Em função do experimento, ela tornou-se uma guerreira imbatível, que agora luta contra seus próprios criadores que não estão nem aí para a humanidade.

    A trama meio enigmática reunirá um inimigo mortal, agora como "amigo", e antigos companheiros de luta dos filmes anteriores. Juntos pela primeira vez, eles irão combater os terríveis planos da Rainha Vermelha, controladora da corporação do mal. O problema é que eles correm contra o tempo e as vilãs Jill Valentine (Sienna Guillory) e Rain Ocampo (Michelle Rodriguez) entram em campo para dificultar as coisas.

    Dotado de algum humor, como a brincadeira que um personagem faz com roupa colada e preta de Alice, a curiosidade vai para uma cena nas "entranhas" do corpo humano, remetendo a viagem pelos "bastidores" dos motores em Velozes e Furiosos. Vale destacar o eterno fantasma da substituição dos humanos por máquinas, no caso aqui também representada por clones. A trilha é pobrinha, mas muito fiel ao padrão do universo apresentado.

    Quanto ao roteiro, não espere criatividade na estrutura. Sua montagem é simples, seguindo o padrão de superar as fases ou níveis, existentes nos jogos. Dessa forma, a ação está garantida do início ao fim e com direito a pequenas surpresas visualmente alucinantes. O combate corpo a corpo de Alice nos corredores da Umbrella, por exemplo, é de tirar o chapéu.

    Aliás, fazendo um paralelo com os jogos eletrônicos e sua má fama, mata-se muiiiito, mas a carnificina é aceitável para que a censura não afaste os menores das salas escuras. É como a sensualidade que sempre existiu, mas enquadramentos malandros escondem o corpitcho de Jovovich, que vem a ser esposa do diretor Paul W.S. Anderson. Entendeu? Assim, parafraseando um personagem que disse "capturar se possível, executar se necessário", assistir pode não ser necessário, mas se divertir é possível.

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